26 de jun. de 2011

São Paulo é mais gay ou evangélica?


Notícias sobre a Parada Gay, a Marcha de Jesus, e as discussões envolvendo suas posições antagônicas.



Organização estima em 4 milhões público da Parada Gay de SP

Apesar da chuva, participantes lotaram a Paulista neste domingo (26).
PM diz não ter dado de público; casos de furto e tráfico foram registrados.

Carolina Iskandarian e Letícia Macedo
Do G1 SP

A organização da 15ª Parada do Orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) fez uma estimativa de 4 milhões de participantes na noite deste domingo (26), minutos após o fim do evento, no Centro de São Paulo. A PM, no entanto, disse não ter um balanço do número de participantes.

Saturno em Oposição


Um filme muito emocionante, do mesmo diretor de "O Primeiro que Disse". A história gira em torno de um grupo de amigos que passam por diversas dificuldades, portanto para mim o filme não é sobre a história de um casal convivendo com o adultério, ou de um homem doente, ou da dificuldade da perda de um ente querido, mas de um círculo de amigos enfrentando juntos as dificuldades e alegrias da vida. Para mim, só isso já valeria o filme. Mas além disso, também conta com uma fotografia belíssima e com ótimas interpretações do elenco, desde os atores principais (como os intérpretes de Davide e Angelica) como dos coadjuvantes (o papel de uma enfermeira, por exemplo). O único senão é que o filme parece não atingir em profundidade os sentimentos que poderia despertar, mas fora isso é de tema e realização importantes.

Minha Cotação: * * * *

24 de jun. de 2011

Que Eu sou Eu? Parte 2


Eu gostava muito de tirar fotografias. Na verdade, Eu ainda gosta, mas não sabe ainda que papel as fotografias exercem em sua vida. Até hoje se lembra de sua primeira máquina fotográfica, tinha até medo de tocá-la, das fotos ficarem tremidas, ou até mesmo de quando abrir a máquina para tirar o filme, as fotos se queimarem.

Antigamente as máquinas fotográficas eram assim: a gente comprava um filme, que era um rolo de negativos, abria e encaixava na máquina. O filme tinha umas ranhuras que se encaixavam na máquina, e aí ela começava a girar o negativo para dentro dela. A primeira máquina de Eu era ainda mais rudimentar, tinha que girar uma pequena manivela e o filme ia entrando na máquina. Às vezes, o filme emperrava, então tinha que abrir a máquina e já se perdiam algumas fotos no negativo. Uma vez, por exemplo, Eu colocou o filme e ficou feliz que a máquina parecia tirar bem mais fotos do que seu limite (36 poses). Estava na Riviera Francesa, o Eu. Quando levou o filme para a revelação, as fotos tinham queimado. Toda uma viagem, toda uma cidade, sem fotos, sem registro, sem memória. Anos depois Eu quis voltar ao mesmo lugar, apenas para poder tirar as fotos que no passado não pode registrar.

Eu não usa mais máquinas com negativo, mas algumas pessoas ainda usam. Mas Eu ainda tem pastas com muitos negativos, que um dia quer digitalizar. Pois foi com essa primeira máquina, ainda analógica, que Eu teve seu primeiro reconhecimento como artista. Foi em um concurso de fotografias, e Eu teve uma foto publicada em um livro. A foto ficou bonita e original. Depois dessa, Eu ainda teve outras oportunidades em que teve trabalhos reconhecidos como artísticos.

Mas Eu não acredita que pode ser realmente um fotográfo. Eu sabe reconhecer boas fotografias, e sabe que está muito distante delas. Sem falsa modéstia. Mas será que a distância que Eu se encontra desse ideal pode ser afinal ser por Eu percorrida, ou é um caminho que a falta de talento ou vocação tornariam esse caminho impossível de ser traçado?


Potiche: Esposa Troféu


Potiche é uma deliciosa comédia francesa. Por vezes, parece que estamos assistindo uma novela: os personagens são tipos, quase caricaturais, disputam a presidência de uma empresa ou um cargo político em uma pequena cidade. Um crítico da Folha até achou, em tom pejorativo, que as ações se encaixariam muito bem no programa "Sai de Baixo". Não importa. O filme é divertido e satírico, e conta com Catherine Deneuve e Gerard Depardieu em personagens muito carismáticos.

Uma pena que a projeção no Frei Caneca estava péssima, quase estragou a diversão. O filme começou sendo projetado para fora da tela, excluindo partes da cabeça dos atores e da legenda. Depois de uns 10 minutos sem nenhuma providência e várias reclamações, finalmente os projecionistas começaram a tentar consertar o filme, mas ora a projeção ficava torta, ora ainda permanecia fora de quadro. Enfim, eles consertaram e voltaram ao início de filme. Ao menos tomaram essa providência, já que não tinha conseguido prestar atenção nenhuma nesses 10 primeiros minutos de filme. Uma lástima, numa das salas que costumava ter boa qualidade.

Minha Cotação: * * * *


21 de jun. de 2011

As Cidades Invisíveis



Continuando a série de livros que tenho lido em função do workshop de "Narrativas de Viagem", fiquei absolutamente encantando com o livro de Ítalo Calvino, "As Cidades Invisíveis". Justo nessa aula, infelizmente, tive que faltar, mas mesmo assim continuei minha leitura do livro.

Cada capítulo do livro descreve uma cidade visitada por Marco Polo e relatada para o imperador Kublai Khan. Os capítulos também são separados por categorias: as cidades e a memória, as cidades e os símbolos, as cidades e o desejo, as cidades e o nome, etc. Portanto, cada leitura de capítulo se completa, mas ao mesmo tempo se intercala com as demais. Por exemplo, fala-se de Anastácia que é uma cidade "no qual nenhum desejo é desperdiçado e do qual você faz parte, e, uma vez que aqui se goza tudo o que não se goza em outros lugares, não resta nada além de residir nesse desejo e se satisfazer". Sobre Anastácia conclui que "você acha que está se divertindo em Anastácia quando não passa de seu escravo". Ou sobre a memória, a cidade de Zora, "obrigada a permanecer imóvel e imutável para facilitar a memorização, Zora definhou, desfez-se e sumiu. Foi esquecida pelo mundo".

Meia-Noite em Paris



Que delícia é ver novamente um bom Woody Allen, cheio de encanto. O filme já começa lindo, com uma sequência de imagens de Paris. Mas ainda continua seus méritos com elenco inspirado, a começar pelo "perfeito para o papel" Owen Wilson. É uma pena que eu não conhecesse mais ainda sobre os personagens do passado que ele visita. Mas as situações que ele cria com o Dali e com o Buñuel já são ótimas. Além de tudo, um final otimista. Finalmente, só o Woody Allen para acabar com esse pessimismo atual no cinema. 


Minha Cotação: * * * *



18 de jun. de 2011

Retrospectiva Hitchcock - Rubens Ewald Filho



15 junho 2011

Retrospectiva Alfred Hitchcock


O CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), em São Paulo e no Rio de Janeiro, fará uma retrospectiva sobre a obra do cineasta Alfred Hitchcock.
Além de três curtas e  53 filmes, como Janela Indiscreta (1954), Um Corpo que Cai (1958)Intriga Internacional (1959), Psicose (1960) e Os Pássaros (1963), serão apresentados 127 episódios feitos para a televisão da série Suspense (Alfred Hitchcock Presents).
No Rio a mostra começa no dia 1° de junho e vai até 14 de julho e em São Paulo de 15 de junho a 24 de julho.
Em São Paulo, um recorte de 20 filmes da mostra serão exibidos durante dez dias no Cinesesc de 7 a 17 de julho.
O evento também traz uma sessão com narração e música ao vivo de O Inquilino (The Lodger: A Story of the London Fog), de 1926, um dos primeiros longas de Hitchcock e seu primeiro sucesso.
Você também poderá ver raridades como Aventure Malgache e Bon Voyage (1944), que Hithcock fez para a França na Segunda Guerra Mundial. Versões diferentes de um mesmo filme - Chantagem e Confissão(Blackmail, 1929), mudo e falado, além de um curta-metragem do teste de som para o longa, o primeiro filme falado da Inglaterra. Programa duplo com a versão inglesa e a versão alemã de Assassinato (Murder, 1930), que foi filmado simultaneamente em inglês e alemão, no mesmo set, trocando apenas os atores. Da versão alemã, chamada Mary, existe apenas uma única cópia no mundo. O Homem que Sabia Demais (The man who knew too much) na versão original de 1934, que Hitchcock fez na Inglaterra, e o remake  americano de 1956, com Doris Day e James Stewart.

14 de jun. de 2011

Videolog - 08/06/2011


Estação da Luz, no caminho entre meu curso de segundas e quartas e minha academia de todos os dias.



Filmografia de Hitchcock ocupa São Paulo por seis semanas


14/06/2011 - 08h20
MARCO RODRIGO ALMEIDA
DE SÃO PAULO
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/929312-filmografia-de-hitchcock-ocupa-sao-paulo-por-seis-semanas.shtml



Poucos artistas do século 20 tiveram a vida e a obra tão devassadas como o cineasta inglês Alfred Hitchcock (1899-1980).
Desde 1957, quando os franceses Claude Chabrol (1930-2010) e Éric Rohmer (1920-2010) publicaram a coletânea de ensaios "Hitchcock" --o primeiro trabalho importante sobre ele--, centenas de documentários, livros, teses e o que mais a criatividade humana permitiu tentaram destrinchar cada aspecto de sua carreira.
Talvez o maior elogio que podemos fazer a ele é que, à parte todas as teorias, os filmes do mestre do suspense continuam tão intrigantes hoje quanto à época em que foram lançados.
O público de São Paulo terá mais uma prova disso a partir de amanhã, quando estreia, no Centro Cultural Banco do Brasil, a mais completa retrospectiva já dedicada ao cineasta no Brasil.
Até o dia 24 de julho, serão exibidos 54 longas-metragens, três curtas e 127 episódios da série de TV que Hitchcock comandou entre os anos 1950 e 1960.

12 de jun. de 2011

Namorados para Sempre

blue1 Estreia: <i>Namorados para Sempre</i>
O filme vale pelas interpretações do casal principal: Michelle Williams e Ryan Gosling. Ela foi indicada ao Oscar e ambos indicados ao Globo de Ouro, estão ótimos. O filme ainda tem montagem interessante, intercalando momentos do relacionamento do casal, que vivem uma crise.

Minha Cotação: * * *

9 de jun. de 2011

Quem viaja comigo tem que... Parte 2



Continuando a série relacionada a viagens, que fala um pouco das coisas inusitadas que as pobres vítimas que viajam comigo têm que passar, aqui vai mais uma:


2 - Planejar ou não planejar, eis a questão




Planejar uma viagem pode ser tão bom quanto realizá-la
"O único viajante com verdadeira alma que conheci era um garoto de escritório que havia numa outra casa, onde em tempos fui empregado. Este rapazito colecionava folhetos de propaganda de cidades, países e companhias de transportes; tinha mapas — uns arrancados de periódicos, outros que pedia aqui e ali —; tinha, recortadas de jornais e revistas, ilustrações de paisagens, gravuras de costumes exóticos, retratos de barcos e navios. Ia às agências de turismo, em nome de um escritório hipotético, ou talvez em nome de qualquer  escritório existente, possivelmente o próprio onde estava, e pedia folhetos sobre viagens para a Itália, folhetos de viagens para a índia, folhetos dando as ligações entre Portugal e a Austrália." Fernando Pessoa, O Livro do Desassossego.


A alma viaja...
Em seu Livro do Desassossego, Fernando Pessoa diferencia o que é viajar com o corpo e com a alma. O autor até apregoa que a experiência de viajar com a alma é mais verdadeira e memorável do que com o corpo. Não chego a esse extremo, para mim são ambas muito valiosas. 


Por isso, enquanto planejo uma viagem, viajo com a alma para os lugares que irei em breve com o corpo. Fernando Pessoa ainda afirma "que as verdadeiras paisagens são as que nós mesmos criamos". Para mim, planejar uma viagem é tão prazeroso quando realizar a viagem propriamente dita. Pesquisar relatos de outros viajantes; conhecer os lugares que irei visitar através de guias, fotos, experiências de outros; verificar quais são os trajetos que irei percorrer e como irei realizá-los; escolher entre vários destinos em virtude da pouca disponibilidade de tempo; tudo isso é uma parte muito importante do viajar. 


Quais lugares realmente vão tocar meu coração?
É certo que tudo começou pelo meu desejo de segurança, de planejar tudo para diminuir minha ansiedade ao viajar. Mas hoje é muito mais do que isso. Tudo bem, já viajei em pacotes tipo da CVC, já até fiz parte de grupos de excursão e a experiência tende a ser lotérica. A probabilidade de que os gostos do guia de turismo sejam compatíveis com os meus, que ele irá me levar aos lugares que eu realmente me interessaria, da maneira que eu gostaria, são de uma em um milhão. 


Recentemente, em planejamento de uma viagem que começou com mais de um ano de antecedência (!), quase briguei com um amigo por conta de decisões em relação do que iríamos fazer nessa viagem. Depois controlei meus impulsos psicóticos e resolvi pedir desculpas. Afinal, se planejar uma viagem é um deleite, planejá-la em companhia de um amigo há de ser muito melhor. 


E que nossas almas viajem, e que nossos corpos viajem com elas depois. E por vezes as paisagens que nossas almas traçaram são melhores que nossos olhos podem ver, será uma decepção? Outras vezes, o que nosso corpo sente não tem nada a ver com o que nossa alma desenhou, é tudo novo e muito melhor. Seja qual for o resultado alma x corpo, no mínimo as experiências de viagem serão duplicadas.  Nada melhor do que fazer duas viagens pelo preço de uma. 


5 de jun. de 2011

X-Men Primeira Classe


X-Men é um dos meus filmes de super-herói prediletos, senão o melhor. Da série protagonizada por Hugh Jackman, achei que os filmes foram progressivamente melhores, com excessão do último (X-Men Origins: Wolverine), que não era excelente, mas OK. Aqui mudam os atores, para mostrar o momento em que o Professor Xavier e Magneto se conheceram e tornaram-se amigos. Os atores que os interpretam são ótimos e a relação entre eles é muito interessante, mais legal ainda é lembrar de momentos dos dois nos outros filmes para ver como a relação deles evoluiu: posições absolutamente antagônicas mas os dois se respeitam em suas diferenças. Além disso, é legal ver o assunto ao auto-aceitação dos mutantes, principalmente nos personagens da Mística e do Hank McCoy (Fera). Fora isso, apenas achei estranha a relação entre a Mística e o Professor Xavier, que cresceram juntos, pois não via muita cumplicidade entre eles nos outros filmes. Os poderes de alguns dos novos mutantes também não me soaram muito interessantes. Mas fora esse detalhes, o filme tem personagens bem construídos, enfoques interessantes e sequências de ação muito eficientes.

Minha Cotação: * * * *

Estamos Juntos


Esse filme passa por diversas situações que me são comuns, através da vida de uma jovem médica. Ela mudou-se de uma cidade pequena para São Paulo, tenta ser útil através de sua ocupação, tem amigos mas às vezes se fecha em um mundo particular. O filme passa por esses e outros assuntos que são comuns a vários de nós hoje em dia. Apesar das ótimas interpretações do elenco (Leandra Leal, Cauã Reymond,  Deborah Duboc, entre outros, mas por favor esqueçam o rapaz que faz o argentino, é péssimo), o filme não consegue atingir tudo o que poderia, nem consegue tramitar muito bem entre os gêneros (drama x piadinhas do personagem de Cauã) mas mesmo assim consegue ficar acima da média.

Minha Cotação: * * * *


3 de jun. de 2011

O Mundo Mágico de Escher


Print Gallery
Essa semana dei uma segunda olhada na exposição "O Mundo Mágico de Escher", no Centro Cultural Banco do Brasil, no centro de São Paulo. Já tinha passado uma vez, mas gostei tanto que resolvi voltar com a máquina fotográfica. Infelizmente, essa coisa que me irrita, não pode tirar fotos em alguns espaços, mas consegui registrar em outros e também consegui baixar alguma coisa pela internet.

As obras de Escher são muito instigantes. Diz a Wikipedia que "Maurits Cornelis Escher (Leeuwarden, 17 de Junho de 1898 - Hilversum, 27 de Março de 1972) foi um artista gráfico holandês conhecido pelas suas xilogravuras, litografias e meios-tons (mezzotints), que tendem a representar construções impossíveis, preenchimento regular do plano, explorações do infinito e as metamorfoses - padrões geométricos entrecruzados que se transformam gradualmente para formas completamente diferentes."

1 de jun. de 2011

"Tropa de Elite 2" é o grande vencedor do Prêmio do Cinema Brasileiro


31/05/2011 - 23h50


"Tropa de Elite 2" é o grande vencedor do Prêmio do Cinema Brasileiro




LUIZA NASCIMENTO SOUTO
DO RIO


Com nove troféus, "Tropa de Elite 2" foi o destaque da 10ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, em cerimônia realizada na noite desta terça-feira (31) no Teatro João Caetano, na praça Tiradentes, centro do Rio de Janeiro.

Cerca de 1500 pessoas --entre técnicos, diretores e atores-- lotaram o espaço para prestigiar a premiação, criada em 2002 pela Academia Brasileira de Cinema.