tag:blogger.com,1999:blog-79673320237949511802024-03-05T22:35:40.075-03:00Uma Janela IndiscretaFalar sobre cinema, sendo melhor cinéfilo do que crítico, e abrir uma janela para tudo o que eu gosto e vivo. Fabio Pastorellohttp://www.blogger.com/profile/05936247608686166033noreply@blogger.comBlogger195125tag:blogger.com,1999:blog-7967332023794951180.post-86420563024036451812013-04-22T01:12:00.001-03:002013-04-22T01:25:15.414-03:00Dentro da Casa<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxjaA-KH8d0zRugOSBrlv4arwUMXY_uvxxJvRPHj5ashFTEGtGFOYIKTfnlAT39f1znBV59pkZijst6Hvza2eF4xrsIGufgHr3QgfXHNo3FkVcMDvRrTKd7So85jW7e3ZV-WsfolJcLh20/s1600/dentro-da-casa-dans-la-maison.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxjaA-KH8d0zRugOSBrlv4arwUMXY_uvxxJvRPHj5ashFTEGtGFOYIKTfnlAT39f1znBV59pkZijst6Hvza2eF4xrsIGufgHr3QgfXHNo3FkVcMDvRrTKd7So85jW7e3ZV-WsfolJcLh20/s400/dentro-da-casa-dans-la-maison.jpg" width="272" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Novo filme de François Ozon é mais uma<br />
obra interessante e surpreendente</td></tr>
</tbody></table>
<b><span style="color: #e69138; font-size: large;">Entre a ficção e a realidade</span></b><br />
<i><span style="color: #e69138;"><b>O sempre surpreendente François Ozon volta com um instigante thriller psicológico</b></span></i><br />
<span style="color: #e69138;"><br /></span>
<span style="color: #e69138;">por Fábio Pastorello</span><br />
<br />
<br />
O novo filme de François Ozon, jovem realizador do cinema francês e responsável por obras como "Swimming Pool"(2003) e "Potiche: Esposa Troféu"(2010), é uma envolvente história sobre a arte. "Dentro da Casa" (Dans la Maison, 2012) conta a história de Germain, um professor de francês (Fabrice Luchini, também de "Potiche" do mesmo diretor) que fica intrigado com uma série de redações de um de seus alunos. Imerso num universo em que os estudantes mal conseguem articular duas ou três frases sobre o próprio fim de semana, ele se surpreende com o talento e a ironia do jovem Claude.<br />
<br />
Claude começa a frequentar a casa de um colega de escola e a se interessar pela vida dessa família de classe média típica, como ele próprio define. Suas vivências com essa família são o assunto das redações que ele escreve e que passam a ser consumidas pelo professor Germain.<br />
<br />
<a name='more'></a>O filme possui tantos e interessantes níveis de discussão, que tenho até receio de me perder aqui nos comentários. Por isso, resolvi me deter apenas naquele que mais me tocou, que é justamente o papel da ficção e da vida dos outros na vida das pessoas. Não que esse seja o único tema do filme, aliás, desde seu primeiro longa metragem "Sitcom", em 1998, já é possível encontrar alguns dos elementos que irão se repetir ao longo da carreira de Ozon, como a homossexualidade ou a presença de uma família em crise.<br />
<br />
Se a estética ou os gêneros cinematográficos que Ozon adota variam sistematicamente, desde o musical de "Oito Mulheres"(2002) até o cinema fantástico de "Ricky" (2009), ou o thriller psicológico desse "Dentro da Casa", os temas que Ozon aborda em seus roteiros (ele também atua como roteirista ou co-roteirista de seus filmes, mesmo quando adaptações) se repetem e se renovam. No caso de "Dentro da Casa", o roteiro de Ozon é inspirado numa peça de teatro de Juan Mayorga.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXv1zTJku7Vaiv6SHqOMq-Ru3N6N51CuLMzQ1DBqno6KOVpFPxiVg40Pku9qGjuEpKUjaz0z46iofzP6tULTg-ZPd5UjM05DPDHtnlXgiufdIU77hFEG2ZHmpIQxkH7i6kkqzxHI5nyPoH/s1600/dentro-da-casa-04.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="424" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXv1zTJku7Vaiv6SHqOMq-Ru3N6N51CuLMzQ1DBqno6KOVpFPxiVg40Pku9qGjuEpKUjaz0z46iofzP6tULTg-ZPd5UjM05DPDHtnlXgiufdIU77hFEG2ZHmpIQxkH7i6kkqzxHI5nyPoH/s640/dentro-da-casa-04.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O jovem Claude entra na casa de um colega e começa a escrever sobre a família do outro em "Dentro da Casa"</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Um dos elementos mais intrigantes da obra de Ozon se refere justamente a como seus personagens fogem da instituição familiar, de forma quase sistemática. Eles fogem deliberadamente seja através do suicídio, como o Marcel de "Oito Mulheres"; ou através da separação diante uma nítida incompatibilidade com a instituição familiar, como o Gilles de "Amor a Cinco Tempos"; ou através do isolamento, como o personagem cujo câncer o isola da família e do namorado em "O Tempo que Resta" (2005).<br />
<br />
Os personagens da filmografia de Ozon fogem da família sempre que possível, mas essa negação pode indicar uma relação conflituosa. Se há personagens que fogem, há também aqueles que fazem de tudo para se manter nela, como a Marie de "Sob a Areia", que teme ser agora uma mulher sem marido, ou como o próprio Gilles de "Amor a Cinco Tempos", que após o divórcio deseja retomar o relacionamento. Ozon estuda o ser humano que nega a família, mas cuja vida não existe sem ela.<br />
<br />
<i>ATENÇÃO: a partir desse ponto, o texto contém spoilers</i><br />
<br />
É o que acontece em "Dentro da Casa", com o jovem Claude, que entra na casa do colega e começa a se interessar pela família do outro (tanto que os temas de suas redações são justamente sobre essa família, e não sobre sua própria). A inserção na casa do outro é uma fuga que não somente ele vivencia, mas o professor Germain também começa a se interessar por essa família retratada nas redações de seu aluno. Jeanne, a esposa de Germain (interpretada por Kirstin Scott Thomas, de "O Paciente Inglês") também embarca nessa alienação através da família alheia.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEif7HPJGgsPVmbDbfVrtbVr2Wr9m8c0NzUHrJw3ft9nhOhiE6mze9Qja4BSxX1hXutkN3cS53WJO591IxwGlDhdXoSs-DxnCnHZczaDtM9pWIS-FlycV7WSAsuoEu28ZNsnowv1zUNLg6TX/s1600/dentro-da-casa-03.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEif7HPJGgsPVmbDbfVrtbVr2Wr9m8c0NzUHrJw3ft9nhOhiE6mze9Qja4BSxX1hXutkN3cS53WJO591IxwGlDhdXoSs-DxnCnHZczaDtM9pWIS-FlycV7WSAsuoEu28ZNsnowv1zUNLg6TX/s640/dentro-da-casa-03.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Claude e Germain, pupilo e mentor, não necessariamente nessa ordem</td></tr>
</tbody></table>
<br />
O arco dramático mais interessante é a relação entre professor e aluno, entre mentor e pupilo. Na realidade esses papéis não estão tão claros, apenas dos papéis que cada um representa. Através de suas redações, Claude consegue envolver cada vez mais Germain, que é capaz até de atos ilícitos para que Claude continue escrevendo. Por outro lado, Claude simula atenção às teorias literárias que Germain lhe ensina, mas na realidade segue sua narrativa de forma pouco convencional. Em determinado momento, por exemplo, Germain explica a Claude que o protagonista deve ter um objetivo (e obstáculos) para que a história se torne interessante, mas é justamente essa "ausência" nítida de objetivos ou motivação que torna a trajetória de Claude tão interessante.<br />
<br />
Depois, descobriremos que o professor Germain é um escritor frustrado, que escreveu apenas um livro e nunca se julgou talentoso frente às obras que admira. Jeanne administra uma galeria de arte prestes a ser fechada pelas donas, que não consegue descobrir uma obra de arte relevante. Esse casal, que possui essa relação conflituosa com a arte (eles funcionam melhor como admiradores, mas são mal sucedidos na expressão artística), é justamente quem se envolve cada vez mais com as redações de Claude.<br />
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUEqu_eDnkTaiTL5v0DJYuL02W3idZmsFXDvKO8SXTRW953f8rORYkdPbJs9QXHQXktDK2r1lCdoa-kjMslWIuqFLm04z3FmqGnvJE_ACMamDCowuS2NcS7K6GKiB-ASJwQ6sErHWw52WG/s1600/dentro-da-casa-02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUEqu_eDnkTaiTL5v0DJYuL02W3idZmsFXDvKO8SXTRW953f8rORYkdPbJs9QXHQXktDK2r1lCdoa-kjMslWIuqFLm04z3FmqGnvJE_ACMamDCowuS2NcS7K6GKiB-ASJwQ6sErHWw52WG/s640/dentro-da-casa-02.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O casal que se interessa pela vida alheia, mal sucedidos na expressão artística</td></tr>
</tbody></table>
<br />
A outra família, chamada de os Rapha (pai e filho têm o mesmo nome), é observada e retratada nas redações de Claude como a família de classe média típica, é composta por um jovem com tendências homossexuais, sua mãe cheia de tédio (Emmanuelle Seigner, esposa de Roman Polanski) e seu pai cheio de problemas no serviço (Denis Ménochet, o pai do início de "Bastardos Inglórios"). Apesar de cheia de problemas, a família que não tem contato ou domínio sobre a arte (a mãe por exemplo tem quadros do artista Paul Klee na casa mas que nunca chegou a reparar direito ou o pai que adora jogos de basquete) é justamente aquela que vive e é observada, diretamente por Claude, e indiretamente pelo casal de professor e esposa.<br />
<br />
No que notamos que, além do tradicional tema da família em crise, que surge nas três famílias existentes no filme (a família de Claude, a família de Germain e a família dos Rapha), o filme introduz personagens anulados pela incapacidade de expressão da arte, alienados em suas vidas. Quanto mais Germain se interessa pelas redações de Claude, menos ele tem atração sexual pela esposa. E em determinado momento, Jeanne até chega a convidar os Rapha para uma exposição em sua galeria de arte, curiosa para conhecer os "personagens" das redações de Claude.<br />
<br />
O desenrolar dessas duas famílias também é um indício de que a presença do talentoso (e malicioso) Claude foi mais prejudicial para uma família do que a outra. Enquanto os Rapha continuam como uma família típica, Germain e Jeanne, e até mesmo Claude, escolheram a fuga de sua família (o tema reincidente de Ozon) através da ficção. E nada mais emblemático que o final do filme, em que os personagens observam os dramas cotidianos e familiares que acontecem pelas janelas de um prédio. A cena final remete de forma direta ao clássico de Alfred Hitchcock, <a href="http://fabiopastorello.blogspot.com.br/2012/05/janela-indiscreta.html" target="_blank">"Janela Indiscreta"</a>, que também é um tratado sobre a alienação pela vida alheia e pela arte. Ozon apresenta não o caráter nocivo da arte, mas o quanto ela pode ser perigosa para aqueles que anulam suas expressões artísticas. E eu me pergunto: o que estou fazendo aqui, escrevendo uma crítica ou invés de fazer um filme? Tudo bem, acho que a crítica também é uma forma de expressão artística. :)<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbPY_RxgAEz3OEjrAIW75CkD7dzSFD3NrPc2JNFfYNJWjaWClzUy4YOWa7PKPjMRY5wU6v4R2tQNldh7nn9a2miyHbNyjmTkxSZW_tgnLiySOnuAfXzhpiYr3ECcmxS4TbGYytQCzKc21j/s1600/dentro-da-casa-05.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbPY_RxgAEz3OEjrAIW75CkD7dzSFD3NrPc2JNFfYNJWjaWClzUy4YOWa7PKPjMRY5wU6v4R2tQNldh7nn9a2miyHbNyjmTkxSZW_tgnLiySOnuAfXzhpiYr3ECcmxS4TbGYytQCzKc21j/s320/dentro-da-casa-05.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Claude, um promissor escritor</td></tr>
</tbody></table>
Em <a href="http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,paixao-de-narrar-francois-ozon,1014630,0.htm" target="_blank">entrevista ao Estado de São Paulo</a>, Ozon afirma que "um jovem que quer ser escritor tem tudo a ver com quem conta histórias, como eu." Uma coisa é certa. Impossível não admirar o talento artístico de François Ozon, que assim como o Claude que relata, tem esse talento único de nos conquistar pelas histórias da vida dos outros. "Dentro da Casa" já entra na minha lista dos melhores filmes do ano (apesar de ser de 2012, só exibido comercialmente esse ano aqui no Brasil).<br />
<br />
<b>Avaliação: * * * * *</b><br />
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<br />
<!--EndFragment--></div>
Fabio Pastorellohttp://www.blogger.com/profile/05936247608686166033noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7967332023794951180.post-47736536956970214972013-04-17T21:32:00.001-03:002013-04-17T21:36:00.472-03:00Uma História de Amor e Fúria<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhk7L56-0s5JQDpclk8tbM4yGoR74kiQR7VXvZc2vl6i-pQs4CNj5dkK8LuJdUYkRHIrcL_-9o6TI-C_izZKi-4HTJvrG6p1SbF4WFjP0kNE_DR8TR51z92d3BkGLuOS0HKUFSh8Xof5QXD/s1600/uma_historia_de_amor_e_furia_xlg.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhk7L56-0s5JQDpclk8tbM4yGoR74kiQR7VXvZc2vl6i-pQs4CNj5dkK8LuJdUYkRHIrcL_-9o6TI-C_izZKi-4HTJvrG6p1SbF4WFjP0kNE_DR8TR51z92d3BkGLuOS0HKUFSh8Xof5QXD/s320/uma_historia_de_amor_e_furia_xlg.jpg" width="216" /></a></div>
<span style="color: #e69138; font-size: large;"><b>Animação brasileira tem roteiro e animação de qualidade, mas se destaca mesmo pela importância de sua temática</b></span><br />
<i><span style="color: #e69138;"><b>"Viver sem conhecer o passado é viver no escuro"</b></span></i><br />
<i><span style="color: #e69138;"><br /></span></i>
<i><span style="color: #e69138;">por Fábio Pastorello</span></i><br />
<br />
O filme "Uma História de Amor e Fúria", de Luís Bolognesi, infelizmente parece não ter encontrado seu público. O filme teve público pequeno até o momento, cerca de 19.000 espectadores. Só para citar o exemplo de um lançamento do cinema recente, o filme "A Busca", com Wagner Moura, já conseguiu 345 mil espectadores. Enfim, é certo que por ser uma animação, o público é menor, mas o filme merecia repercussão maior. É interessante notar ainda a rejeição que o filme provoca, não sei se pelo fato de ser uma animação, ou de ser brasileiro, ou se pelo tema indígena (que encontrou também certa rejeição no recente "Xingu", cuja bilheteria ficou aquém do esperado). Novamente, uma pena.<br />
<br />
Em entrevista, Bolognesi (também roteirista de "Bicho de Sete Cabeças" e "As Melhores Coisas do Mundo") afirma que o roteiro surgiu da vontade de unir dois assuntos queridos ao diretor: história do Brasil e história em quadrinhos. O fato de ter sido uma animação, deu mais liberdade para o roteirista escolher suas histórias sem pensar nas limitações de produção, uma liberdade bastante interessante para o cinema brasileiro. A liberdade de produção permitiu ao diretor e roteirista uma realização com bastante calma e sem pressão, que começou com uma pesquisa com historiadores e antropólogos em 2002.<br />
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8d6f-xpbPKRlh9FR_YqxC65ZE-iXt5HXBxM498JfIvjW5FQTozukETSMnzh2z559Qa3MZaJR0Mt_wDP_NdQNnuraG9V1UvMCCKDR6-HQN5WrkHtw96e1ZGzmHSGWPT4Krc7lA2qJBtWk_/s1600/amor-e-furia-05.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8d6f-xpbPKRlh9FR_YqxC65ZE-iXt5HXBxM498JfIvjW5FQTozukETSMnzh2z559Qa3MZaJR0Mt_wDP_NdQNnuraG9V1UvMCCKDR6-HQN5WrkHtw96e1ZGzmHSGWPT4Krc7lA2qJBtWk_/s640/amor-e-furia-05.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Na primeira parte da história, o filme começa contando a história dos índios e da colonização do Brasil</td></tr>
</tbody></table>
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A história atravessa vários séculos da história do Brasil, para contar a luta dos homens contra a opressão, no filme chamada de Anhangá (Deus indígena, senhor dos mortos). Para tanto, o roteirista escolheu lutas emblemáticas para o país, como a luta dos índios contra os colonizadores, dos negros contra os poderosos, dos revolucionários contra a ditadura e até uma luta no futuro, de rebeldes contra o capitalismo desenfreado, que tornou até a água uma mercadoria.<br />
<br />
Em todas as histórias, o filme nos leva a um interessante e relevante questionamento sobre os heróis de nossa história. Em tempos em que nem sempre se pode confiar nos heróis (e vilões) que a mídia ou as instituições nos apresentam, nada melhor do que um filme que apresenta uma visão crítica sobre essas conclusões. A visão mais interessante refere-se à figura histórica de Duque de Caxias, patrono do exército brasileiro, e que foi transformado em estátuas e logradouros por aí, mas no filme é o responsável pelo fim de um movimento popular, a Balaiada. O movimento é retratado na segunda parte do filme, e as figuras de herói (Duque de Caxias) e vilão (o Balaio, líder do movimento) são questionadas.<br />
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4esQsnyMCH_Y8_IHIXuXSojY-4WW2ti84A_p-DJ1CQ5yVANva76vdbOKG1a1Wu2GlADUnq9HSke5-fXxmM418ygS5lW0QLoGw8T18GIBk77MvV6kK0Tj_rbY-FvyHY4Cm6CRuFeew_Di2/s1600/amor-e-furia-06.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4esQsnyMCH_Y8_IHIXuXSojY-4WW2ti84A_p-DJ1CQ5yVANva76vdbOKG1a1Wu2GlADUnq9HSke5-fXxmM418ygS5lW0QLoGw8T18GIBk77MvV6kK0Tj_rbY-FvyHY4Cm6CRuFeew_Di2/s640/amor-e-furia-06.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A revolução da Balaiada, ocorrida no Maranhão, também é retratada e nos leva a questionar<br />
quem são os heróis e vilões da história do Brasil</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Mas a trama mais interessante do filme é justamente no futuro do Brasil, quando o país é governado por um presidente evangélico, o Rio de Janeiro é controlado por milícias particulares e a cidade se verticalizou, sendo que na parte baixa a água está contaminada pelo lixo industrial. Nesse cenário, um grupo tenta organizar uma ação pela democratização do acesso à água, que nesse futuro é comercializada.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkTMpKyOSRK4UeLgWzZxjdivnRMsw15A8dgKiyhLzJo7MEfATE-fZknBZGv8jTT8TY9d7IX9rUKkFdOviC-eB85p0VZCGU6pb5IfRD5Lf1hBaNwH70xB1Cm3JGNwzMHQJx9aYSLlwPM7ow/s1600/amor-e-furia-01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkTMpKyOSRK4UeLgWzZxjdivnRMsw15A8dgKiyhLzJo7MEfATE-fZknBZGv8jTT8TY9d7IX9rUKkFdOviC-eB85p0VZCGU6pb5IfRD5Lf1hBaNwH70xB1Cm3JGNwzMHQJx9aYSLlwPM7ow/s640/amor-e-furia-01.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">No futuro do Brasil, uma cidade controlada pelas milícias, um país governado por um pastor<br />
evangélico e a água virou artigo de luxo</td></tr>
</tbody></table>
<br />
O filme conta com a dublagem de Selton Mello e Camila Pitanga nos papéis principais, que vivem uma história de amor que atravessa as diversas fases da animação. As vozes dos atores, muito conhecidas, desligam um pouco o espectador da história, fazendo ele se lembrar a todo momento que são as vozes de atores famosos, mas essa escolha (que provavelmente visa alcançar um público maior) não prejudica o filme em demasiado.<br />
<br />
"Uma História de Amor e Fúria" é um filme que merece ser visto e conhecido, tanto pelo excelente roteiro, tanto pelo fato de ser uma animação (realização não muito comum para o cinema brasileiro), mas principalmente porque é uma história atual e impactante, que olha tanto para o passado como para um possível futuro do Brasil, não muito difícil de acreditar.<br />
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisvJAomDh0iWZtBHXOVXLVX8rLKqygRS-xMWSD3d2ccJDaoJ59Lx9H2pfb8-Z9HRIGemiGApioKDwug0f4Uvt03tp22q0aqj5-lUEtKAEEcmeNgq2V9yP6hOlEyFeRo3FbtmJOFPecblSE/s1600/amor-e-furia-02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisvJAomDh0iWZtBHXOVXLVX8rLKqygRS-xMWSD3d2ccJDaoJ59Lx9H2pfb8-Z9HRIGemiGApioKDwug0f4Uvt03tp22q0aqj5-lUEtKAEEcmeNgq2V9yP6hOlEyFeRo3FbtmJOFPecblSE/s640/amor-e-furia-02.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A excelente animação "Uma História de Amor e Fúria", não perca</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Avaliação: * * * * 1/2<br />
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<br /></div>
Fabio Pastorellohttp://www.blogger.com/profile/05936247608686166033noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7967332023794951180.post-37168798417910890032013-04-03T21:29:00.000-03:002013-04-03T21:29:21.691-03:00Filmes de Março<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNAOdzl4RsUh7WUIezgdStlEA96ld-aEyvVRYJDbxqrx8a8XwgABktckbUIDmyGFSZF0Ja3vVn2AsfoOX82vn3f6ELx3n91O2G-QtQNqMf2RAWcimu6q55Spe7sI1qYXWdtjVNK5OAZIrh/s1600/a-busca_cartaz-crop.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNAOdzl4RsUh7WUIezgdStlEA96ld-aEyvVRYJDbxqrx8a8XwgABktckbUIDmyGFSZF0Ja3vVn2AsfoOX82vn3f6ELx3n91O2G-QtQNqMf2RAWcimu6q55Spe7sI1qYXWdtjVNK5OAZIrh/s400/a-busca_cartaz-crop.jpg" width="268" /></a></div>
Muito já foi dito, tanto pela equipe do filme como pela mídia, que o filme <b><span style="font-size: large;">"A Busca"</span></b> busca um estilo de filme intermediário na cinematografia nacional, nem as comédias escrachadas produzidas pela Globo Filmes nem os filmes cabeça que sempre foram a tônica do cinema nacional. A verdade é que a produção possui de fato roteiro palatável, bem escrito, mas sem concessões. O início, por exemplo, quando um pai e uma mãe divorciados são obrigados a lidar com o desaparecimento do filho adolescente, é pesadíssimo, e demonstra logo de cara o talento de Luciano Moura ("O Corpo") na direção. Road movie, a história parte para a busca de um pai pelo seu filho, por meandros do Brasil do interior. A busca não é somente física, mas também uma busca de conhecimento do outro. Além do roteiro e direção competentes, o elenco conta com um dos maiores astros do cinema nacional, Wagner Moura, em grande papel e interpretação. Segundo o ator em <a href="http://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2013/03/wagner-moura-volta-ao-tema-paternidade-no-longa-busca.html" target="_blank">entrevista ao G1</a>, "é bonita essa premissa do filme, porque o pai vai olhando para o menino e vendo quem ele é pela ausência dele”. O final ainda conta com bonita participação de Lima Duarte, mas é certo que apesar dos aspectos positivos, o filme fica mesmo no intermediário da cinematografia nacional.<br />
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Cotação: * * * *<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqKPMdZKcU8RhiU1JQkwzPStHIApfm3tkVR7eZKkcE8JebWLT15Gbmn0W543Wt2URm8_iOOhrzsGaVVDksF82-SIuAdeX4umDk9AcOQFS9cSnLtbKXUugyySeCTRvS2KrtI_5g4UludWwC/s1600/Anna-Karenina-Poster.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqKPMdZKcU8RhiU1JQkwzPStHIApfm3tkVR7eZKkcE8JebWLT15Gbmn0W543Wt2URm8_iOOhrzsGaVVDksF82-SIuAdeX4umDk9AcOQFS9cSnLtbKXUugyySeCTRvS2KrtI_5g4UludWwC/s400/Anna-Karenina-Poster.jpg" width="270" /></a></div>
Inspirado no romance de Leon Tolstói e dirigido pelo mesmo Joe Wright de "Desejo e Reparação", <b><span style="font-size: large;">"Anna Karenina"</span></b> é um filme de excessos. O espectador goste ou não desses excessos (e certamente de início causa estranheza), principalmente nos movimentos de câmera e na direção de arte e figurinos suntuosos (figurino ganhador do Oscar), é certo que o filme tem uma ousadia na sua forma de realização, muito bem-vinda em dias que o cinema opta sempre por repetir as mesmas fórmulas. A película em sua maior parte é realizada dentro de um teatro, que simula as localidades (até mesmo as externas) de Moscou e São Petersburgo. Uma estação de trem, por exemplo, foi recriada no topo do teatro e a fluidez que o filme traz entre os cenários acontece debaixo do palco ou nas coxias. Ou seja, todo o espaço do teatro é usado para criar a Rússia de Anna Karenina. O fato de toda a ação se passar em um teatro também representa a encenação da sociedade russa da época retratada pela história, que acaba atingindo a vida da protagonista (Keira Knightley, também de "Desejo e Reparação", estranha mas talentosa como sempre), que vive um relacionamento extra-conjugal mas é condenada pela sociedade russa. E também não deixa de ser representativo que o filme saia do espaço teatral apenas quando o personagem Levin (Domhnall Gleeson) vai para o campo, adotando uma abordagem cara à literatura: a oposição campo e cidade. Apesar de toda a ousadia e inventividade dessa proposta de realização em um cenário (que lembra algumas obras de Frederico Fellini, como "E la Nave Va"), e da realização brilhante dos cenários, figurinos e fotografia, o roteiro deixa um pouco a desejar, carecendo de maior contundência e alguns momentos a história fica enfadonha. O filme ainda conta com um hipnótico Aaron Taylor-Johnson (Kick-Ass) e um envelhecido Jude Law (Closer).<br />
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Cotação: * * * *<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUNj3bOiv0-qnESaDZnEULuZ6MlHsUf_pxtGGff7vmaYur5fkPOvfnGBcjoH8jm74xjiyXlGHdvSezUq7GxTA5qoZf9knFhNGl5TPdSu7rA2Lwl7lopXRP7LvtFD7hdsifAHTlGDueRuY_/s1600/Duro_de_Matar_-_Um_bom_dia_para_Morrer_Teaser.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUNj3bOiv0-qnESaDZnEULuZ6MlHsUf_pxtGGff7vmaYur5fkPOvfnGBcjoH8jm74xjiyXlGHdvSezUq7GxTA5qoZf9knFhNGl5TPdSu7rA2Lwl7lopXRP7LvtFD7hdsifAHTlGDueRuY_/s400/Duro_de_Matar_-_Um_bom_dia_para_Morrer_Teaser.jpg" width="271" /></a></div>
A ação também se passa na Rússia, mas não poderia ser mais diferente de "Anna Karenina". Embora <b><span style="font-size: large;">"Duro de Matar - Um Bom Dia para Morrer"</span> </b>tenha sido filmado em locações em Moscou, na Rússia, e até em Chernobyl, o filme é bem mais fantasioso do que a Rússia teatral de "Anna Karenina". Mas o que esperar da série Duro de Matar, não é? Quanto mais mentiras, melhor, e o novo filme de Bruce Willis abusa delas, em cenas que desafiam a verossimilhança. Bruce Willis continua muito bem como herói de filmes de ação, embora no início sua participação seja um pouco irritante e atrapalhada. Dessa vez acompanhado de Jai Courtney (da série Spartacus), que interpreta seu filho e garante os músculos e a juventude importantes a um filme de ação. Uma cena de perseguição, logo no início do filme, impressiona pela quantidade de carros destruídos, mas as sequências de destruição pela cidade de Moscou continuam. Enfim, desde que você embarque na proposta do filme, pode gostar das novas aventuras de John McClane.<br />
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Cotação: * * *<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTiAhINasDnV2Q4R4oLNuBKc0qcrcc3BfSI1nmshkuJB288pBvTuxNsi74JP-ygk_YGkNHTopQhemWUM4ZPIx8I14wsXdIvZQo52thFoqlO40HPIlR-oFAi1fBRfm-NDotVX_CYQy_YbWr/s1600/joao-e-maria.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTiAhINasDnV2Q4R4oLNuBKc0qcrcc3BfSI1nmshkuJB288pBvTuxNsi74JP-ygk_YGkNHTopQhemWUM4ZPIx8I14wsXdIvZQo52thFoqlO40HPIlR-oFAi1fBRfm-NDotVX_CYQy_YbWr/s400/joao-e-maria.jpg" width="268" /></a></div>
Demorei para assistir esse <span style="font-size: large;"><b>"João e Maria - Caçadores de Bruxas"</b></span> e na verdade só fui conferir pois estava com ingresso promocional no dia que fui assistir. A nova onda do cinema norte-americano agora parecem ser os filmes baseados em conto de fadas, e esse é inspirado na história de João e Maria. Sinceramente, nem imaginava como esse conto pudesse virar uma adaptação cinematográfica interessante. E quando as expectactivas são menores, as impressões costumam ser melhores. E o filme me surpreendeu positivamente, atendendo minhas necessidades quando vou assistir a um filme desses. Gostei da ambientação da história, em uma dessas vilas pequenas e antigas que ficam no meio da floresta, coisa típica de conto de fadas e/ou histórias de terror. Os efeitos visuais e as cenas de ação também são bem realizadas e envolventes. O elenco também está ótimo, composto por Jeremy Renner ("Guerra ao Terror"), Gemma Arterton ("Fúria de Titãs", que tem um misto de sensualidade e ar juvenil perfeitos para o papel) e Famke Janssen (a Jean Grey da série X-Men). Boa diversão.<br />
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Cotação: * * * 1/2<br />
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Fabio Pastorellohttp://www.blogger.com/profile/05936247608686166033noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7967332023794951180.post-90945264890022156912013-03-19T23:59:00.000-03:002013-03-22T11:30:13.006-03:00Super Nada<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNIfHZjDEcPTzZ76bxwMltHIkfU8qqFQGWluSC_2unKoHtKw4DbPb-kBM6dGHpQBRqHKbrFUfMRim73Jth0u99OG2LTTUNeIDHwIgkElhmSGCYUaxlbjkU-xTLsMpPzzGjQFYmXCt4f3IC/s1600/SuperNada_cartaz_baixa.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNIfHZjDEcPTzZ76bxwMltHIkfU8qqFQGWluSC_2unKoHtKw4DbPb-kBM6dGHpQBRqHKbrFUfMRim73Jth0u99OG2LTTUNeIDHwIgkElhmSGCYUaxlbjkU-xTLsMpPzzGjQFYmXCt4f3IC/s320/SuperNada_cartaz_baixa.jpg" width="216" /></a></div>
<b><span style="color: #e69138; font-size: large;">Em "Super Nada", um ator desconhecido e um veterano lutam para superar o nada em São Paulo</span></b><br />
<span style="color: #e69138;"><i>Filme tem como maior mérito a interpretação do sempre excelente Marat Descartes</i></span><br />
<span style="color: #e69138;"><i><br /></i></span>
<span style="color: #e69138;"><i>por Fábio Pastorello</i></span><br />
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Grande destaque do último festival de Gramado, no qual foi considerado por <a href="http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,gramado-promove-mescla-entre-longas-de-facil-comunicacao-com-o-publico-e-filmes-cabeca-,917829,0.htm" target="_blank">alguns críticos</a> como melhor filme brasileiro do festival, "Super Nada" de Rubens Ewald ("O Corpo", 2007) e Rossana Foglia. O filme, assim como o também brasileiro "Riscado", conta as desventuras de um ator no Brasil. A dificuldade de conseguir reconhecimento, os trabalhos nem tão desejáveis aos quais os atores se submetem e as dificuldades financeiras são o pano de fundo desses dois trabalhos.<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
<br />
Se em "Riscado", conhecíamos a história de uma atriz que é escolhida para realizar um filme inspirado em sua própria vida de atriz, em "Super Nada" o mote é o relacionamento de admiração do protagonista, o ator Guto (Marat Descartes) pelo ator cômico Zeca (Jair Rodrigues), que faz o papel de um personagem chamado Super Nada numa espécie de "Zorra Total", um programa de humor e qualidade duvidosas.<br />
<br />
Vivido com incrível talento por Marat Descartes, esse protagonista procura trabalhos relacionados ao humor. Marat é um ator excepcional, que já se destacou em outros filmes recentes, como nos ótimos "Dois Coelhos" e "Trabalhar Cansa". É o tipo de ator que pega qualquer papel e imprime grande crebilidade, não é diferente aqui. Em um filme sobre o ofício de interpretar, nada mais adequado que o protagonista seja um grande ator.<br />
<br />
A verdade é que o trabalho de Jair Rodrigues também surpreende, criando um personagem malandro e decadente. A última cena do filme é seu momento de maior intensidade. Mas nos momentos cômicos (ou seja, nos quadros do personagem Super Nada), o filme derrapa e soa bastante artificial. É certo que o personagem faz parte de um programa de humor popular, mas a representação que o filme oferece é quase primária, fica mais próxima de uma filmagem amadora do que propriamente popular. Talvez fosse melhor simplesmente omitir essas partes, em que o filme se enfraquece.<br />
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZAQoMCnRfdQ31CxqQD5Ugy0ZRNW67RaqRdhyGvibYNcK37hrYjKSxlIau957jn5v7JuOgumAL9wFs1PTs5_dCfltaH_eJVkeQm2wbxYW3STcZf9MN95qmsgzlcIrFwZSbWnpoSInLpY00/s1600/foto_Marcos_Camargo-2385.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="425" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZAQoMCnRfdQ31CxqQD5Ugy0ZRNW67RaqRdhyGvibYNcK37hrYjKSxlIau957jn5v7JuOgumAL9wFs1PTs5_dCfltaH_eJVkeQm2wbxYW3STcZf9MN95qmsgzlcIrFwZSbWnpoSInLpY00/s640/foto_Marcos_Camargo-2385.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Marat Descartes em uma das diversas cenas filmadas na cidade de São Paulo, que funciona muito<br />
mais do que meramente pano de fundo para a história</td></tr>
</tbody></table>
<br />
O filme também se destaca pelo retrato da cidade de São Paulo, uma cidade que mais do que simplesmente uma ambientação, tem papel fundamental na trajetória de seus personagens. Segundo entrevista de Marat Descartes ao <a href="http://cinema.terra.com.br/mostra-de-sp/noticias/0,,OI6233466-EI20981,00-Sao+Paulo+engole+os+desejos+diz+Marat+Descartes+de+Super+Nada.html" target="_blank">portal Terra</a>, "São Paulo engole os desejos e coloca as pessoas em um vórtice de loucura, fazendo com que se perca a objetividade". É um retrato interessante, de uma cidade repleta de oportunidades, mas justamente por causa de seus excessos, acaba oprimindo as vontades e a trajetória dos que nela buscam o sucesso. Pior é que isso também aconteceu comigo.<br />
<br />
O roteiro constrói com sutilezas a personalidade desse ator em busca de sucesso, mas que já parece ter passado da idade para a fase das esperanças (no filme, o ator tem uma filha - interpretada pela filha de Marat na vida real, e vez por outra precisa de empréstimos da mãe). A história também é cheia de reviravoltas, em grande parte surpreendentes, mas em alguns momentos nada críveis. Apesar dos momentos em que o filme peca pela falta de coerência, a força da interpretação de Marat consegue manter o filme num patamar elevado, e algumas cenas engenhosas (como por exemplo quando Marat transforma um ser humano em marionete) mostram que o roteiro de Ewald tem muito mais do que nada a dizer.<br />
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<a href="http://www.supernada.com.br/ficha-tecnica/" target="_blank">Ficha Técnica</a><br />
<br />
Cotação: * * * *<br />
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Fabio Pastorellohttp://www.blogger.com/profile/05936247608686166033noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7967332023794951180.post-86902875893014754672013-02-25T12:29:00.002-03:002013-02-25T21:33:36.507-03:00Oscar 2013 - Os Vencedores<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhy-XM5WE8e9BsY119A7YHtLN1DSzeD32Sez2On9w9wLHpla6sQVYnxXMBmO-Thg5I0qUSKUBtGRLAKfia3bS2oQeJoFBeL9Mm66WIMBL_bZNnmiEwMJgB3KaT2eukbwlr2VreKZfanaTZ6/s1600/argo_ipad.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhy-XM5WE8e9BsY119A7YHtLN1DSzeD32Sez2On9w9wLHpla6sQVYnxXMBmO-Thg5I0qUSKUBtGRLAKfia3bS2oQeJoFBeL9Mm66WIMBL_bZNnmiEwMJgB3KaT2eukbwlr2VreKZfanaTZ6/s320/argo_ipad.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"Argo", o grande vencedor da noite do Oscar</td></tr>
</tbody></table>
<b><span style="color: #e69138; font-size: large;">Melhor montagem e melhor roteiro garantiram o melhor filme no Oscar</span></b><br />
<i><span style="color: #e69138;">O filme "Argo", dirigido por Ben Affleck, ganhou os principais prêmios, mas ficou fora do prêmio de melhor direção</span></i><br />
<i><span style="color: #e69138;"><br /></span></i>
<i><span style="color: #e69138;">por Fábio Pastorello</span></i><br />
<i><span style="color: #e69138;"><br /></span></i>
Assistir a premiação do Oscar é sempre aquela lamentação, em função das escolhas dos membros da Academia, sempre polêmicas. Esse ano, por exemplo, as maiores devem ficar por conta da atriz francesa Emmanuelle Riva não ter levado Oscar pelo filme "Amor". Mas o importante é que a premiação nos leva a assistir e falar mais sobre cinema, o que já é muito legal. E, convenhamos, essa correria de ver todos os filmes do Oscar é muito gostosa e sempre rende ótimas películas para assistir.<br />
<br />
<br />
<a name='more'></a>Recentemente, a lista de melhores filmes aumentou de 5 para 10 indicados (esse ano foram 9), o que aumenta ainda mais a quantidade dos filmes básicos para ver, de forma que consigamos acompanhar e torcer com conhecimento de causa. Eu, como sempre, não consegui ver todos, mas boa parte deles. Então tinha minhas torcidas, que quase sempre divergem da maior parte da crítica especializada.<br />
<br />
Como leio muitas críticas na imprensa, é um exercício procurar manter uma opinião própria, que logicamente possui diversas influências, mas acima de tudo procuro não ter vergonha de minhas escolhas ou gostar de um filme só por que todos os especialistas gostaram.<br />
<br />
Por isso, gostaria de comentar algumas de minhas torcidas e das escolhas do Oscar desse ano.<br />
<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVPYKWuQgbcLHBjSxWJ6lWBgeSzqJWqJ2UDu6cyeNs3f73bZIO_mR9abiqams9B9A6qZflizxayr0aS118adS5Io5lXNA1QZl5Tp-ct34_9Zjt_OxmxyUE_-u4_kjf69DNv6XrvurUc1UZ/s1600/Argo-29-9-31.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVPYKWuQgbcLHBjSxWJ6lWBgeSzqJWqJ2UDu6cyeNs3f73bZIO_mR9abiqams9B9A6qZflizxayr0aS118adS5Io5lXNA1QZl5Tp-ct34_9Zjt_OxmxyUE_-u4_kjf69DNv6XrvurUc1UZ/s400/Argo-29-9-31.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"Argo" é um ótimo thriller, mas deve ser levado mais como<br />
entretenimento do que filme político</td></tr>
</tbody></table>
<b>Melhor Filme</b><br />
Ganhou o "Argo", um thriller muito bom com final eletrizante, mas cuja mensagem política não é lá muito legal. Mais uma vez, os americanos x o resto do mundo. Mas o filme deve ser mais encarado como entretenimento do que filme político, e sob esse viés, funciona. O meu predileto seria "Django Livre", do sempre genial Quentin Tarantino. O filme é divertido, cheio de atuações excelentes, com roteiro ágil que apesar da longa duração não cansa e um desabafo anti-racista peculiar mas bem construído. Mas não tinha muitas chances, é um filme violento e Tarantino sempre leva apenas os prêmios de roteiro. Outro filme que também gosto muito é "Os Miseráveis", que boa parte da crítica acredita ser mal dirigido por Tom Hooper, mas que eu adorei.<br />
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<span style="font-size: x-small;"><b>GANHADOR:</b></span><br />
<span style="font-size: x-small;">Argo (2012): Grant Heslov, Ben Affleck, George Clooney</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><b>OUTROS INDICADOS:</b></span><br />
<span style="font-size: x-small;">Amour (2012): Margaret Ménégoz, Stefan Arndt, Veit Heiduschka, Michael Katz</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Beasts of the Southern Wild (2012): Dan Janvey, Josh Penn, Michael Gottwald</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Django Unchained (2012): Stacey Sher, Reginald Hudlin, Pilar Savone</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Les Misérables (2012): Tim Bevan, Eric Fellner, Debra Hayward, Cameron Mackintosh</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Life of Pi (2012): Gil Netter, Ang Lee, David Womark</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Lincoln (2012): Steven Spielberg, Kathleen Kennedy</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Silver Linings Playbook (2012): Donna Gigliotti, Bruce Cohen, Jonathan Gordon</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Zero Dark Thirty (2012): Mark Boal, Kathryn Bigelow, Megan Ellison</span><br />
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<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhTZxMbZXaiApMTkNLNGgODMm0wHG9OScnn7kxV5ghEhzHMCkeVafXOVas3vDso0LdAnQSHRWiXusjDz-nARqhjIJWNN9_1GRBvZ1JSpUYzeo-2rLqVl6olkxDDoMxBk9Nu1O8ZM6c9p7n/s1600/life-of-pi.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhTZxMbZXaiApMTkNLNGgODMm0wHG9OScnn7kxV5ghEhzHMCkeVafXOVas3vDso0LdAnQSHRWiXusjDz-nARqhjIJWNN9_1GRBvZ1JSpUYzeo-2rLqVl6olkxDDoMxBk9Nu1O8ZM6c9p7n/s400/life-of-pi.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ang Lee surpreendeu tirando o Oscar de Spielberg <br />
por "As Aventuras de Pi"</td></tr>
</tbody></table>
<b>Melhor Direção</b><br />
Foi a pequena surpresa desse ano, a premiação de Ang Lee pelo filme "As Aventuras de Pi". Não sou muito fã do filme e não acho que está entre os melhores do diretor, mas parece que o nome de Lee pesou mais do que o de Steven Spielberg. A verdade é que quando Spielberg resolve fazer filmes sérios, fica chato, mas se resolve assumir onde é realmente brilhante, que é no campo da fantasia, não tem a menor chance de sequer ser indicado. Ou seja, tenho pena do Spielberg, porque é um grande diretor, que busca reconhecimento em obras como "Amistad" e "Munique", mas cujos resultados ficam abaixo do esperado, mas que deveria ter sido premiado por filmes como "Caçadores da Arca Perdida". Torcia por ele. Mas pelo menos ele já ganhou por "A Lista de Schindler" e "O Resgate do Soldado Ryan", quem sabe ele resolve tentar algo na sua especialidade, já que dessa vez perdeu seu Oscar justamente para um filme de fantasia.<br />
<br />
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<span style="font-size: x-small;"><b>GANHADOR:</b></span><br />
<span style="font-size: x-small;">Ang Lee for Life of Pi (2012)</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><b>OUTROS INDICADOS:</b></span><br />
<span style="font-size: x-small;">Michael Haneke for Amour (2012)</span><br />
<span style="font-size: x-small;">David O. Russell for Silver Linings Playbook (2012)</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Steven Spielberg for Lincoln (2012)</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Benh Zeitlin for Beasts of the Southern Wild (2012)</span><br />
<br />
<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyGmpkhm3UdpDIPfJKFsangQqIFAEyZ6OD9To258KsmJkwdCmoxJfppV_YPm1nuHPFY-KyKU4YkMBPvVvwN_0QArNaXqPKCUfBF5UgaizJl1KeCYH2FZec4gPR-jl8iYklajyfdok_s55p/s1600/lincoln-3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyGmpkhm3UdpDIPfJKFsangQqIFAEyZ6OD9To258KsmJkwdCmoxJfppV_YPm1nuHPFY-KyKU4YkMBPvVvwN_0QArNaXqPKCUfBF5UgaizJl1KeCYH2FZec4gPR-jl8iYklajyfdok_s55p/s400/lincoln-3.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O "Lincoln" de Daniel Day-Lewis era a grande barbada<br />
da noite do Oscar</td></tr>
</tbody></table>
<b>Melhor Ator</b><br />
Daniel Day-Lewis ganhou no papel de "Lincoln" numa das interpretações mais elogiadas do ano. A verdade é que Joaquin Phoenix em "O Mestre" tinha uma performance impressionante e também tinha chances. A realidade é que qualquer um deles que tivesse ganhado eu não ficaria triste, exceto pelo Denzel Washington. Hugh Jackman também seria uma boa escolha.<br />
<br />
<br />
<span style="font-size: x-small;"><b>GANHADOR:</b></span><br />
<span style="font-size: x-small;">Daniel Day-Lewis for Lincoln (2012)</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><b>OUTROS INDICADOS:</b></span><br />
<span style="font-size: x-small;">Bradley Cooper for Silver Linings Playbook (2012)</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Hugh Jackman for Les Misérables (2012)</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Joaquin Phoenix for The Master (2012)</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Denzel Washington for Flight (2012/I)</span><br />
<br />
<br />
<br />
<b>Melhor Atriz</b><br />
Nessa categoria, já tenho preferências mais definidas. Quem ganhou foi a Jennifer Lawrence por "O Lado Bom da Vida", e gostei da escolha pois ela é boa atriz, mas não acho a interpretação forte. O papel é forte e cativante, e com certeza isso deve ter influenciado na escolha. A favorita dos críticos era Emmanuelle Riva por "Amor", que estava realmente muito boa, mas sinceramente a atriz que mais me emocionou esse ano foi mesmo Naomi Watts por "O Imposssível", mas ela infelizmente não tinha nenhuma chance, já que o filme foi ignorado em todas as outras categorias.<br />
<br />
<br />
<b><span style="font-size: x-small;">GANHADOR:</span></b><br />
<span style="font-size: x-small;">Jennifer Lawrence for Silver Linings Playbook (2012)</span><br />
<b><span style="font-size: x-small;">OUTROS INDICADOS:</span></b><br />
<span style="font-size: x-small;">Jessica Chastain for Zero Dark Thirty (2012)</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Emmanuelle Riva for Amour (2012)</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Quvenzhané Wallis for Beasts of the Southern Wild (2012)</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Naomi Watts for The Impossible (2012)</span><br />
<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgR94kRbFLlp3VObH1cT1JuLHVHnAqUfaQ2mGc2owDHxaAEsw75Npwo5DT5Ojw73-l7pJjU89TXNpXAMaenbZLOkSa-KjU9pcQaAa5KP3kdpeECzjFU9SNxB8qhZHecIGDCqFESgAk9jBT7/s1600/djangounchained_01.png" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgR94kRbFLlp3VObH1cT1JuLHVHnAqUfaQ2mGc2owDHxaAEsw75Npwo5DT5Ojw73-l7pJjU89TXNpXAMaenbZLOkSa-KjU9pcQaAa5KP3kdpeECzjFU9SNxB8qhZHecIGDCqFESgAk9jBT7/s400/djangounchained_01.png" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tarantino levou o Oscar de melhor roteiro original por "Django Livre",<br />
que também valeu a Christoph Waltz o seu segundo Oscar</td></tr>
</tbody></table>
<b>Melhor Roteiro</b><br />
Ufa, algumas previsões não davam o Oscar de melhor roteiro original para Quentin Tarantino. Seria uma heresia. A única maneira de Tarantino não ganhar um Oscar seria concorrendo com Woody Allen ou Pedro Almodóvar, aí sim a competição ficaria equilibrada. De longe era o melhor indicado, o mais próximo dele em qualidade era Michael Haneke por "Amor". Na categoria de roteiro adaptado, gostei da escolha de "Argo", que conseguiu transformar o livro de memórias de Tony Mendez (o agente da CIA interpretado no filme por Ben Affleck) numa ótima trama de suspense.<br />
<br />
<br />
<span style="font-size: x-small;"><b>Best Writing, Screenplay Written Directly for the Screen</b></span><br />
<span style="font-size: x-small;"><b>WINNER</b></span><br />
<span style="font-size: x-small;">Django Unchained (2012): Quentin Tarantino</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><b>Other Nominees:</b></span><br />
<span style="font-size: x-small;">Amour (2012): Michael Haneke</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Flight (2012/I): John Gatins</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Moonrise Kingdom (2012): Wes Anderson, Roman Coppola</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Zero Dark Thirty (2012): Mark Boal</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><b><br /></b></span>
<span style="font-size: x-small;"><b>Best Writing, Screenplay Based on Material Previously Produced or Published</b></span><br />
<span style="font-size: x-small;"><b>WINNER</b></span><br />
<span style="font-size: x-small;">Argo (2012): Chris Terrio</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><b>Other Nominees:</b></span><br />
<span style="font-size: x-small;">Beasts of the Southern Wild (2012): Lucy Alibar, Benh Zeitlin</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Life of Pi (2012): David Magee</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Lincoln (2012): Tony Kushner</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Silver Linings Playbook (2012): David O. Russell</span><br />
<br />
Para os demais prêmios, vale mencionar o prêmio de melhor fotografia para "As Aventuras de Pi", que provavelmente ganhou pelo originalidade e beleza estética do filme, até mesmo em seus exageros. No caso de melhor montagem, ganhou "Argo", provando duas teorias: que no Oscar a melhor montagem quase sempre coincide com o melhor filme; e que uma boa edição é fundamental para um filme de suspense. A montagem de "Argo" é realmente uma de suas maiores qualidades. E fica a dica para o cinema nacional: montagem e roteiro garantem um bom filme, e vamos combinar com os cineastas brasileiros, não vamos acumular todas as funções porque aí não é um filme autoral, mas um filme individual. E cinema é coletivo. <span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<br />
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<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicaJH9v1FRX_98sYjO3nXC1q98MtpHvBegz2GfWnPo7i8ZU1dokhD3QdVxWv-rzSLkuSWkbwx35mv2aEph4GVVBD7V-kOqfrgnNxVjQ097nhIgaTYRY43MMBdsEKi5XGERUhjryDioorkB/s1600/django.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicaJH9v1FRX_98sYjO3nXC1q98MtpHvBegz2GfWnPo7i8ZU1dokhD3QdVxWv-rzSLkuSWkbwx35mv2aEph4GVVBD7V-kOqfrgnNxVjQ097nhIgaTYRY43MMBdsEKi5XGERUhjryDioorkB/s320/django.jpg" width="218" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><b>Melhor Ator Coadjuvante</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">GANHADOR<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Christoph Waltz for Django Unchained (2012)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">OUTROS INDICADOS:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Alan Arkin for Argo (2012)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Robert De Niro for Silver Linings Playbook
(2012)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Philip Seymour Hoffman for The Master (2012)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Tommy Lee Jones for Lincoln (2012)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><b>Melhor Atriz Coadjuvante</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">GANHADOR<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Anne Hathaway for Les Misérables (2012)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">OUTROS INDICADOS:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Amy Adams for The Master (2012)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Sally Field for Lincoln (2012)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Helen Hunt for The Sessions (2012)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Jacki Weaver for Silver Linings Playbook (2012)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDiC7cTrUFXhIImhSO_MqNyD1MJVVLzyYEk6EndW-JGtVgosgMM7_KtcnI_uE02laYuQzLADLM12hJhVIA-sgfSiMIliGJINjrMWacLpegtHojjtYEvo6HU01GNnr73ntE_Cj0M6mwsQf1/s1600/valente-poster-nacional.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDiC7cTrUFXhIImhSO_MqNyD1MJVVLzyYEk6EndW-JGtVgosgMM7_KtcnI_uE02laYuQzLADLM12hJhVIA-sgfSiMIliGJINjrMWacLpegtHojjtYEvo6HU01GNnr73ntE_Cj0M6mwsQf1/s320/valente-poster-nacional.jpg" width="219" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><b>Melhor Animação</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">GANHADOR<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Brave (2012): Mark Andrews, Brenda Chapman<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">OUTROS INDICADOS:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Frankenweenie
(2012): Tim Burton<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">ParaNorman (2012): Sam Fell, Chris Butler<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">The
Pirates! Band of Misfits (2012): Peter Lord<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Wreck-It Ralph (2012): Rich Moore<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><b>Melhor Filme Estrangeiro</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">GANHADOR<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Amour (2012)(Austria)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">OUTROS INDICADOS:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">War Witch (2012)(Canada)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">No (2012/I)(Chile)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">A Royal Affair (2012)(Denmark)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Kon-Tiki (2012)(Norway)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfAWEpmv1Jg9W82LuboizqwliKfY6UhagJS9oFvL4gADyzkkY1j4dFiAsbn57Bs8TmUhlLlF_IO_asDIRNz6dwYl2n9xFvZu12FsbNZAZi4ig8a41WE0kIj6Um6h-WoBLDZvrPBAh9oj1u/s1600/amour_poster_01.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfAWEpmv1Jg9W82LuboizqwliKfY6UhagJS9oFvL4gADyzkkY1j4dFiAsbn57Bs8TmUhlLlF_IO_asDIRNz6dwYl2n9xFvZu12FsbNZAZi4ig8a41WE0kIj6Um6h-WoBLDZvrPBAh9oj1u/s320/amour_poster_01.jpg" width="217" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><b>Melhor Fotografia</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">GANHADOR<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Life of Pi (2012): Claudio Miranda<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">OUTROS INDICADOS:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Anna Karenina (2012/I): Seamus McGarvey<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Django Unchained (2012): Robert Richardson<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Lincoln (2012): Janusz Kaminski<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Skyfall (2012): Roger Deakins<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><b>Melhor Montagem</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">GANHADOR<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Argo (2012): William Goldenberg<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">OUTROS INDICADOS:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Life of Pi (2012): Tim Squyres<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Lincoln (2012): Michael Kahn<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Silver Linings Playbook (2012): Jay Cassidy,
Crispin Struthers<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Zero Dark Thirty (2012): William Goldenberg,
Dylan Tichenor<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihfzwMxg0A7_X4Qq1QkYwC-_yzT-PLIV9WIg4ki9X_Yhj3MGamAOce-haZiXQQAC6Jm4LEqS6vi9F-y3qXttm0zZ3OeC-BubJlni1K-9MRujxCvjXDoo5QprsagIvuD8NaXFrSoITrGb3J/s1600/lincoln.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihfzwMxg0A7_X4Qq1QkYwC-_yzT-PLIV9WIg4ki9X_Yhj3MGamAOce-haZiXQQAC6Jm4LEqS6vi9F-y3qXttm0zZ3OeC-BubJlni1K-9MRujxCvjXDoo5QprsagIvuD8NaXFrSoITrGb3J/s320/lincoln.jpg" width="217" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><b>Melhor Design de Produção (Direção de Arte)</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">GANHADOR<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Lincoln (2012): Rick Carter, Jim Erickson<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">OUTROS INDICADOS:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Anna Karenina (2012/I): Sarah Greenwood, Katie
Spencer<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">The Hobbit: An Unexpected Journey (2012): Dan
Hennah, Ra Vincent, Simon Bright<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Les Misérables (2012): Eve Stewart, Anna
Lynch-Robinson<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Life of Pi (2012): David Gropman, Anna Pinnock<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><b>Melhor Figurino</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">GANHADOR<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Anna Karenina (2012/I): Jacqueline Durran<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">OUTROS INDICADOS:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Les Misérables (2012): Paco Delgado<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Lincoln (2012): Joanna Johnston<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Mirror Mirror (2012/I): Eiko Ishioka<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Snow White and the Huntsman (2012): Colleen
Atwood<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhb5EVU2HGh1hQtWaPRX2_emcgsYgAh43wFiEeNrKnAhA1WV_l03Valzb14jlK8WmXMKClhKWWHTnFgmNjcMWe8fMftyPODoD7EODgE1Vq_dtONAI8sVTEOjki9wrhd6QdHP9uOCLxya0k1/s1600/Anna-Karenina-Poster.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhb5EVU2HGh1hQtWaPRX2_emcgsYgAh43wFiEeNrKnAhA1WV_l03Valzb14jlK8WmXMKClhKWWHTnFgmNjcMWe8fMftyPODoD7EODgE1Vq_dtONAI8sVTEOjki9wrhd6QdHP9uOCLxya0k1/s320/Anna-Karenina-Poster.jpg" width="216" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><b>Melhor Maquiagem e Cabelo</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">GANHADOR<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Les Misérables (2012): Lisa Westcott, Julie
Dartnell<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">OUTROS INDICADOS:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Hitchcock (2012): Howard Berger, Peter Montagna,
Martin Samuel<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">The Hobbit: An Unexpected Journey (2012): Peter
King, Rick Findlater, Tami Lane<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><b>Melhor Trilha Sonora Original</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">GANHADOR<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Life of Pi (2012): Mychael Danna<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">OUTROS INDICADOS:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Anna Karenina (2012/I): Dario Marianelli<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Argo (2012): Alexandre Desplat<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Lincoln (2012): John Williams<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Skyfall (2012): Thomas Newman<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuEoNA3SF0g-XR3FVPcWQN4v2eFDNynvx0FlhHCLdkVv_LmvNguAqAXw9gCjCkV8LVnaXbsfvmBaMjwTDZJyVmZjToEul9gxEagLxNPkz-A-69xp37z97ZRMIbNK_eo2RUZcmR4UjixfyY/s1600/Skyfall-cartaz-nacional.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuEoNA3SF0g-XR3FVPcWQN4v2eFDNynvx0FlhHCLdkVv_LmvNguAqAXw9gCjCkV8LVnaXbsfvmBaMjwTDZJyVmZjToEul9gxEagLxNPkz-A-69xp37z97ZRMIbNK_eo2RUZcmR4UjixfyY/s320/Skyfall-cartaz-nacional.jpg" width="218" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><b>Melhor Canção Original</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">GANHADOR<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Skyfall (2012): Adele, Paul
Epworth("Skyfall")<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">OUTROS INDICADOS:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Chasing Ice (2012): J. Ralph("Before My
Time")<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Les Misérables (2012): Alain Boublil,
Claude-Michel Schönberg, Herbert Kretzmer("Suddenly")<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Life of Pi (2012): Mychael Danna, Bombay
Jayshree("Pi's Lullaby")<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Ted (2012): Walter Murphy, Seth
MacFarlane("Everybody Needs a Best Friend")<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><b>Melhor Mixagem de Som</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">GANHADOR<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Les Misérables (2012): Andy Nelson, Mark
Paterson, Simon Hayes<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">OUTROS INDICADOS:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Argo (2012): John T. Reitz, Gregg Rudloff, José
Antonio García<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSFQLWqemsgCABDHdkjJBhnRmWpSOKO2fUQTKikE752UnvcI0ZhnDLDia_tPnN36-sTsjMpsWVhZ1iAhGTIdyF6eRpBKTEHR3h8FcvoXPWD1wE43ltyhcDQIn7qbLE_mpnHqvJGtlPPP8Y/s1600/os-miseraveis-cartaz-portugues.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSFQLWqemsgCABDHdkjJBhnRmWpSOKO2fUQTKikE752UnvcI0ZhnDLDia_tPnN36-sTsjMpsWVhZ1iAhGTIdyF6eRpBKTEHR3h8FcvoXPWD1wE43ltyhcDQIn7qbLE_mpnHqvJGtlPPP8Y/s320/os-miseraveis-cartaz-portugues.jpg" width="219" /></a><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Life of Pi (2012): Ron Bartlett, Doug Hemphill,
Drew Kunin<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Lincoln (2012): Andy Nelson, Gary Rydstrom, Ron
Judkins<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Skyfall (2012): Scott Millan, Greg P. Russell,
Stuart Wilson<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><b>Melhor Edição de Som</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">GANHADOR<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Skyfall (2012): Per Hallberg, Karen M. Baker<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Zero Dark Thirty (2012): Paul N.J. Ottosson<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">OUTROS INDICADOS:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Argo (2012): Erik Aadahl, Ethan Van der Ryn<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Django Unchained (2012): Wylie Stateman<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Life of Pi (2012): Eugene Gearty, Philip
Stockton<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><b>Melhores Efeitos Visuais</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">GANHADOR<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Life of Pi (2012): Bill Westenhofer, Guillaume
Rocheron, Erik De Boer, Donald Elliott<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">OUTROS INDICADOS:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">The Avengers (2012): Janek Sirrs, Jeff White,
Guy Williams, Daniel Sudick<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4qp7n2bTulsq_GaKjxZkK9XtjhtJC_qgad5kWwBgUbIF5iMCHmGB9QdTJgKN5S92c9izBfPML-C8ZQl5Pg70620eKf3_aFlqueYYGZyiUNE3_b4hTHBAYBTjO5EJM1n8pE_82_zc2nFqt/s1600/lifeofpi.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4qp7n2bTulsq_GaKjxZkK9XtjhtJC_qgad5kWwBgUbIF5iMCHmGB9QdTJgKN5S92c9izBfPML-C8ZQl5Pg70620eKf3_aFlqueYYGZyiUNE3_b4hTHBAYBTjO5EJM1n8pE_82_zc2nFqt/s320/lifeofpi.jpg" width="217" /></a><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">The Hobbit: An Unexpected Journey (2012): Joe
Letteri, Eric Saindon, David Clayton, R. Christopher White<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Prometheus (2012/I): Richard Stammers, Trevor
Wood, Charley Henley, Martin Hill<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Snow White and the Huntsman (2012): Cedric
Nicolas-Troyan, Phil Brennan, Neil Corbould, Michael Dawson<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><b>Melhor Longa Documentário</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">GANHADOR<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Searching for Sugar Man (2012): Malik
Bendjelloul, Simon Chinn<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">OUTROS INDICADOS:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">5 Broken Cameras (2011): Emad Burnat, Guy Davidi<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">The Gatekeepers (2012): Dror Moreh, Philippa Kowarsky,
Estelle Fialon<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">How to Survive a Plague (2012): David France,
Howard Gertler<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">The Invisible War (2012): Kirby Dick, Amy
Ziering<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXDiO8-lHhhIaRtse4blEMKS03dyvMzb1XKLNlvy3u4lWKRoUWX3hoiv0CD6cnK0HAN3lzeB1oAkpbQkhjt23AY4wIrKKxCxwDpG9f10obYvkVTSfJtpgmM2TCa585jJMJzK69yI7oJG1M/s1600/searching-for-sugar-man-poster.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXDiO8-lHhhIaRtse4blEMKS03dyvMzb1XKLNlvy3u4lWKRoUWX3hoiv0CD6cnK0HAN3lzeB1oAkpbQkhjt23AY4wIrKKxCxwDpG9f10obYvkVTSfJtpgmM2TCa585jJMJzK69yI7oJG1M/s320/searching-for-sugar-man-poster.jpg" width="215" /></a><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><b>Melhor Curta Documentário</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">GANHADOR<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Inocente (2012): Sean Fine, Andrea Nix<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">OUTROS INDICADOS:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Kings Point (2012): Sari Gilman, Jedd Wider<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Mondays at Racine (2012): Cynthia Wade, Robin
Honan<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Open Heart (2013): Kief Davidson, Cori Shepherd
Stern<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Redemption (2012/V): Jon Alpert, Matthew O'Neill<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><b>Melhor Curta de Animação</b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">GANHADOR<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Paperman (2012): John Kahrs<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">OUTROS INDICADOS:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Adam and Dog (2011): Minkyu Lee<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Fresh Guacamole (2012): PES<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Head Over Heels (2012): Timothy Reckart, Fodhla
Cronin O'Reilly<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">The Simpsons: The Longest Daycare (2012): David
Silverman<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEja9ynuW_j5qwdn26g0pnyLx0hxcxS1yqVtayyRpDIbM68aiGnlNRgBIemjYD9oVOgD6STE7CHTGk97UtigQER8AFRoFlX5uS8jovDq4f4qfdzezlsDsulP7VEA6vvwVTxyPlfYgTa4oQEc/s1600/Argo_-_Poster_nacional.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEja9ynuW_j5qwdn26g0pnyLx0hxcxS1yqVtayyRpDIbM68aiGnlNRgBIemjYD9oVOgD6STE7CHTGk97UtigQER8AFRoFlX5uS8jovDq4f4qfdzezlsDsulP7VEA6vvwVTxyPlfYgTa4oQEc/s320/Argo_-_Poster_nacional.jpg" width="218" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><b>Melhor Curta Metragem</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">GANHADOR<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Curfew (2012/I): Shawn Christensen<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">OUTROS INDICADOS:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Asad (2012): Bryan Buckley, Mino Jarjoura<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Buzkashi Boys (2012): Sam French, Ariel Nasr<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Death of a Shadow (2012): Tom Van Avermaet,
Ellen De Waele<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Henry (2011/III): Yan England<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Fonte:
IMDb</span></i><span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></i></div>
<!--EndFragment--><br />
<br />
<br /></div>
Fabio Pastorellohttp://www.blogger.com/profile/05936247608686166033noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7967332023794951180.post-54165206898269856222013-02-23T13:29:00.000-03:002013-02-23T13:30:20.948-03:00Os Miseráveis<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSFQLWqemsgCABDHdkjJBhnRmWpSOKO2fUQTKikE752UnvcI0ZhnDLDia_tPnN36-sTsjMpsWVhZ1iAhGTIdyF6eRpBKTEHR3h8FcvoXPWD1wE43ltyhcDQIn7qbLE_mpnHqvJGtlPPP8Y/s1600/os-miseraveis-cartaz-portugues.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSFQLWqemsgCABDHdkjJBhnRmWpSOKO2fUQTKikE752UnvcI0ZhnDLDia_tPnN36-sTsjMpsWVhZ1iAhGTIdyF6eRpBKTEHR3h8FcvoXPWD1wE43ltyhcDQIn7qbLE_mpnHqvJGtlPPP8Y/s320/os-miseraveis-cartaz-portugues.jpg" width="219" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cartaz do filme "Os Miseráveis"</td></tr>
</tbody></table>
<b><span style="color: #e69138; font-size: large;">Realidade e invenção estão interligadas no musical "Os Miseráveis"</span></b><br />
<i><span style="color: #e69138;">Filme ganhador do Globo de Ouro de melhor musical/comédia é um emocionante filme de excessos</span></i><br />
<br />
<br />
O cinema é uma arte que tem a possibilidade de reunir todas as outras. Ali estão unidas a fotografia, a música, a literatura, o teatro, a dança, a pintura, a moda, a cenografia, a tecnologia como expressão artística (através dos efeitos visuais, que também são um pouco de mágica, taí o nosso querido George Meliès que não nos deixa mentir), etc. Quanto mais artes a obra cinematográfica consegue reunir e harmonizar, maior o encanto que ela provoca em mim. No caso, "menos é mais" não é o meu lema predileto. Para confirmar essa tese, basta dizer que o excessivo, mas genial, "Moulin Rouge - Amor em Vermelho" de Baz Luhrmann, é um dos meus filmes prediletos de todos os tempos.<br />
<br />
Por isso, fica fácil de entender porque algumas pessoas gostam tanto, e outras não, do musical "Os Miseráveis", adaptação de um musical da Broadway e de um livro de Victor Hugo. Tudo depende de como o público prefere essa mistura de influências ou as obras mais minimalistas. O cinema de hoje em dia tem espaço para tudo isso, e depois de assistir filmes sem nenhuma trilha sonora (como era a proposta da turma do Dogma 95 de Lars Von Trier), talvez cause estranhamento ver agora um filme absolutamente todo cantado, como é o caso de "Os Miseráveis".<br />
<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmlqd6M_tWVOBZXR4M8vdv9OfHFh0uxvUTPKMHWvOD6yUGRrilU-8T5uoUKwYoTlXScA0c-MfbabFz9wNkwMj7HPJfdHfbIYP3gBEFPKYXcl3pODGNI3LeO9EZfhARkfm_R2xV09a2f7F1/s1600/les-miserables-2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmlqd6M_tWVOBZXR4M8vdv9OfHFh0uxvUTPKMHWvOD6yUGRrilU-8T5uoUKwYoTlXScA0c-MfbabFz9wNkwMj7HPJfdHfbIYP3gBEFPKYXcl3pODGNI3LeO9EZfhARkfm_R2xV09a2f7F1/s320/les-miserables-2.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tom Hooper dirigindo uma cena do filme</td></tr>
</tbody></table>
Mas de todas as artes, talvez a ópera seja a que "Os Miseráveis" se aproxima mais. Por isso mesmo, o fato de ser todo cantado, o registro trágico e os movimentos e lentes de câmera sempre diferentes, como aliás o diretor Tom Hooper já havia adotado no ganhador do Oscar em 2011 "O Discurso do Rei". Apesar da direção de arte realista, que reconstrói uma França decadente, suja e miserável, que contribui para a noção de revolução que o filme irá contar posteriormente, todos os demais registros são bem distantes de realismo. Essa mistura de realidade e fantasia, é a própria essência do cinema, e nessa história que mantém doses semelhantes de realismo e de invenção, nada mais apropriado do que mesclar esses dois extremos.<br />
<br />
O filme conta a história de Jean Valjean (Hugh Jackman, indicado ao Oscar de melhor ator, excelente), um homem que cumpre sentença pelo roubo de um pão e uma vez livre e tendo reconstruído sua vida até virar prefeito, continua perseguido por um policial (Russel Crowe, péssimo cantor). Enquanto é perseguido, ele tenta criar uma menina, filha de Fantine (Anne Hathaway), uma ex-empregada de Valjean que torna-se prostituta e vive na miséria.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmhG_BocAq0X35uHbSsFYOy9M9zHJzkU1vkcozNSHUOGJJ8OYNMXxqxR8lUedMIlOuVBbIYcQB3wDiOxJjcjbXSiN0A8aiyzu1gSgv5FfRaYOqvhK1Y4LQbCzN22-he_dLd0f1idK2WZvI/s1600/les-miserables-4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="344" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmhG_BocAq0X35uHbSsFYOy9M9zHJzkU1vkcozNSHUOGJJ8OYNMXxqxR8lUedMIlOuVBbIYcQB3wDiOxJjcjbXSiN0A8aiyzu1gSgv5FfRaYOqvhK1Y4LQbCzN22-he_dLd0f1idK2WZvI/s640/les-miserables-4.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Anne Hathaway em cena de "Os Miseráveis", na performance da famosa "I Dreamed a Dream", filmagem levou 8 horas<br />
e a atriz emagreceu mais de 10 quilos para o papel, típico esforço que a Academia gosta de reconhecer</td></tr>
</tbody></table>
<br />
A primeira metade de "Os Miseráveis" é impecável, com cenas grandiosas e emocionantes, como a primeira cena em que Jackson e outros presos puxam um barco, alternando com cenas intimistas, na já clássica cena de Anne cantando "I Dreamed a Dream", canção mais famosa do musical, que somente por essa cena deve lhe render o Oscar de melhor atriz coadjuvante. A cena, embora aparentemente simples, levou 8 horas para ser gravada, de forma que Anne conseguisse atingir toda a emoção necessária.<br />
<br />
Nessa alternância constante de realidade e fantasia, enquanto em alguns momentos Hooper opta por cenas grandiloquentes, em outros opta pelo registro da câmera próxima aos atores, como é o caso de Anne em "I Dreamed a Dream" ou de Samantha Barks em "On My Own", opção que dá mais força às músicas e suas interpretações. Seja qual registro Hooper escolha para cada situação, a emoção é garantida. Uma curiosidade é que Anne Hathaway já havia sido escalada para um musical famoso anteriormente, no caso para o papel principal de "O Fantasma da Ópera", mas teve que recusar por força de contrato com a Disney por causa de "O Diário de uma Princesa". Uma pena.<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/wwgQjfg0hZw?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
<br />
Outra curiosidade interessante é que todas as canções foram gravadas ao vivo, ou seja, com som direto. Dessa forma, enquanto o filme era filmado, as canções eram registradas simultaneamente, o que garante maior espontaneidade para as performances. O resultado nem sempre soa tão perfeito como uma gravação em estúdio, mas vale pela inovação e coragem dentro do gênero musical.<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW_FQCN32WqsvK6LaLb5gudpDhQ6fIG1t1-D8Z_904hZEhF3if6Lhr2TRxkbU2VpsebZv-TLKrHlOvUkBVfuRrCt_WdEH9Q8QTjyKHEQtl9gi_ADKYdxBdpNz6ikrC6FRpXy89vNm2Oqzb/s1600/les-miserables-3.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW_FQCN32WqsvK6LaLb5gudpDhQ6fIG1t1-D8Z_904hZEhF3if6Lhr2TRxkbU2VpsebZv-TLKrHlOvUkBVfuRrCt_WdEH9Q8QTjyKHEQtl9gi_ADKYdxBdpNz6ikrC6FRpXy89vNm2Oqzb/s400/les-miserables-3.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Hugh Jackman, transformado na primeira metade de "Os Miseráveis",<br />
em papel que lhe valeu sua primeira indicação ao Oscar</td></tr>
</tbody></table>
O filme foi indicado para 8 Oscar, entre eles melhor filme, e ganhou os Globos de Ouro de melhor filme em musical/ comédia (no Globo de Ouro existe essa salutar diferença, já que na maior parte das vezes os musicais ou comédias são preteridos em relação aos dramas), melhor ator em musical ou comédia (Hugh Jackman) e melhor atriz coadjuvante (Anne Hathaway).<br />
<br />
É certo que "Os Miseráveis" provoca divisão de opiniões justamente por conta de suas escolhas, seja pelo excesso de cantoria, pela longa duração (isso porque o filme ainda foi cortado, mesmo assim ainda há alguns momentos um pouco cansativos lá pelo meio da projeção), pelo estilo de direção de Hooper ou por essa mistura de realidade e invenção que pode soar indigesta para alguns. No meu caso, o filme me conquistou plenamente, com diversos momentos de emoção e arrepios, e entra na minha lista de um dos melhores filmes do ano.<br />
<br />
Cotação do Janela Indiscreta: * * * * 1/2<br />
<br />
<br />
<br />
<br /></div>
Fabio Pastorellohttp://www.blogger.com/profile/05936247608686166033noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7967332023794951180.post-90348016414718346012013-02-10T00:40:00.002-02:002013-02-10T00:41:37.259-02:00Filmes do Oscar - Jan-Fev 2013<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
Um apanhado de alguns dos filmes indicados ao Oscar.<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4qp7n2bTulsq_GaKjxZkK9XtjhtJC_qgad5kWwBgUbIF5iMCHmGB9QdTJgKN5S92c9izBfPML-C8ZQl5Pg70620eKf3_aFlqueYYGZyiUNE3_b4hTHBAYBTjO5EJM1n8pE_82_zc2nFqt/s1600/lifeofpi.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4qp7n2bTulsq_GaKjxZkK9XtjhtJC_qgad5kWwBgUbIF5iMCHmGB9QdTJgKN5S92c9izBfPML-C8ZQl5Pg70620eKf3_aFlqueYYGZyiUNE3_b4hTHBAYBTjO5EJM1n8pE_82_zc2nFqt/s320/lifeofpi.jpg" width="217" /></a></div>
Em <span style="font-size: large;"><b>"As Aventuras de Pi"</b></span>, filme indicado para 11 Oscar, entre eles melhor filme, Ang Lee ("O Segredo de Brokeback Mountain") conta a história de um jovem náufrago que tem que lutar pela sobrevivência em um bote salva-vidas, acompanhado de um tigre. A história apela para a fantasia e para a simbologia, e é um exercício interessante (e raro no cinema de hoje em dia) tentar desvendar algumas das metáforas do filme. Algumas delas são reveladas no próprio final do filme, de modo um tanto didático e preguiçoso. Mas de resto, o filme é interessante e possui um ótimo desfecho, que certamente gera discussões. Pena que o resto do filme não é tão forte como o desfecho, e a produção possui vários pontos frágeis, em que a narrativa torna-se cansativa (o filme demora bastante tempo para começar, ou seja, para afinal chegar no naufrágio), e encontra força graças aos efeitos visuais, fotografia e trilha sonora (todos indicados ao Oscar), bastante sofisticados.<br />
<br />
Cotação: * * * *<br />
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyCjwbtWENrBX8ShYeomWHzUIEGsM65j8mZey1jzmG6JkJs0TLLhUgxb8UFU6laj4XNtYMnhZ2gZuh4XxNsH19Asp07IBrtYlBZUfTaQOyVg6AGXObqleyUhvoC0_tcEReJLBm2W9VI5Ka/s1600/master_ver6_xlg.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyCjwbtWENrBX8ShYeomWHzUIEGsM65j8mZey1jzmG6JkJs0TLLhUgxb8UFU6laj4XNtYMnhZ2gZuh4XxNsH19Asp07IBrtYlBZUfTaQOyVg6AGXObqleyUhvoC0_tcEReJLBm2W9VI5Ka/s320/master_ver6_xlg.jpg" width="223" /></a></div>
Paul Thomas Anderson é o diretor responsável por filmes ótimos como "Boogie Nights" e "Magnólia", mas sinceramente achei o badalado "Sangue Negro" um filme bastante chato. Em <span style="font-size: large;"><b>"O Mestre"</b></span>, indicado para 3 Oscar, nota-se novamente um diretor excelente, mas em um roteiro que poderia ser muito melhor. O tema é interessantíssimo: como as pessoas precisam de líderes e gostam de se sentir incluídas em grupos. Aqui, a história gira em torno do perturbado Freddie (Joaquin Phoenix, em interpretação impressionante), que passa a seguir o escritor Lancaster Dodd (Phillip Seymour Hoffman, sempre ótimo), que possui estranhas crenças e rituais, envolvendo até viagem no tempo. Há uma polêmica em relação às semelhanças de Dodd ao líder da Cientologia, religião seguida por Tom Cruise e outros famosos nos EUA, inclusive dizem que Cruise intercedeu junto a Anderson (com quem trabalhou em "Magnólia") para que as semelhanças fossem reduzidas. O roteiro se perde algumas vezes, mas o filme segue forte graças à força de seu elenco, que conta também com Amy Adams ("Dúvida").<br />
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Cotação: * * * *<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfAWEpmv1Jg9W82LuboizqwliKfY6UhagJS9oFvL4gADyzkkY1j4dFiAsbn57Bs8TmUhlLlF_IO_asDIRNz6dwYl2n9xFvZu12FsbNZAZi4ig8a41WE0kIj6Um6h-WoBLDZvrPBAh9oj1u/s1600/amour_poster_01.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; display: inline !important; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfAWEpmv1Jg9W82LuboizqwliKfY6UhagJS9oFvL4gADyzkkY1j4dFiAsbn57Bs8TmUhlLlF_IO_asDIRNz6dwYl2n9xFvZu12FsbNZAZi4ig8a41WE0kIj6Um6h-WoBLDZvrPBAh9oj1u/s320/amour_poster_01.jpg" width="217" /></a></div>
Indicado ao Oscar de melhor filme e melhor filme estrangeiro, e ganhador da Palma de Ouro em Cannes, entre outros prêmios, <b><span style="font-size: large;">"Amor" </span></b>é um filme triste e contundente. A produção dirigida por Michael Haneke, também indicado ao Oscar, conta a história da decadência física e psicológica de uma mulher, até encontrar a morte. A morte da protagonista, interpretada por Emmanuelle Riva (indicada ao Oscar, do clássico "Hiroshima, Mon Amour"), não é um spoiler, já que acontece logo no início do filme, quando seu corpo é encontrado apodrecido no interior de seu apartamento. Embora pareça um filme isento, através da ausência de trilha sonora, ou da câmera quase sempre fixa, ou dos planos demorados em cenas corriqueiras, "Amor" não nega sua verdadeira intenção: a de nos fazer sentir miseráveis. E de fato, através principalmente de seu roteiro, consegue. De qualquer forma, é impossível não se emocionar, e o amor dos protagonistas, quase incondicional, funciona como um alívio para o pesado drama.<br />
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Cotação: * * * 1/2<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjqpe4Hgspox3wQR4VkjynLzCCKqHIX0w0UdI4CWhrenOPeKhieUt4KwhE5dv42ydkS84rEUw_8tfPyrZfT1j1FxqwWkKpWKIsZifN1V5jixptRGJ1n2FGx-iFa6m89DEbaLielnnaGGA_/s1600/lado-bom-vida.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjqpe4Hgspox3wQR4VkjynLzCCKqHIX0w0UdI4CWhrenOPeKhieUt4KwhE5dv42ydkS84rEUw_8tfPyrZfT1j1FxqwWkKpWKIsZifN1V5jixptRGJ1n2FGx-iFa6m89DEbaLielnnaGGA_/s320/lado-bom-vida.jpg" width="218" /></a></div>
O melhor ao assistir <b><span style="font-size: large;">"O Lado Bom da Vida"</span></b>, de David O. Russell ("O Vencedor"), é não criar expectativas, por causa de suas indicações ao Oscar. Trata-se de uma comédia romântica com ótimos personagens, elenco excelente e um roteiro inteligente, mas ainda assim é uma comédia romântica. Lógico, muita gente ainda acha a comédia um gênero menor do que o drama, por isso estranham quando um filme que diverte possa ser indicado para algum prêmio. O próprio Oscar pensa assim, por isso foi legal o filme ter sido indicado para todos os prêmios principais, desde melhor filme, até roteiro e todo o elenco principal. Bradley Cooper está excelente como o protagonista bipolar, e Jennifer Lawrence, favorita ao Oscar, tem um ótimo personagem e não desperdiça. A história é sobre um rapaz (Cooper) que acaba de sair uma clínica psiquiátrica, após se tratar de um trauma com a traição da esposa. Em sua recuperação, ele conhece uma garota também louquinha (Jennifer) e os dois entram num concurso de dança. O final é bem previsível, mas a boa composição de personagens e as interpretações garantem uma comédia romântica acima da média.<br />
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Cotação: * * * *<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhuc1-teZMaw_j9Hyh6SKpam09PvcJ9J6MtguzgUsnEGOX9DcLO7ihEPVQWiIPfZ0WcmQA1Ftyk6Md52fy2yRNMKQZxCjsFFx0FCJogD_6b3hIhbGzMjuereGdATODI5SPSFx4y0pqAHbc/s1600/o-voo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhuc1-teZMaw_j9Hyh6SKpam09PvcJ9J6MtguzgUsnEGOX9DcLO7ihEPVQWiIPfZ0WcmQA1Ftyk6Md52fy2yRNMKQZxCjsFFx0FCJogD_6b3hIhbGzMjuereGdATODI5SPSFx4y0pqAHbc/s320/o-voo.jpg" width="216" /></a></div>
Indicado ao Oscar de melhor ator, Denzel Washington é a melhor razão para assistir <span style="font-size: large;"><b>"O Vôo"</b></span>, de Robert Zemeckis ("Náufrago" e "De Volta para o Futuro", para citar dois filmes do diretor em duas fases completamente diferentes). Além da interpretação de Denzel, que compõe um complexo personagem envolvido com alcoolismo, o filme também conta com uma impressionante e angustiante cena de avião (aliás, como Zemeckis já fizera bem em "Náufrago"). No mais, o filme caminha em passos lentos e não muito animadores, mas até que consegue passar bem o drama do alcoolismo de seu personagem. Confesso, porém, que minha análise do filme ficou bastante prejudicada pela sala onde eu vi o filme, no Shopping Higienópolis: o som estava péssimo e o público ora tossia, ora espirrava, ora caminhava pela sala, ora conversava e, finalmente mas não felizmente, ora roncava. Impossível se concentrar no filme com tantos ruídos.<br />
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Cotação: * * *<br />
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Fabio Pastorellohttp://www.blogger.com/profile/05936247608686166033noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7967332023794951180.post-73690736429336234592013-02-04T00:26:00.001-02:002013-02-04T00:26:46.896-02:00Django Livre<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicaJH9v1FRX_98sYjO3nXC1q98MtpHvBegz2GfWnPo7i8ZU1dokhD3QdVxWv-rzSLkuSWkbwx35mv2aEph4GVVBD7V-kOqfrgnNxVjQ097nhIgaTYRY43MMBdsEKi5XGERUhjryDioorkB/s1600/django.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicaJH9v1FRX_98sYjO3nXC1q98MtpHvBegz2GfWnPo7i8ZU1dokhD3QdVxWv-rzSLkuSWkbwx35mv2aEph4GVVBD7V-kOqfrgnNxVjQ097nhIgaTYRY43MMBdsEKi5XGERUhjryDioorkB/s320/django.jpg" width="218" /></a></div>
<b><span style="color: #e69138; font-size: large;">Depois de explodir os nazistas, Tarantino parte agora em vingança a favor dos negros</span></b><br />
<i><span style="color: #e69138;">Novo filme de Quentin Tarantino é quase um desabafo contra os atos de racismo nos Estados Unidos</span></i><br />
<i><span style="color: #e69138;"><b>por Fábio Pastorello</b></span></i><br />
<i><br /></i>
Quentin Tarantino mudou a história do cinema com "Pulp Fiction", em 1994. Nesse filme, ele fortaleceu (não vamos dizer criou, porque não eram de fato inovações) diversos tipos de narrativa no cinema, como as histórias com múltiplos plots (ou seja, a trama se divide em diversos personagens, também famosas nos filmes de Robert Altman), roteiros fora de ordem cronológica ou os longos diálogos que normalmente seriam encurtados pelos professores de roteiro. Depois de "Pulp Fiction", os filmes de Tarantino praticamente criaram um gênero no cinema. Felizmente, ele conseguiu se reinventar e manter a qualidade nos filmes posteriores, como em "Jackie Brown", na série "Kill Bill" ou no último "Bastardos Inglórios". Propondo um misto de inovação com homenagem a filmes antigos, Tarantino segue sua trajetória com "Django Livre" (Django Unchained, 2012).<br />
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<a name='more'></a><br /><br />
Nessa produção, o gênero homenageado da vez é o western, em referência explícita (através de seu título) a um outro filme chamado "Django". O filme de 1966 é estrelado por Franco Nero, que faz uma ponta em "Django Livre". As referências não param por aí, lógico, os zooms acelerados de câmera, a trilha sonora e os duelos armados completam o cenário. Quando vi o trailer, não fiquei muito animado, pois western não é um dos meus gêneros prediletos, mas outros elementos típicos de Tarantino recuperaram meu entusiasmo: uma história de vingança (como em "Kill Bill" e "Bastardos Inglórios", por exemplo) e o pano de fundo da escravidão pareciam garantir mais um Tarantino excelente a caminho.<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIpdDuq-1e96yMCFfb_GX2roMI6zikuEYMwzbaYKRPNr62kaOZmbxGlLIA-Tw9TlQrMgakDxh78s611wY4CAkwZ5YLMHiJSYOz02vUMy9PC699fjWK0Cvw517jGhs8B4sS0-aPB9iVA61I/s1600/djangounchained_01.png" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIpdDuq-1e96yMCFfb_GX2roMI6zikuEYMwzbaYKRPNr62kaOZmbxGlLIA-Tw9TlQrMgakDxh78s611wY4CAkwZ5YLMHiJSYOz02vUMy9PC699fjWK0Cvw517jGhs8B4sS0-aPB9iVA61I/s320/djangounchained_01.png" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Christoph Waltz e Jamie Foxx, parceiros em "Django Livre"</td></tr>
</tbody></table>
E note, por exemplo, que em "Bastardos Inglórios" ele se virou contra os nazistas e reinventou a História, para que sua vingança pudesse ser concluída. Aqui, a vingança é contra os racistas sulistas norte-americanos. E para que sua vingança seja saborosa também para o público, Tarantino abusa de elementos, como o criticado (por Spike Lee) excessivo uso da palavra <i>nigger </i>(que é considerava ofensiva para os americanos) e cenas de violência explícita, como a já clássica cena em que um negro é devorado por cães. Ele até ridiculariza a Klu Klux Klan, com uma divertida e patética cena de um ataque racista. Tudo para que nosso desprezo pelos racistas, seja transformado em ódio e o desejo de vingança seja compartilhado pelo público.<br />
<br />
Portanto, temos o Tarantino de sempre, ora violento, ora divertido, com excelente uso da trilha sonora, elenco impecável e divertidas referências cinematográficas, mas principalmente, como sempre genial. E olha que aqui ele num usa os múltiplos plots, mantendo toda a história centrada em dois personagens: no Django do papel título (Jamie Foxx, em papel originalmente escalado para Will Smith, que convenhamos ficaria ainda melhor para o papel), um homem negro que busca a mulher também negra que foi vendida como escrava; e no caçador de recompensas Dr. King Schultz (Christoph Waltz, ganhador do Oscar de coadjuvante por Bastardos e novamente indicado aqui) que se torna seu parceiro.<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUeS9iDODSZBhw4egNTWmOpr9QShC37zurvHnAp-jpuv69ReUT2vjrIuX2KqKkpyOkDPp6zyhktdDPRQWpHDGs1dkWXyvUAP53ygWPwQ9DxsPcaPWTZ11XfbrVfrfxVDTrO9Xhfq8FwYlT/s1600/djangounchained_02.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="182" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUeS9iDODSZBhw4egNTWmOpr9QShC37zurvHnAp-jpuv69ReUT2vjrIuX2KqKkpyOkDPp6zyhktdDPRQWpHDGs1dkWXyvUAP53ygWPwQ9DxsPcaPWTZ11XfbrVfrfxVDTrO9Xhfq8FwYlT/s320/djangounchained_02.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Leonardo DiCaprio em ótima interpretação</td></tr>
</tbody></table>
Waltz domina a primeira metade do filme, com um personagem altamente carismático, em interpretação novamente excelente. Depois, com a entrada de Leonardo DiCaprio como o dono da esposa de Django, o filme se divide entre Foxx e DiCaprio. Uma cena em particular chama a atenção, quando DiCaprio bate a mão com força sobre a mesa e acaba se ferindo de verdade. A cena foi mantida no filme, com DiCaprio atuando com a mão sangrando. E no final, quem assume o embate com Foxx (que segue uma jornada de vingança quase típica de um super-herói) é Samuel L. Jackson, no melhor personagem (e melhor interpretação) do filme. O empregado Stephen, embora negro, torna-se uma das figuras mais odiadas da trama.<br />
<br />
Indicado para cinco Oscar, entre eles melhor filme, "Django Livre" parece ser barbada apenas para o prêmio de melhor roteiro. Assim como Pedro Almodóvar e Woody Allen, Tarantino escreve os melhores roteiros da atualidade (casualmente, ou não, os três também podem ser considerados os melhores cineastas da atualidade). E se em Bastardos, Tarantino propôs uma vingança dos judeus (contra os nazistas), em Kill Bill uma vingança das mulheres e em Django uma vingança dos negros, quem sabe Tarantino não continue sua saga contra o preconceito com um filme contra os homofóbicos de plantão. Se ele não o fizer, que Almodóvar o faça então.<br />
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Cotação: * * * * *<br />
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Fabio Pastorellohttp://www.blogger.com/profile/05936247608686166033noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7967332023794951180.post-77862819487562692872013-01-27T01:01:00.002-02:002013-02-08T22:57:46.256-02:00Hitchcock em 2 filmes<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFNNYU9ECQtHnLc_PwCqY5RFitTu0TUaEVW1i_uNkycHOL-W2WgnvN3WIzoEsXium7FaqTrGjSo0tJa0qPg3-oP-n_DKBiXJ1qr43OclhN7LFnEHViTMWOe2g5so_jaZ_trkoTXgJzgpvk/s1600/hitchcock-4.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="302" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFNNYU9ECQtHnLc_PwCqY5RFitTu0TUaEVW1i_uNkycHOL-W2WgnvN3WIzoEsXium7FaqTrGjSo0tJa0qPg3-oP-n_DKBiXJ1qr43OclhN7LFnEHViTMWOe2g5so_jaZ_trkoTXgJzgpvk/s320/hitchcock-4.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Anthony Hopkins como Alfred Hitchcock</td></tr>
</tbody></table>
<b><span style="color: #e69138; font-size: large;">Dois filmes sobre Alfred Hitchcock investigam sua personalidade controversa</span></b><br />
<span style="color: #e69138;"><i>"Hitchcock" e "The Girl" guardam algumas semelhanças e algumas diferenças sobre o mestre do suspense, um dos melhores diretores de todos os tempos </i></span><br />
<span style="color: #e69138;"><i><b>por Fábio Pastorello</b></i></span><br />
<span style="color: #e69138;"><i><br /></i></span>
Vez por outra o cinema tem essas coincidências: dois ou três filmes são lançados no mesmo ano, sobre o mesmo tema. Fico feliz que chegou a vez de Alfred Hitchcock, o diretor inglês também conhecido como mestre do suspense, realizador de clássicos como "Um Corpo que Cai" e "Janela Indiscreta" e que nunca ganhou um Oscar em toda a sua carreira. Ainda que esses dois filmes recentes não sejam sobre toda a carreira do diretor, mas sobre momentos específicos de sua trajetória, trazem muito de quem era o diretor, ou das polêmicas que envolviam sua personalidade.<br />
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<a name='more'></a><br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh2e7dy9JBbzq0xtB9d2s95CCBC6BP7Ul9YnCOOOtbhxp4A5VEfr9kLgUhyphenhyphenqjAHh-5-S1MVzdSQwtozacoxBAJKG2Xuj8vVNDeE4gOnblFyw-88rkzQFz16qVo-6tpy-V38CvRGib3q26P/s1600/hitchcock-3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh2e7dy9JBbzq0xtB9d2s95CCBC6BP7Ul9YnCOOOtbhxp4A5VEfr9kLgUhyphenhyphenqjAHh-5-S1MVzdSQwtozacoxBAJKG2Xuj8vVNDeE4gOnblFyw-88rkzQFz16qVo-6tpy-V38CvRGib3q26P/s320/hitchcock-3.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Helen Mirren interpreta Alma Reville, sua esposa e<br />
grande colaboradora em sua carreira</td></tr>
</tbody></table>
"Hitchcock" (Hitchcock, 2012) é dirigido pelo estreante Sacha Gervasi (roteirista do filme "O Terminal", com Tom Hanks) e tem como intérprete do mestre do suspense nada menos do que Anthony Hopkins ("O Silêncio dos Inocentes"). A expectativa quanto à interpretação de Hopkins era grande, e me surpreende que ele não tenha tido indicações aos prêmios como teve Helen Mirren ("A Rainha"), que interpreta sua mulher Alma Reville. Debaixo de muita maquiagem (essa sim indicada ao Oscar), Hopkins apresenta um trabalho de pequenas nuances de interpretação, mas que traz grande densidade e profundidade ao "personagem". Mirren, como a ofuscada esposa de Hitch (como ele gostava de ser chamado: "You may call me Hitch. Hold the Cock", é uma das divertidas frases do filme), traz uma boa interpretação, como de costume, mas nada fora do normal.<br />
<br />
O filme, roteirizado por John J. McLaughin (também roteirista do brilhante "Cisne Negro") e inspirado no livro "Alfred Hitchcock e os Bastidores de Psicose", de Stephen Rebello, começa no momento em que "Intriga Internacional" acaba de ser lançado, e Hitch parte em busca de um novo projeto. Um livro desperta seu interesse: "Psicose", sobre um assassino que mantinha o corpo de sua mãe em sua casa. A história choca as pessoas e Hitchcock encontra dificuldade para realizá-la, enquanto atravessa uma crise matrimonial com Alma.<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgstX4I2Gg5Fy2XL8sMOhL6iS6vIRXKi1BdsowMp6AXupZjcNplRmlyh6saFNUqaN1LLZxDln61S9gLJeTI-K6WTRmMYvvsr5aRCBgjla6S3Bc7BLR3DwT-KXip7ZV6kZGWwNJ92g7eZloF/s1600/hitchcock-1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgstX4I2Gg5Fy2XL8sMOhL6iS6vIRXKi1BdsowMp6AXupZjcNplRmlyh6saFNUqaN1LLZxDln61S9gLJeTI-K6WTRmMYvvsr5aRCBgjla6S3Bc7BLR3DwT-KXip7ZV6kZGWwNJ92g7eZloF/s320/hitchcock-1.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Hitch lê o livro Psycho e é atraído pelo famoso<br />
assassinato no chuveiro</td></tr>
</tbody></table>
A produção consegue transpor toda a paixão de Hitch pelo cinema, que faz de tudo para tentar transportar aquela história para o cinema, até mesmo hipotecando sua casa. Em determinado momento, Hitch explica para sua esposa a importância daquele filme para ele. Ele deseja recuperar a emoção (e os riscos) que sentia no início de sua carreira.<br />
<br />
Mas um dos momentos mais emocionantes é quando o diretor acompanha a reação de seu público à famosa cena do chuveiro de "Psicose". Após fazer toda uma preparação da sala do cinema para que a emoção do público seja potencializada (como faz falta hoje em dia essa preocupação com a experiência do espectador no cinema), o objetivo é alcançado e Hitch rege os gritos como se fosse uma orquestra. Paixão pelo cinema e pelo público.<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsuTtpxn0eyVwWLrsodsCCO4FyDaHhhuEFeJiEFg_vLghv8l5QWo0aM0zp8Osv2Psqj1HFUJ7cJZcmBy64ORCrVDLRNQ-MJEfsDD_gWA3X-Z_Mer_3RPBArwOGhVvjKSTMUduXDEREGwp_/s1600/hitchcock+truffaut.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsuTtpxn0eyVwWLrsodsCCO4FyDaHhhuEFeJiEFg_vLghv8l5QWo0aM0zp8Osv2Psqj1HFUJ7cJZcmBy64ORCrVDLRNQ-MJEfsDD_gWA3X-Z_Mer_3RPBArwOGhVvjKSTMUduXDEREGwp_/s320/hitchcock+truffaut.jpg" width="238" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Livro com entrevistas realizadas pelo<br />
crítico e cineasta François Truffaut</td></tr>
</tbody></table>
No meu livro de cabeceira "Hitchcock/Truffaut Entrevistas", o cineasta explica ao crítico de cinema francês François Truffaut, a forma como realiza o filme pensando em como sua platéia irá reagir. Por exemplo, no trecho da entrevista sobre "Psicose", vemos como tudo é pensado e orquestrado para provocar uma reação, uma emoção na platéia. Desde o roteiro, que é todo trabalho para que a morte de uma personagem-chave seja inesperada (inesperada mesmo), passando pelo casting (Hitch escalou uma estrela para interpretar uma personagem que morre no meio do filme) até os ângulos de câmera (um ângulo de cima mostra a suposta mãe cometendo uma assassinato, pois se o ângulo fosse detrás, ficaria claro ao espectador que o filme está querendo esconder alguma coisa).<br />
<br />
Hitchcock afirma que "é preciso desenhar o seu filme como Shakespeare construía suas peças, para o público". Se algumas das produções do cinema recente falham, é porque ou não pensam no público, ou não o fazem com o esmero e genialidade que Hitchcock fazia.<br />
<br />
Voltando à produção de 2012, o filme também investiga o relacionamento e a importância de Alma Reville para sua carreira. Nesse aspecto, o filme guarda várias semelhanças com a produção para a TV "The Girl" (2012, feita para a rede inglesa BBB), dirigida por Julian Harrold, e no qual Hitchcock é interpretado por Toby Jones (que interpreta Truman Capote em "Confidencial"). Enquanto "Hitchcock" foca mais na paixão do cineasta pelos filmes, "The Girl" foca mais em sua personalidade controversa e sua fixação pelas atrizes protagonistas de seus filmes. Não que "Hitchcock" não aborde isso, há toda um conflito entre Alma e Hitchcock baseado no ciúme dela pelas atrizes e também na suspeita dele em relação a uma traição. Mas "The Girl" é baseado num livro que fala justamente sobre a fixação dele pelas loiras de seu filme ("Fascinado pela Beleza: Alfred Hithcock e suas Atrizes", de Donald Spoto).<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR4DPgjPuyTL4xmkJ26zpFYNSEm3ZyFcOq8fBmTNOrQg-XoyOSYegT8f_RK1YPSwo8j15L03ykeHWJ16tmh5Qq49DY-L0H1cQQkUfCUaKixwvp4NwdwGaqhIsZFjIQOp1wfhSkFXfoXXPs/s1600/the-girl-foto-3.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR4DPgjPuyTL4xmkJ26zpFYNSEm3ZyFcOq8fBmTNOrQg-XoyOSYegT8f_RK1YPSwo8j15L03ykeHWJ16tmh5Qq49DY-L0H1cQQkUfCUaKixwvp4NwdwGaqhIsZFjIQOp1wfhSkFXfoXXPs/s320/the-girl-foto-3.jpg" width="239" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Hitchcock de Toby Jones: mais sinistro</td></tr>
</tbody></table>
"The Girl" é quase todo contado a partir do ponto de vista de Tippi Hedren, a protagonista de "Os Pássaros", interpretada por Sienna Miller (de "G. I. Joe - A Origem do Cobra"). Ela sofre nas mãos de Hitch durante a realização do filme, sofrendo assédio sexual e se ferindo em diversas cenas. Numa cena de "Os Pássaros" em que a personagem entra num quarto que está repleto de pássaros, a filmagem supostamente usaria pássaros mecânicos e levaria apenas um dia, mas Hitch a realiza em cinco dias com pássaros de verdade. Tippi saiu machucada das filmagens e até um pouco traumatizada. Em momento posterior, Hitch conversa com ela e pergunta se não valeu a pena.<br />
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Curioso que em "Hitchcock", há também uma cena crucial em que o diretor interfere para trazer mais realidade à cena, quando na filmagem da cena do chuveiro, ele toma a faca das mãos de uma dublê e começa ele mesmo a simular as facadas sobre Janet Leigh, atriz de "Psicose"(no filme interpretada por Scarlett Johansson). Duas cenas antológicas da história do cinema, e a mesma maneira controversa de Hitchcock filmá-las, trazendo o máximo de realidade às cenas, mas também torturando psicologicamente suas atrizes.<br />
<br />
Em outro momento ainda mais emblemático de "The Girl", Hitch transforma Tippi para as filmagens de "Marnie", filme que ele realizou na sequência de "Os Pássaros", ainda com a mesma atriz. Ela pinta os cabelos, assim como a personagem de Kim Novak em "Um Corpo que Cai", e o filme sugere através da trilha a semelhança entre ficção e realidade. Essa situação, do modo como Hitch gosta de transformar, de quase moldar suas protagonistas, também é relatado em "Hitchcock", quando Vera Miles (Jessica Biel) e Janet Leigh conversam.<br />
<br />
Infelizmente, a realização de "The Girl" fica aquém do esperado, e cenas como essa (da transformação de Tippi) são mal desenvolvidas. O filme também fica a desejar no modo caricato como relata Hitchcock, quase como um psicopata, e transformando a personagem de Tippi numa heroína que resiste bravamente às torturas do diretor. Se o filme pretendia adotar o ponto de vista de Tippi, deveria ter evitado desenvolver diversas cenas em que Tippi não tinha como saber o que aconteceu, como situações matrimoniais entre Hitch e Alma (aqui interpretada por Imelda Staunton, de "Vera Drake", mais convincente como Alma do que Helen Mirren). Enfim, erra no enforque, transformando o que seria o ponto de vista da atriz, numa verdade narrativa.<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5B2cvfgCN5AEJxlwlDT6xpFgcCvRuskCgSJpAz4am92uwqsxkkJEPmlPNWcnLV-YzANVdWkbs_W9sZNHKQ4ROQnlQ0KljEyMxWT-c1E_cE3RpWjd-X3lsFMzg9Ip8JK_66s3BdjB68Byy/s1600/the-girl-foto-1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="316" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5B2cvfgCN5AEJxlwlDT6xpFgcCvRuskCgSJpAz4am92uwqsxkkJEPmlPNWcnLV-YzANVdWkbs_W9sZNHKQ4ROQnlQ0KljEyMxWT-c1E_cE3RpWjd-X3lsFMzg9Ip8JK_66s3BdjB68Byy/s320/the-girl-foto-1.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jones e Sienna Miller como Hitchcock e Tippi</td></tr>
</tbody></table>
Por outro lado, "The Girl" se parece mais com um filme de Hitchcock, pelo clima de suspense que constrói em torno do relacionamento de Hitch com Tippi (que é lançada ao estrelado e encerra sua carreira sob influência dele), inclusive com ângulos de câmera (uma cena de uma escada em espiral, por exemplo, remete a "Um Corpo que Cai"), trilha sonora ou figurinos. É notável, por exemplo, a semelhança física que Sienna atinge em relação a Tippi. <br />
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O humor latente de Hitch também está menos presente em "The Girl", e muito melhor desenvolvido pelo Hitchcock de Hopkins. Naquela fase, por exemplo, Hithcock enfrentava uma mudança em sua carreira, trabalhando para a TV na série "Alfred Hitchcock Apresenta", que o tornou uma celebridade. O filme ilustra bem essa fase, trazendo Hitch apresentando e encerrando o filme, exatamente como fazia na série de TV.<br />
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De qualquer forma, ambos os filmes revelam-se extremamente interessantes para entender (ou especular) um pouco mais sobre a vida, a carreira e as paixões desse diretor. Acompanhar detalhes dos bastidores das produções, como as ideias dos filmes nasceram ou foram desenvolvidas, como era a relação de Hitch com sua equipe, com a mídia, com os estúdios ou com o público, é um deleite para os fãs do diretor e até mesmo para os fãs de cinema. E quem sabe seja uma inspiração para novos diretores o talento que Hitchcock tinha para manipular as emoções do público, sem o pudor que parece haver hoje em dia em relação a isso, e perceber que para todo cineasta, "é uma grande satisfação usar a arte cinematográfica para criar uma emoção de massa".<br />
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"Não foi uma mensagem que intrigou o público. Não foi uma grande interpretação que transtornou o público. Não era um romance muito apreciado que cativou o público. O que emocionou o público foi o filme puro". (Hitchcock/Truffaut Entrevistas, 1932-1984).<br />
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"Hitchcock"(2012). Cotação: * * * * 1/2<br />
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"The Girl"(2012). Cotação: * * * *<br />
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Veja o vídeo de marketing na época de exibição de "Psicose" no cinema. Numa época em que os cineastas e os exibidores realmente se preocupavam com a experiência de ver um filme na sala de cinema.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<object width="320" height="266" class="BLOGGER-youtube-video" classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=6,0,40,0" data-thumbnail-src="http://0.gvt0.com/vi/DjRzj_Ufiew/0.jpg"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/DjRzj_Ufiew&fs=1&source=uds" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><param name="allowFullScreen" value="true" /><embed width="320" height="266" src="http://www.youtube.com/v/DjRzj_Ufiew&fs=1&source=uds" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true"></embed></object></div>
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Fabio Pastorellohttp://www.blogger.com/profile/05936247608686166033noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-7967332023794951180.post-10664932806291749372013-01-26T12:17:00.000-02:002013-01-26T12:17:31.697-02:00Filmes Assistidos em Janeiro<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEk8Ngklf33RupbctfACzMBJyP2dpK890RZ_eUcAIyg0hwEqcHxwKMD5DtTnSE55fHM70mM0KkTNxQ2kFHZmPhYliKbGaKS9MBR6Kn04rUXft3MRbX7b0MkNyG7I7mlezz4-6uTWW7WfUL/s1600/As-Vantagens-de-ser-Invisivel-poster-nacional.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEk8Ngklf33RupbctfACzMBJyP2dpK890RZ_eUcAIyg0hwEqcHxwKMD5DtTnSE55fHM70mM0KkTNxQ2kFHZmPhYliKbGaKS9MBR6Kn04rUXft3MRbX7b0MkNyG7I7mlezz4-6uTWW7WfUL/s320/As-Vantagens-de-ser-Invisivel-poster-nacional.jpg" width="216" /></a></div>
O filme <b><span style="font-size: large;">"As Vantagens de ser Invisível"</span></b> começa como um típico filme de adolescentes, com o jovem Charlie entrando para o ensino médio e enfrentando dificuldades pela sua dificuldade de se ajustar aos demais jovens. No decorrer de sua trajetória, que deseja ser escritor e inicia uma amizade com um grupo de veteranos também alternativos, o filme alça vôos mais altos, com temas como drogas, homossexualidade, pedofilia e suicídio. Inspirado em seu próprio livro, Stephen Chbosky (roteirista de "Rent") roteirizou e dirigiu esse filme, que conta com ótimo elenco, a começar por Logan Lerman ("Percy Jackson e o Ladrão de Raios"), Emma Watson (da série Happy Potter) e Ezra Miller ("Precisamos Falar sobre Kevin"). Mas o filme também conta com pequenos papéis de Joan Cusack (adoro, mas em papel apagado), Dylan McDermott (da série "American Horror Story") e Nina Dobrev (da série "Diários de Vampiro"). O final é incrível, muito emocionante.<br />
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Cotação: * * * *<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjg4aLR5q4oFvV-aWRGn157QBx-Z-pU-oiyC_4tkDInn3QREGHwuXmunevjfjJqWI-D01W3eHKueA_Or9Tz9t8Q0wynVZzDv3rslbE7dWJeR0E_LKzA39GsAqjQoaHOj4nhEgPUpVncoHb1/s1600/De-Pernas-para-o-Ar-2-Official-Poster-NACIONAL-29Novembro2012-POST.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjg4aLR5q4oFvV-aWRGn157QBx-Z-pU-oiyC_4tkDInn3QREGHwuXmunevjfjJqWI-D01W3eHKueA_Or9Tz9t8Q0wynVZzDv3rslbE7dWJeR0E_LKzA39GsAqjQoaHOj4nhEgPUpVncoHb1/s320/De-Pernas-para-o-Ar-2-Official-Poster-NACIONAL-29Novembro2012-POST.jpg" width="215" /></a></div>
Muito superior ao primeiro filme, <span style="font-size: large; font-weight: bold;">"De Pernas pro Ar 2" </span>é uma comédia muito divertida até sua primeira metade. Existem momentos hilários, em parte graças à sua protagonista, a ótima Ingrid Guimarães. O filme, aliás, é um ótimo veículo para ela. Coisa que aliás o cinema brasileiro às vezes tenta e não consegue: criar bons veículos para seus grandes atores. Após Alice começar a trabalhar em uma sex shop no primeiro filme, agora ela já é uma executiva de sucesso e viciada no trabalho. Após uma estafa, é obrigada a se internar numa clínica de reabilitação. Na clínica estão as melhores cenas, graças às participações de Tatá Werneck (Comédia MTV) e Luis Miranda. Depois o filme parte para Nova Iorque, onde perde a força (e a graça). Eriberto Leão está péssimo (como de costume) e Cristina Pereira (ex-TV Pirata) tem as piores piadas. De qualquer forma, o filme está acima da média, garante algumas gargalhadas e merece uma conferida.<br />
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Cotação: * * * 1/2<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiETO4P_32DRZ6PQQUMpEy0WS63H-cyM5c93cBvl7bQgeJr5QPItmAbILO2fW-nxHemGPDqPYjFXqZNEfeBuZ2c5CjRhyphenhyphendE3YkCVZ_9pKsG5BZPURkw5HA2OLW3Kn4vsLGkl15eH4DWJKDG/s1600/paris-manhattan.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiETO4P_32DRZ6PQQUMpEy0WS63H-cyM5c93cBvl7bQgeJr5QPItmAbILO2fW-nxHemGPDqPYjFXqZNEfeBuZ2c5CjRhyphenhyphendE3YkCVZ_9pKsG5BZPURkw5HA2OLW3Kn4vsLGkl15eH4DWJKDG/s320/paris-manhattan.jpg" width="216" /></a></div>
<span style="font-size: large;"><b>"Paris-Manhattan"</b> </span>é uma homenagem a Woody Allen, contada através da história de uma jovem farmacêutica que, desiludida com suas experiências amorosas, desabafa com um quadro do diretor na parede do seu quarto. O Allen do quadro conversa com ela, e o filme da estreante Sophie Lellouche utiliza frases do próprio Woody extraídas de seus filmes, como o "Manhattan" do título. O filme termina por ser uma comédia romântica francesa e simpática, e é melhor quando não comparada com a obra do famoso diretor nova-iorquino. Em alguns momentos, o filme até remete a filmes do diretor, como "Um Misterioso Assassinato em Manhattan", numa cena em que os personagens invadem um apartamento numa investigação. Mas nem os personagens, nem a história chegam perto (ou sequer se assemelham) dos filmes de Woody. O filme consegue encerrar de forma simpática, numa cena típica dos finais de comédias românticas, que parecem ser uma melhor referência do que a cinematografia de Woody Allen.<br />
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Cotação: * * *<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEHZFY4mVoHp4wDaZNXtmY7Q-KIRADKnBx_oUivxF7dv5DzQPt6eIH9xOOAX_zLbc9XogVKPdNmDLOftPD30G7OTxEOtSuet4ntiWBlPW5JUCmJbxBbhYlrHbICO1RhAfnIbfcs7yz1SZ4/s1600/holymotors.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEHZFY4mVoHp4wDaZNXtmY7Q-KIRADKnBx_oUivxF7dv5DzQPt6eIH9xOOAX_zLbc9XogVKPdNmDLOftPD30G7OTxEOtSuet4ntiWBlPW5JUCmJbxBbhYlrHbICO1RhAfnIbfcs7yz1SZ4/s320/holymotors.jpg" width="220" /></a></div>
Ao contrário do pedante "Cosmópolis", e em comum com esse o fato de boa parte da ação se passar dentro de uma limosine, <span style="font-size: large; font-weight: bold;">"Holy Motors"</span>, do diretor francês Leos Carax, é bem mais interessante e divertido. O "enredo" é enigmático; enredo entre aspas porque o filme é uma soma de pequenas histórias, entrelaças pelo fato de serem interpretadas pelo mesmo ator (Denis Lavant), mas que não possuem muito nexo. Algumas são mais compreensíveis do que outras, que abusam da loucura de seus personagens, como por exemplo no trecho em que o M. Merde sequestra uma modelo (Eva Mendes). No contexto geral, acompanhamos um dia na rotina de Oscar, um homem que tem vários compromissos durante o dia. Para cada "compromisso", ele se traveste de um personagem e vive uma vida específica, numa possível metáfora do que é ser ator, ou das diversas vidas que somos capazes de viver em uma só, ou do papel do cinema nos dias de hoje. O filme também conta com participação de Kylie Minogue, em papel originalmente concebido para Juliette Binoche.<br />
<br />
Cotação: * * * *<br />
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Fabio Pastorellohttp://www.blogger.com/profile/05936247608686166033noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7967332023794951180.post-11628635927143142452013-01-06T03:01:00.000-02:002013-01-06T10:38:49.021-02:00O Som ao Redor<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8Hs8Bia6YI0ECb5Qx3eVuCEIovG_0WLcoBRaht0qcp4ochpwUG4dtOZhkWFf9MGt_3oJpis4P9Xb3ZeUMGQamvt7zCO-ehTG-SngH6e26uAq3UDojbDEGzjFZz0QB8790PDp-1YGNfg_M/s1600/O-Som-Ao-Redor.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8Hs8Bia6YI0ECb5Qx3eVuCEIovG_0WLcoBRaht0qcp4ochpwUG4dtOZhkWFf9MGt_3oJpis4P9Xb3ZeUMGQamvt7zCO-ehTG-SngH6e26uAq3UDojbDEGzjFZz0QB8790PDp-1YGNfg_M/s320/O-Som-Ao-Redor.jpeg" width="218" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Em "O Som ao Redor", <br />
a paisagem de prédios das cidades</td></tr>
</tbody></table>
<b><span style="font-size: large;">"O Som ao Redor" é um instigante painel dos problemas e neuroses da vida nas cidades</span></b><br />
<i>Diretor pernambucano constrói clima de suspense crescente através de situações cotidianas</i><br />
<span style="color: #e69138;">por Fábio Pastorello</span><br />
<br />
O cinema pernambucano nos apresenta outro ótimo filme. Ano passado tivemos "Febre do Rato", de Claudio Assis. Esse ano temos "O Som ao Redor", do estreante em longas Kleber Mendonça Filho. Em comum, os dois filmes se passam em Recife e contam com o mesmo ator, o excelente Ihrandir Santos ("Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro"). Mas os universos retratados são bem diferentes. Enquanto Assis retrata um universo bem peculiar, composto de personagens pra lá de alternativos, Mendonça retrata um cotidiano quase da porta ao lado.<br />
<br />
A história acompanha a rotina de alguns personagens que moram num mesmo bairro, cuja grande figura é um homem que possui uma série de imóveis. Ele exerce uma influência grande no bairro, ainda mais pelo fato de que seus filhos e netos também moram nesse bairro. Personagem emblemático, ele afirma que apenas mora ali, mas quer que seus filhos e netos frequentem mais a propriedade rural que possui. Um dos netos é um corretor de imóveis e outro um arrombador de carros. Na vizinhança também vive uma mulher, atormentada pelo barulho do cachorro do vizinho. Para completar o painel, dois homens aparecem para oferecer serviços de segurança particular aos moradores.<br />
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<a name='more'></a><br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGQjdynjni14JoGeZRQy02oZxuDU2CI3IhqRMhodlqutfWAB-4hhf82nTEvv8HetopTvbjtXg8BumgLjX24j4i3ByfjOX-hNF121rSdKhToCu0X3pwsU-cOH8hTK4AJK_ezfJuqCpwNUhB/s1600/som-ao-redor2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGQjdynjni14JoGeZRQy02oZxuDU2CI3IhqRMhodlqutfWAB-4hhf82nTEvv8HetopTvbjtXg8BumgLjX24j4i3ByfjOX-hNF121rSdKhToCu0X3pwsU-cOH8hTK4AJK_ezfJuqCpwNUhB/s320/som-ao-redor2.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Personagem do filme tenta relaxar, apesar dos<br />
barulhos constantes do cachorro do vizinho</td></tr>
</tbody></table>
O painel de personagens sugere uma série de temas atuais que o diretor parece querer discutir porque lhe são próximos: as relações entre patrões e empregados, as relações entre vizinhos, a paranóia de segurança das cidades grandes e a vida entre prédios de concreto. Em entrevista à <a href="http://www.revistacinetica.com.br/entrevistakmf.htm" target="_blank">Revista Cinética</a>, Mendonça afirma que seus filmes "talvez se dividam entre os que trazem experiências pessoais e os que são observações pessoais. No fundo, é tudo a mesma coisa, talvez algo impossível de ordenar."<br />
<br />
Entre essas experiências e observações, está com certeza a forma como as pessoas se organizam nas cidades, pela fotografia do filme, que mostra os muros, as paredes, as portas, as grades, as ruas. E pelo sons que a junção de todas essas pessoas acarreta. No filme, o "som ao redor" do título, está em toda parte do filme e de nossas vidas, onipresente e sem descanso, representado principalmente na figura do cachorro do vizinho que não pára de latir.<br />
<br />
O mais interessante, no entanto, é o modo como Mendonça constrói essa narrativa. Num clima de constante suspense, construído através de uma trilha sonora contundente, situações bastante corriqueiras são pontuadas. É como se o cotidiano representasse um perigo presente. É o clima de uma cidade grande. À noite, quando um carro passa pelos seguranças, diminui a velocidade, e pára sem motivo próximo a eles, desperta o medo do que irá acontecer. Ou quando um casal inicia uma transa numa casa, sob o barulho insistente de um telefone tocando, e um vulto passa por detrás deles. O suspense é constante, os fatos cotidianos.<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5tKAYRCSKdPZCYL_7e2HRsKIQb5jzb8pSW9L0WPnejSa-8XHRrJWEo0VVD5CclJr8cMK0koGmG3v3bBeRxnLpdCDe0ERKlLbgurSi39wsY5ZlJAH0vyuUfvJqD08-kYirbgxt-Ta2QYQr/s1600/som-ao-redor3.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="140" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5tKAYRCSKdPZCYL_7e2HRsKIQb5jzb8pSW9L0WPnejSa-8XHRrJWEo0VVD5CclJr8cMK0koGmG3v3bBeRxnLpdCDe0ERKlLbgurSi39wsY5ZlJAH0vyuUfvJqD08-kYirbgxt-Ta2QYQr/s320/som-ao-redor3.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os dois seguranças particulares e as neuroses de <br />
segurança da sociedade atual</td></tr>
</tbody></table>
Dessa forma, o filme é bastante interessante e envolvente no modo como traça esse painel da vida em cidade, dos seus problemas (e neuroses) atuais. O roteiro consegue manter o espectador interessado mesmo diante de uma história aparentemente ausente, que só irá se revelar no final. Enquanto isso, aposta e mantém o interesse em situações corriqueiras, e quanto mais cotidiano e banal as cenas parecem, mais próximos nos sentimos daquela realidade que está prestes a explodir.<br />
<br />
Minha Cotação: * * * * 1/2<br />
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Fabio Pastorellohttp://www.blogger.com/profile/05936247608686166033noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7967332023794951180.post-83130182284366662692013-01-04T12:15:00.001-02:002013-01-04T12:15:46.442-02:00Filmes de Dezembro<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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Os últimos filmes assistidos em dezembro. Novembro não rolou cinema porque eu estava viajando.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiK56OA7mjsMc3XokKj4-1XFgvyWfw-Lw7l-1jKaiqa9OcAMI4JSGVd4fDG4Ojh_yX0KRGQZ3fkb4Z32m_Fopiq_WJ4IrP_9hDxrq_wbWXhn1Hjd0vpzJojd8NydPJghJRfuqAaS6ZpmdC1/s1600/ted.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiK56OA7mjsMc3XokKj4-1XFgvyWfw-Lw7l-1jKaiqa9OcAMI4JSGVd4fDG4Ojh_yX0KRGQZ3fkb4Z32m_Fopiq_WJ4IrP_9hDxrq_wbWXhn1Hjd0vpzJojd8NydPJghJRfuqAaS6ZpmdC1/s320/ted.jpg" width="215" /></a></div>
Uma das grandes surpresas desse ano, <span style="font-size: large;"><b>"Ted"</b></span> é um filme irreverente e divertido, cujo principal diferencial é um urso de pelúcia, mas termina por ser mais pervertido do que infantil. A história começa quando um menino sem amigos faz um pedido e ganha um ursinho falante, que vira seu melhor amigo para vida toda. Ao contrário do que um filme clichê poderia adotar, o ursinho não fala apenas com seu dono, mas ganha até notoriedade. O filme, dirigido por Seth McFarlane, vai além de simplesmente de explorar o contraste da imagem infantil do ursinho com seu comportamento adulto. McFarlane também explora ideia parecida no seriado de animação "Family Guy", onde um bebê age e tem voz de adulto. A história também envolve um casal principal carismático, interpretado por Mark Wahlberg ("Boogie Nights") e Mila Kunis ("Cisne Negro"). Ele, apesar de adulto, ainda precisa crescer. Além de roteirista, McFarlane também faz a voz do ursinho Ted.<br />
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Cotação: * * * *<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKRgYrahTYBjP0KLlknpckngEDFMy8ymzmiey8MhrGI7t56gQPJ6lr-PnKkv6HLe83nXtr-zPA1Z5rqvOzaq-95-NCrcyp3rxEZtlP8rxfVP_-NBqRNu8-j8f2Bm9gdX1IMI9QPKSbmiXJ/s1600/celesteejesse.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKRgYrahTYBjP0KLlknpckngEDFMy8ymzmiey8MhrGI7t56gQPJ6lr-PnKkv6HLe83nXtr-zPA1Z5rqvOzaq-95-NCrcyp3rxEZtlP8rxfVP_-NBqRNu8-j8f2Bm9gdX1IMI9QPKSbmiXJ/s320/celesteejesse.jpg" width="218" /></a></div>
Vez por outra, o gênero da comédia romântica, que tem por principal característica se repetir, acaba se renovando ou modificando alguns de aspectos fundamentais. <span style="font-size: large;"><b>"Celeste e Jesse para Sempre" </b></span>é um filme que se difere de outros em alguns desses aspectos. A história é de um casal que tem grande afinidade (Rashida Jones, de "Eu te Amo, Cara", também roteirista do filme e Andy Samberg, de "Saturday Night Live") mas que enfrentam um impasse. Ele não tem trabalho e não se esforça para isso, enquanto ela tem uma carreira bem sucedida. Eles resolvem se separar, mas os sentimentos (e a proximidade) continuam. O filme passa a explorar essa dificuldade que por vezes é conciliar o lado romântico e o lado prático de uma vida em casal. Um filme sensível, ainda comédia e ainda romântico, mas que propõe um algo mais ao gênero.<br />
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Cotação: * * * 1/2<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirID0sCiF4-fEI7IGQzSdYe_-VBxOJi9g1q5pY7YRQo1jdg8oWx-7s2OpNX_Le4y2InNVjSI3AuPuc8eOTRXQlfK7YPC94pDnnSLERvgTQOQZqqtJXREXTkd6WkkMh2Vtg7hGx8WO7Qvgw/s1600/hobbit.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirID0sCiF4-fEI7IGQzSdYe_-VBxOJi9g1q5pY7YRQo1jdg8oWx-7s2OpNX_Le4y2InNVjSI3AuPuc8eOTRXQlfK7YPC94pDnnSLERvgTQOQZqqtJXREXTkd6WkkMh2Vtg7hGx8WO7Qvgw/s320/hobbit.jpg" width="218" /></a></div>
O maior trunfo de <b><span style="font-size: large;">"O Hobbit"</span></b>, de Peter Jackson e <i>prequel</i> da trilogia "O Senhor dos Anéis", é a nova tecnologia adotada por Jackson dos 48 quadros, que apresenta uma qualidade de imagem bem superior a dos filmes tradicionais, que são 24 quadros por segundo. Infelizmente ainda não assisti com essa tecnologia, então somente o que me resta aqui é avaliar o filme e a história em si, que no caso não trazem nenhuma novidade em relação à trilogia anterior. Até a estrutura dramática é a mesma, alguns personagens se unem para uma grande missão, aqui no caso tentar recuperar a terra dos anões de um terrível dragão. A sensação de déjà vu é reforçada pela aparição de vários personagens da outra trilogia, todos em clima saudoso (apesar dessa história cronologicamente acontecer antes). Mas Peter Jackson é Peter Jackson, e ele consegue realizar tudo com maestria, em particular os efeitos visuais, e toda a sequência com o Gollum é bem divertida.<br />
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Cotação: * * * 1/2<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSvtgyNAqAL6VEDvIacTm1wlwSVgxTO03nxq9Cq5NwcY6NQCsCHmysGW1s9yLR8Txyh_-8fyXacm-0kk7rCnHT6WdP11v9k2ZzyELsNFHV7n2nCJNodNFs4SoKaUh6fiGBFwOwv30XrmPo/s1600/take-this-waltz.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSvtgyNAqAL6VEDvIacTm1wlwSVgxTO03nxq9Cq5NwcY6NQCsCHmysGW1s9yLR8Txyh_-8fyXacm-0kk7rCnHT6WdP11v9k2ZzyELsNFHV7n2nCJNodNFs4SoKaUh6fiGBFwOwv30XrmPo/s320/take-this-waltz.jpg" width="220" /></a></div>
<b><span style="font-size: large;">"Entre o Amor e a Paixão"</span></b> é um drama intenso sobre uma mulher (Michelle Williams, de "7 Dias com Marilyn"), bem casada (com Seth Rogen, de "O Besouro Verde"), que começa a sentir uma atração pelo vizinho. A partir dessa atração, ela vive um dilema entre ceder ao vizinho (Luke Kirby) ou manter o casamento. Dirigido por Sarah Polley (de "Longe Dela" e atriz principal do belíssimo "Minha Vida sem Mim"), o filme traz uma delicada reflexão sobre as tentações e a dificuldade de se manter um casamento. A película, porém, não teria a mesma força sem a interpretação inspirada de Michelle Williams, que faz uma mulher cheia de nuances, entre o papel de boa esposa e de uma mulher que quer, e se deixa seduzir. Destaque para uma cena excelente em que em um único plano e ao som de uma valsa, a câmera gira através de uma sala e mostra todo o andamento da relação entre dois personagens. Também adorei uma frase dita por uma das personagens: "Life has a gap in it... It just does. You don't go crazy trying to fill it."<br />
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Cotação: * * * *</div>
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Fabio Pastorellohttp://www.blogger.com/profile/05936247608686166033noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7967332023794951180.post-38388760475877467652013-01-04T00:50:00.002-02:002013-01-05T12:19:26.803-02:00O Impossível<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0koq5e_ko1qNJYvv49c-_MzKA_t_JnCPObPT9iiH3U9os2ZqQDBOUf9ER9vg4Lblv3Cj1r7cOcI_wqkLfa7oh06_KR3QncLFTDN9IzhoYBTFAiJLxWg9GTvsftmQP5DejEfCWwnytoBFS/s1600/o_impossivel.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0koq5e_ko1qNJYvv49c-_MzKA_t_JnCPObPT9iiH3U9os2ZqQDBOUf9ER9vg4Lblv3Cj1r7cOcI_wqkLfa7oh06_KR3QncLFTDN9IzhoYBTFAiJLxWg9GTvsftmQP5DejEfCWwnytoBFS/s400/o_impossivel.jpg" width="272" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cartaz do filme "O Impossível", <br />
dirigido por J. A. Bayone ("O Orfanato")</td></tr>
</tbody></table>
<b><span style="font-size: large;">Filme sobre o tsunami de 2004 é triste e ao mesmo belo</span></b><br />
<i><br /></i>
<i>Inspirado na história de uma família que sobreviveu ao tsunami no Oceano Índico, "O Impossível" tem realização impecável e emociona do início ao fim</i><br />
<i><span style="color: #e69138;">por Fábio Pastorello</span></i><br />
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"O Impossível" (The Impossible, 2012) começa com uma viagem, uma família dentro de um avião, em direção da Tailândia. Ali o filme já introduz pequenos elementos que irão colaborar para a construção dramática do filme, seja no conflito familiar e corriqueiro entre mãe (Naomi Watts, indicada ao SAG e ao Globo de Ouro como melhor atriz por esse filme) e filho rebelde (Tom Holland), ou na página de um livro que está solta. Tudo o que acontece nos primeiros minutos do filme colabora para nos mergulhar no clima cotidiano de uma viagem (com tudo o que pode haver de bom nela), mas que irá terminar de forma trágica. Esse contraponto do comum ao extraordinário é essencial para o impacto que o filme irá provocar.<br />
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<a name='more'></a><br />
Dirigido pelo espanhol Juan Antonio Bayona (do ótimo "O Orfanato", 2007, cujo tema também envolvia uma mãe em uma luta pessoal envolvendo o filho), o filme surpreende pela qualidade narrativa e de produção. A forma como o filme recria o tsunami que fez mais de 220 mil vítimas e devastou diversas localidades à margem do Oceano Índico em 2004, é impressionante. Desde o acontecimento em si (a onda gigantesca invadindo e arrastando tudo) até o trabalho de assistência dos sobreviventes, tudo é recriado com riqueza de detalhes e veracidade primorosas.<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpeCa_VtPRtYaRiOF3ZkUMeelaI-Ehq2Oennwrqx34tz-hpgSWhQG587NV3y1whL8GFRZuWpgrZ-oflsi063op3DHF6kJKrg4wY4G1btMcoOcAYixr0J9S1CPrslchdhtNWz6CcldLCvJ_/s1600/the-impossible-1-9-2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpeCa_VtPRtYaRiOF3ZkUMeelaI-Ehq2Oennwrqx34tz-hpgSWhQG587NV3y1whL8GFRZuWpgrZ-oflsi063op3DHF6kJKrg4wY4G1btMcoOcAYixr0J9S1CPrslchdhtNWz6CcldLCvJ_/s320/the-impossible-1-9-2.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A sequência logo após o tsunami é de uma <br />
veracidade impressionante</td></tr>
</tbody></table>
Ao contrário do filme espírita de Clint Eastwood, "Além da Vida" (Hereafter, 2010), a sequência do tsunami não é visivelmente feita através de efeitos especiais. Toda a sequência em que dois integrantes da família tentam sobreviver momentos após o tsunami, é impactante pela forma como diversos detalhes aflitivos vão se somando, e pela veracidade das imagens. O resultado deixa o público em estado de suspense e choque constantes.<br />
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<i>[spoiler] </i>O roteiro também apresenta seus elementos, de forma gradativa. Por exemplo, ao invés de construir uma narrativa em paralelo, mostrando o que acontece com os sobreviventes alternadamente, o roteiro faz com que o público compartilhe a dúvida sobre o destino dos outros personagens. <br />
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8uhyWpw03OzR1fm5tPCjkqKp5xEnELQ5uSWPz_oV1uYubGcNGzZ92cGM_RwAcQr8O2SIbHjjqDKpHuKDdyokvCnG6zXrnhulV3aFIo8eHAci6l4Dv7MXK9jJ-ww6SrGMBUv0A7xq5HWvd/s1600/the-impossible-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="261" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8uhyWpw03OzR1fm5tPCjkqKp5xEnELQ5uSWPz_oV1uYubGcNGzZ92cGM_RwAcQr8O2SIbHjjqDKpHuKDdyokvCnG6zXrnhulV3aFIo8eHAci6l4Dv7MXK9jJ-ww6SrGMBUv0A7xq5HWvd/s400/the-impossible-2.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagens dos bastidores de "O Impossível"</td></tr>
</tbody></table>
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Toda a emoção e tensão culminarão em seu clímax "impossível". Se o filme tem algum problema, é justamente o seu clímax, que soa inverossímel. Logo no início, a película já ressalta que a história é inspirada em fatos reais, mas o desfecho é tão improvável que me fez questionar até a realidade contada pelos sobreviventes. Mas no contexto do filme funciona bem justamente para que o público chegue ao ápice emocional. Ao final do filme, palavras como "lindo" e "triste" são facilmente proferidas pela platéia. Nada mais justo, a história é realmente linda, mas ao mesmo tempo muito triste.<br />
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Cotação do Janela Indiscreta: * * * * 1/2<br />
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgv3a9XUHXRvzKcsVY11S8Ax1OpNPuYigjvYqmb3EJl42eRKsu0q1ktHfEjv2p0wSCwmm_O6WUNpHLm1Prq32VvCjFgM3JQDXBSTktz5QJF0fTQbz9reVJgxAEACNa6rSFMK6tVChCSV_RD/s1600/O-Impossivel-fotos-13-8-3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="424" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgv3a9XUHXRvzKcsVY11S8Ax1OpNPuYigjvYqmb3EJl42eRKsu0q1ktHfEjv2p0wSCwmm_O6WUNpHLm1Prq32VvCjFgM3JQDXBSTktz5QJF0fTQbz9reVJgxAEACNa6rSFMK6tVChCSV_RD/s640/O-Impossivel-fotos-13-8-3.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O filme traz Ewan McGregor e Naomi Watts nos papéis principais, ambos excelentes</td></tr>
</tbody></table>
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Fabio Pastorellohttp://www.blogger.com/profile/05936247608686166033noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7967332023794951180.post-32477535941079058622012-11-03T11:15:00.002-02:002012-11-03T11:15:57.276-02:00Filmes de Outubro<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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Os últimos filmes assistidos...<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuEoNA3SF0g-XR3FVPcWQN4v2eFDNynvx0FlhHCLdkVv_LmvNguAqAXw9gCjCkV8LVnaXbsfvmBaMjwTDZJyVmZjToEul9gxEagLxNPkz-A-69xp37z97ZRMIbNK_eo2RUZcmR4UjixfyY/s1600/Skyfall-cartaz-nacional.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuEoNA3SF0g-XR3FVPcWQN4v2eFDNynvx0FlhHCLdkVv_LmvNguAqAXw9gCjCkV8LVnaXbsfvmBaMjwTDZJyVmZjToEul9gxEagLxNPkz-A-69xp37z97ZRMIbNK_eo2RUZcmR4UjixfyY/s320/Skyfall-cartaz-nacional.jpg" width="217" /></a></div>
Um filme como <span style="font-size: large; font-weight: bold;">"007 - Operação Skyfall" </span>é como todos os outros da série. Você assiste e logo depois esquece. Skyfall talvez tenha alguns ingredientes que permitam que você não se esqueça tão facilmente dele depois da sessão. Primeiro, a sequência inicial, fantástica, com uma perseguição na Turquia; segundo, a melhor participação da M de Judi Dench, ganhando destaque como ponto chave para a história; e principalmente porque possui um vilão interessante, com nuances homossexuais (Javier Bardem) que infelizmente só são abordados em uma cena e depois esquecidos. O diferencial talvez fique para a direção de Sam Mendes ("Beleza Americana"), mas o filme não tem nada de auoral e se encaixa melhor no gênero ação mesmo. Daniel Craig parece cada vez mais perfeito para o papel. Uma boa diversão, especialmente para os fãs da série, já que traz diversas referências aos entendidos. O tema musical desse 007 foi composto e interpretado por Adele.<br />
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Minha Cotação: * * *<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUZwT4PmuTBsQ_PYUjUl-0MDJxCzieTtgDxcHTtJWvVsmnrEVa4RfMVBLP1uf_LzKk6vErxj6O4vCDZqWOBPl1BlpenjvwcxI_9Y32bxZa8fGu-gyoLF_GFy8Lh7rTpXoXF34KDTxXW3ZY/s1600/cosmopolis_cartaz_BR.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUZwT4PmuTBsQ_PYUjUl-0MDJxCzieTtgDxcHTtJWvVsmnrEVa4RfMVBLP1uf_LzKk6vErxj6O4vCDZqWOBPl1BlpenjvwcxI_9Y32bxZa8fGu-gyoLF_GFy8Lh7rTpXoXF34KDTxXW3ZY/s320/cosmopolis_cartaz_BR.jpg" width="216" /></a></div>
<b style="font-size: x-large;">"Cosmópolis" </b>é um dos filmes mais aborrecidos que eu já vi. Extremamente verborrágico, o filme tem pouco a dizer, e o pouco se resume na história clichê de um homem rico entendiado com sua própria riqueza e falta de limites. O que há de interessante no filme se perde em diálogos intermináveis, com atores em interpretações entediadas e basicamente, tudo num único cenário, o carro do protagonista (Robert Pattinson, da série "Crepúsculo"). David Cronemberg (do recente e ótimo "Um Método Perigoso") já fez muito melhor, e aqui a cena mais marcante parece ser mesmo a do protagonista fazendo um exame de próstata dentro do carro.<br />
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Minha Cotação: *<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP6Ch9dtdrrpSqV5PLQfRjO4e7CF4sFCXCbBe8lk0P-AKVxZ3nU4o7IfvBIPwDIsFyoIC4RLUGarTkgjt5FLg8ccSbtOUrMSj7CIFvEgVR0FlU9tAz93H0-4lxxXTo6BE-mWAl6KdzpU9L/s1600/Intocaveis.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP6Ch9dtdrrpSqV5PLQfRjO4e7CF4sFCXCbBe8lk0P-AKVxZ3nU4o7IfvBIPwDIsFyoIC4RLUGarTkgjt5FLg8ccSbtOUrMSj7CIFvEgVR0FlU9tAz93H0-4lxxXTo6BE-mWAl6KdzpU9L/s320/Intocaveis.jpg" width="217" /></a></div>
O filme francês<span style="font-size: large; font-weight: bold;">"Intocáveis"</span> constrói o relacionamento entre um homem paraplégico e rico (François Cluzet) e um imigrante ex-presidiário e pobre (Omar Sy) que começa a cuidar dele. O grande trunfo do filme é mostrar como essas pessoas tão opostas puderam se relacionar tão bem, numa história inspirada em fatos reais. Obviamente, a história é apenas inspirada na realidade, já que parece muito mais inspirada em outras histórias do cinema, repleta de clichês. De qualquer forma, o filme é emocionante e engraçado, mas nada correspondente à repercussão que o filme tem tido, até com possível indicação ao Oscar de melhor filme estrangeiro.<br />
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Minha Cotação: * * * *<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEwnnLiBepAUNQmsBCE8wNgxOU-WH6Tqy2nBWO8FPHyXJCwE9UpWH1qkZWCsGFdLqcYrN10YEvBhVdtx2CyrHC7ph2J-PmxR7CKFNAMj5aXNOn2z6MqX8MxnI6rFa7CO2MOr1Hy5B09XYT/s1600/magicmike_4.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEwnnLiBepAUNQmsBCE8wNgxOU-WH6Tqy2nBWO8FPHyXJCwE9UpWH1qkZWCsGFdLqcYrN10YEvBhVdtx2CyrHC7ph2J-PmxR7CKFNAMj5aXNOn2z6MqX8MxnI6rFa7CO2MOr1Hy5B09XYT/s320/magicmike_4.jpg" width="219" /></a></div>
<span style="font-size: large; font-weight: bold;">"Magic Mike" </span>é um filme sobre alguns jovens que dançam e fazem striptease num clube de mulheres. O filme é um veículo para Channing Tatum (de "G.I. Joe" e "Querido John"), que é bonito e um incrível dançarino, e produz o filme. O elenco ainda conta com Matthew McConaughey ("EdTV"), Joe Manganiello (o Alcide da série "True Blood", subaproveitado) e Alex Pettyfer ("Eu sou o Número 4"). Aliás, elenco nunca é o problema em filmes de Steven Soderbergh (de "Traffic" e "Onze Homens e um Segredo"), mas aqui o diretor parece fora de contexto, tentando dar uma trama pesada e séria para um filme que funcionaria melhor como simples diversão. O roteiro também não ajuda, com associações moralistas dos strippers a drogas ou degradação. Ainda assim, o filme vale pelo que tem de entretenimento.<br />
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Minha Cotação: * * *<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7szX0ZC8aW1ScHXKf8e-jLAXFZqtkfnL8CeLdJhxFVXIZgOWiBzX_sFkd6pOhNkg7OsqmYX8WlZAUFQS3UpdaWN7x6ToEo_gVPxlln_ztU0kANuxP_HeFxS3Mzmg9ikm34PVzQxjB6PA_/s1600/moonrisekingdom_poster_02.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7szX0ZC8aW1ScHXKf8e-jLAXFZqtkfnL8CeLdJhxFVXIZgOWiBzX_sFkd6pOhNkg7OsqmYX8WlZAUFQS3UpdaWN7x6ToEo_gVPxlln_ztU0kANuxP_HeFxS3Mzmg9ikm34PVzQxjB6PA_/s320/moonrisekingdom_poster_02.jpg" width="233" /></a></div>
Assim como outros filmes de Wes Anderson ("Viagem a Darjeeling", "Os Excêntricos Tenenbaums") <span style="font-size: large; font-weight: bold;">"Moonrise Kingdom" </span>é um filme que privilegia uma estética diferente e personagens fora do comum. A filmagem que referencia os anos 60, a fotografia super colorida e até mesmo as atitudes dos personagens (bem como a interpretação dos atores, entre eles Bill Murray, Edward Norton e Frances McDormand), traz uma ingenuidade que encanta. Essa ingenuidade se reflete na história, de duas crianças que fogem de casa para viver um romance. A ingenuidade, assim como encanta, em excesso também acaba enjoando, mas a produção vale pela originalidade e justamente por resgatar uma beleza nessa inocência juvenil.<br />
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Minha Cotação: * * * 1/2<br />
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Fabio Pastorellohttp://www.blogger.com/profile/05936247608686166033noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7967332023794951180.post-55164200348719994722012-09-10T20:37:00.000-03:002012-09-14T12:40:29.778-03:00Bom Retiro, Satyricon e Morte<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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As últimas no teatro...<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjET3tOpvii2kaEdTddRlBJ3p0gT4OFVD1vl18lu0-fMDsQU6_ltxi_AE-UEq9YS3i9UVt5wz24qIfWGE1oF2ZDiJcni7SFfQG1k0oFx13T7DV87Znf8p_FcFvdKk1h5SgdTQdIQ3g3nISp/s1600/bom-retiro-958m.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="282" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjET3tOpvii2kaEdTddRlBJ3p0gT4OFVD1vl18lu0-fMDsQU6_ltxi_AE-UEq9YS3i9UVt5wz24qIfWGE1oF2ZDiJcni7SFfQG1k0oFx13T7DV87Znf8p_FcFvdKk1h5SgdTQdIQ3g3nISp/s320/bom-retiro-958m.jpg" width="320" /></a></div>
<b><span style="font-size: large;">'Bom Retiro 958 metros'</span> </b>é uma peça do grupo Teatro da Vertigem, responsável sempre por espetáculos em lugares diferentes do normal. Na peça "Apocalipse 1,11", toda a encenação acontecia dentro de um presídio e em "O Livro de Jó" em um hospital. Dessa vez, o grupo explora um shopping e as ruas do Bom Retiro. O painel é muito interessante, mostrando desde o desejo de consumo até a exploração de trabalhadores, passando ainda pela personagem de uma manequim defeituosa procurando emprego. O elenco é sempre eficiente e a direção parece aproveitar bem todo o potencial do elenco e dos lugares em que eles circulam. A peça também impressiona pela logística, já que envolve diversas interações com prédios da região e pelas ruas do bairro. Imperdível.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB_D7FEI_Df8_z93sDqcGGKt9H4J11IxPHnjwZvYgQ4g5ARZsEMrqGAPKdoSjQHydNXxG_2WaIdslH4Z4wmvGsO3LpBRHn9bfAVfFWm5Uht2Gd7XqtWqhybbop5Ad2qJ9OITbuRgLIb_ri/s1600/satyricon.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB_D7FEI_Df8_z93sDqcGGKt9H4J11IxPHnjwZvYgQ4g5ARZsEMrqGAPKdoSjQHydNXxG_2WaIdslH4Z4wmvGsO3LpBRHn9bfAVfFWm5Uht2Gd7XqtWqhybbop5Ad2qJ9OITbuRgLIb_ri/s1600/satyricon.jpg" /></a></div>
As peças do grupo "Os Satyros" em geral esbanjam sexualidade, como era o caso por exemplo de "Os 120 Dias de Sodoma". Por conta disso, parece natural que o grupo adapte a obra <span style="font-size: large;"><b>"Satyricon"</b></span>, que já virou filme de Frederico Fellini (1969), e que também conta com diversas cenas de sexo. A adaptação do grupo é visualmente forte, conta com diversas cenas impactantes e desenvolve uma emocionante história de um triângulo amoroso homossexual. A dramaturgia perde o ritmo e erra a mão em alguns momentos, mas no geral o espetáculo instiga e interessa.<br />
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<a name='more'></a><br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIX0iyNA3Bldi4NYiAAdaVnAu809g6QOs0i4lw_BRWO5o1kwSfDHEDP-Z9AydVU4LCspc8tSVHacPCQze4MhXv-2Bts1cb1pYQVMY73vgj7S5QZkQGBbYG9_5Juzg-FR5pBww_vCivKURg/s1600/A-doenc%CC%A7a-da-morte2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="305" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIX0iyNA3Bldi4NYiAAdaVnAu809g6QOs0i4lw_BRWO5o1kwSfDHEDP-Z9AydVU4LCspc8tSVHacPCQze4MhXv-2Bts1cb1pYQVMY73vgj7S5QZkQGBbYG9_5Juzg-FR5pBww_vCivKURg/s320/A-doenc%CC%A7a-da-morte2.jpg" width="320" /></a></div>
Em <b><span style="font-size: large;">'A Doença da Morte'</span></b>, acompanhamos dois personagens que vivem uma relação, em que parece nunca se encontrarem. Ele sofre da doença da morte, é incapaz de se relacionar ou estar com a mulher com inteiro. Enfim, o tema é interessante, uma pena que tenho muita dificuldade com peças muito abstratas, minha mente divaga para bem longe do texto. O que eu poderia esperar: Marguerite Duras, autora do texto, foi também roteirista de "Hiroshima Mon Amour", um clássico do cinema, que também prima por essa característica. Mas é uma peça bem encenada, com bons atores, que deve ser interessante para aqueles que conseguirem se envolver pelo texto.<br />
<br />
<i><span style="font-size: x-small;">Nota: Já saiu de cartaz. </span></i><br />
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7HpQWvM8fW9Vmw-3i-5cKX-LB4rQnuBY2WOCUrZOn1Bmlj7u_hkMuyhwf9grrm50v6yzMgHR8ZanrtNYUY8UQv74vs5hyrluaBwFQpn-9HFVTbPnoyW2ByBGg5DyE8tUBMLk1BpWpsHn5/s1600/bom-retiro-morbach-portella.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7HpQWvM8fW9Vmw-3i-5cKX-LB4rQnuBY2WOCUrZOn1Bmlj7u_hkMuyhwf9grrm50v6yzMgHR8ZanrtNYUY8UQv74vs5hyrluaBwFQpn-9HFVTbPnoyW2ByBGg5DyE8tUBMLk1BpWpsHn5/s320/bom-retiro-morbach-portella.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Uma mulher vaga pelo Bom Retiro, obsessiva por um<br />
vestido vermelho</td></tr>
</tbody></table>
<b><span style="font-size: large;">Tendo a rua como palco, Teatro da Vertigem celebra 20 anos com peça sobre o Bom Retiro</span></b><br />
<br />
Do UOL, em São Paulo<br />
<i><span style="font-size: x-small;">http://guia.uol.com.br/sao-paulo/teatro/noticias/2012/06/15/tendo-a-rua-como-palco-teatro-da-vertigem-celebra-20-anos-com-peca-sobre-o-bom-retiro.htm</span></i><br />
<br />
O que acontece no bairro paulistano do Bom Retiro quando o comércio fecha suas portas, as pessoas vão dormir e as ruas ficam desertas? É essa a investigação do Teatro da Vertigem, grupo teatral criado nos anos 1990 em São Paulo, em seu novo espetáculo, “Bom Retiro 958 metros”. A peça estreia na sexta-feira (15) e fica em cartaz até setembro, comemorando os 20 anos da trupe.<br />
<br />
A proposta do grupo é uma caminhada pela região, fazendo um “mergulho” nas memórias do bairro. O ponto de encontro é a Oficina Cultural Oswald de Andrade. De lá, o público será encaminhado ao local do espetáculo. Como a peça percorre lugares como corredores, há a um número máximo de pessoas que podem acompanhar o andamento das cenas. Os metros do título fazem referência ao trajeto percorrido.<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyBz4dVzwoVundHXmgV8-wkyOYRz-0UMeTMXirI_Cw6gSojrVdGJd28UvxrVB0bnE1IsaqIFcvm35lYri2pxp_rdQYKoR2Lkr-eLxtRXU7a3EchM0R98lDMU36oDnNPGPmA7Jq77L7G6jf/s1600/bom-retiro-958-flavio-morbach-portella.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyBz4dVzwoVundHXmgV8-wkyOYRz-0UMeTMXirI_Cw6gSojrVdGJd28UvxrVB0bnE1IsaqIFcvm35lYri2pxp_rdQYKoR2Lkr-eLxtRXU7a3EchM0R98lDMU36oDnNPGPmA7Jq77L7G6jf/s320/bom-retiro-958-flavio-morbach-portella.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Uma das principais personagens, que acompanhamos<br />
pelo shopping do Bom Retiro</td></tr>
</tbody></table>
Há pelo menos dois anos, o Teatro da Vertigem tem voltado sua atenção para o bairro paulistano, onde a imigração italiana foi intensa, que vive hoje principalmente do comércio. Antes do espetáculo, porém, o “estudo” da região ocorria em seminários e palestras que abordavam, entre outros assuntos, tensões geradas com a convivência de descendentes de italianos, bolivianos e coreanos.<br />
<br />
O "currículo" do Teatro de Vertigem é marcado pela exploração de espaços públicos. Em 1992, por exemplo, a primeira peça do grupo, "O Paraíso Perdido", foi encenada na Igreja Santa Ifigênia, centro de São Paulo.<br />
<br />
A produção recomenda ao público que chegue 15 minutos antes do início para a locomoção até o local do espetáculo. Se houver chuva, o espetáculo será cancelado.<br />
<br />
<span style="font-size: x-small;">Bom Retiro 958 Metros</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Quando: de 15 de junho até 30 de outubro; quinta a sábado às 21h, domingo às 19h</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Onde: Oficina Cultural Oswald de Andrade - Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro – São Paulo/SP (ponto de encontro)</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Quanto: R$ 30,00 (inteira)</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Mais informações: 011 3255 2713</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Venda de ingressos: Pelo telefone 11 40035588, pelo site www.ticketsforfun.com.br (não haverá venda no local)</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Lotação: 60 lugares</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Duração: 110 min (sem intervalo)</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Recomendação: 16 anos</span><br />
<br />
<b><br /></b>
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBWp6jC8x1o0GU_ASE0WXLn0z4PqNUXzGIOYXfTWq-0LtiqTXqck1WpQcDcTI3K4VFE-1UMEwP97BGz8X0QdqpItHGVNTK5AveZnmdzLveT-Si_xY4hD1ir4_sjy9SWzYL8RjFuCe5f2Bn/s1600/Bom-Retiro_La-Paz_0070_1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBWp6jC8x1o0GU_ASE0WXLn0z4PqNUXzGIOYXfTWq-0LtiqTXqck1WpQcDcTI3K4VFE-1UMEwP97BGz8X0QdqpItHGVNTK5AveZnmdzLveT-Si_xY4hD1ir4_sjy9SWzYL8RjFuCe5f2Bn/s400/Bom-Retiro_La-Paz_0070_1.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Caminhar pelas ruas do Bom Retiro, vazio e durante a noite,<br />
é uma das experiências que a peça proporciona</td></tr>
</tbody></table>
<b>Texto do programa</b><br />
<br />
<br />
<i><span style="font-size: x-small;">"Este trabalho tem como ponto de partida o desejo de fazer do espaço urbano um campo de experimentação artística. O que agora se compartilha com o público é uma criação dramatúrgica e cênica resultante da experiência de imersão do grupo, no bairro do Bom Retiro.</span></i><br />
<i><span style="font-size: x-small;"><br /></span></i>
<i><span style="font-size: x-small;">Na fase de preparação, deram-se os primeiros encontros de estudos teóricos e foram realizados três ciclos de palestras abertas ao público. Num segundo momento, as visitas de reconhecimento e as derivas, bem como as entrevistas e o trabalho prático, com improvisações e workshops, compuseram a etapa da pesquisa de campo.</span></i><br />
<i><span style="font-size: x-small;"><br /></span></i>
<i><span style="font-size: x-small;">Tal percurso foi revelando e, simultaneamente, delineando os principais eixos de investigação do trabalho: a moda, a imigração, o consumo e as relações de trabalho no contexto desse bairro que se destaca por exercer, ao longo de sua história, o papel de uma significativa porta de entrada da cidade. Uma área geográfica que, além de ser um lugar de passagem, se singulariza pela combinação e tensão entre as diferentes etnias que aqui permanecem e co-habitam, sobretudo judeus, coreanos e bolivianos.</span></i><br />
<i><span style="font-size: x-small;"><br /></span></i>
<i><span style="font-size: x-small;">À medida que se intensificava a vivência do grupo no bairro e essa experiência ganhava expressão em material cênico, tal fricção produziu esboços de personagens, imagens e situações que criaram o substrato dramatúrgico a ser desenvolvido na confecção do texto.</span></i><br />
<i><span style="font-size: x-small;"><br /></span></i>
<i><span style="font-size: x-small;">Neste espetáculo, que ao mesmo tempo é intervenção e deambulação cênica, o público se deslocará pelo bairro e com ele esperamos partilhar um pouco de nossas descobertas e de nossas incertezas."</span></i><br />
<i><br /></i>
<i><br /></i>
<br />
<div style="font-style: italic;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxluaVeASTt6xCYePpPeR0E4a5MJO6J1Y_X3XjHbRYSlAae5dWy8-PElPGZIq1JAfqGQNMYO3qU-c3KxR3ATvAoXGWbs8yH5bl_RkMLgpIcSP4cOzN_s5HTszIThf_ckaZjKttQDIQgvvr/s1600/satyrossaytiricon.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxluaVeASTt6xCYePpPeR0E4a5MJO6J1Y_X3XjHbRYSlAae5dWy8-PElPGZIq1JAfqGQNMYO3qU-c3KxR3ATvAoXGWbs8yH5bl_RkMLgpIcSP4cOzN_s5HTszIThf_ckaZjKttQDIQgvvr/s400/satyrossaytiricon.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Em 'Satyricon', o grupo Os Satyros cria <br />
um triângulo amoroso homossexual</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-size: large;"><b>Projeto Satyros Satyricon retoma trilogia sobre obra de Petrônio</b></span><br />
<br />
Michel Fernandes, do Aplauso Brasil/ iG (Michel@aplausobrasil.com)<br />
<br />
Projeto Satyros Satyricon está de volta<br />
<br />
SÃO PAULO – Atendendo a pedidos do público, a partir de hoje, está de volta o projeto Satyros Satyricon cuja proposta propõe um mergulho sobre a obra de Petrônio por meio da trilogia Trincha, Satyricon, a Peça e Suburra (CONFIRA O SERVIÇO AO FINAL DA MATÉRIA).<br />
<i><span style="font-size: x-small;"><br /></span></i>
<i><span style="font-size: x-small;">http://colunistas.ig.com.br/aplausobrasil/2012/08/11/projeto-satyros-satyricon-retoma-trilogia-sobre-obra-de-petronio/</span></i><br />
<br />
Em entrevista concedida ao Aplauso Brasil, Rodolfo García Vázquez fala mais sobre a trilogia.<br />
<br />
Aplauso Brasil – Como surgiu a ideia de encenar Petrônio?<br />
<br />
Rodolfo García Vázquez – Na verdade, desde a fundação do grupo tínhamos a questão do Satyricon. Logo em um dos nossos primeiros trabalhos, Saló Salomé, um crítico havia dito que a atmosfera do espetáculo lembrava o Satyricon de Fellini. Três anos atrás, durante uma temporada nossa no Rio de Janeiro, um espectador carioca nos lançou uma provocação. Ele comentou que a obra de Petrônio dialogava profundamente com algumas questões presentes no trabalho do grupo. Achamos interessante o desafio e começamos a encontrar a nós mesmos em Petrônio.<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNAM4PCR0jgigaJ9tBxsP7WHLVi669LMuqXfHY6aI0HrD7ikHhZdqHOb6dd7tVekYxcGbHuEfzgG2bFrfqgOPCA7Sp3ClycRXycd592Sf9K4x0JLrGPZeap4tFoiRYNRLVe1x33uRmd4Ky/s1600/satyrossatyricon-flavio_morbach_portella.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNAM4PCR0jgigaJ9tBxsP7WHLVi669LMuqXfHY6aI0HrD7ikHhZdqHOb6dd7tVekYxcGbHuEfzgG2bFrfqgOPCA7Sp3ClycRXycd592Sf9K4x0JLrGPZeap4tFoiRYNRLVe1x33uRmd4Ky/s320/satyrossatyricon-flavio_morbach_portella.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Em algumas cenas, a peça atualiza as <br />
questões do texto de Petrônio</td></tr>
</tbody></table>
AB – O que você e o grupo desejavam abordar que encontraram em Satyricon?<br />
<br />
Rodolfo García Vázquez – A questão da escravidão contemporânea, a luta pela sobrevivência, a busca desenfreada pelo prazer, as possibilidades inúmeras do amor… tudo isso vemos em Petrônio e em nós. Tentamos mais de cinco editais diferentes e todos nos negaram a possibilidade de fazer o trabalho. No final das contas, acabamos assumindo a montagem por nosso próprio risco.<br />
<br />
AB – Por que da divisão em três partes?<br />
<br />
Rodolfo García Vázquez – Nossa investigação inicial estava focada na performatividade. O trabalho se dirigia para algo bastante distante do texto de Petrônio. No entanto, havia algo de maravilhoso naquelas palavras tão antigas que também não poderíamos negar. Buscamos, assim, abordar o tema Satyricon através de três espetáculos distintos, formando uma Trilogia.<br />
<br />
AB – O que você pretende abordar em cada uma delas? Assistindo a uma dela é necessário assistir a todas para entender cada uma?<br />
<br />
Rodolfo García Vázquez – Uma dessas partes, Satyricon a peça, tem o formato do teatro tradicional, com a criação de personagens e situações, estabelecendo pontes entre o texto de Petrônio, a nossa realidade de Praça Roosevelt e os debates intensos da Sociedade do Espetáculo e do conceito de Multidão. Evaldo Mocarzel fez uma belíssima junção de todas estas discussões e nos proporcionou um texto de excepcional atualidade. Os dois outros espetáculos, no entanto, não tem a forma de teatro tradicional e buscam proporcionar ao espectador uma série de estímulos visuais, sonoros, corpóreos, para o levar a viver uma experiência teatral. Trincha é um espetáculo de 45 minutos composto por uma instalação cênica de 400 m² e 40 atores com ações simultâneas. O espectador visita a instalação e cria seu percurso estético durante esse tempo. A instalação trata da vida no Império globalizado de hoje, onde línguas e figuras se mesclam com as dificuldades de comunicação. Suburra parte da ideia de uma balada cênica. Suburra foi o maior bairro de prostituição da Antiguidade, e estava localizado em Roma na época de Petrônio. A ideia desta balada é a comemoração irônica da “ginástica para a libertação dos escravos do século XXI”. Através de performances, happenings, canções e danças multiculturais, público e atores constroem estes espetáculo único.<br />
<br />
AB – Essa encenação, também uma nova linha de pesquisa, coloca em recesso a pesquisa sobre o Teatro Expandido?<br />
<br />
Rodolfo García Vázquez – Ao contrario, um dos aspectos fundamentais da reflexão sobre o Teatro Expandido é justamente de que o teatro não pode mais se limitar às formas tradicionais. O diálogo com outras artes, em especial a performance, a dança e as artes visuais, está nos levando a investigar possibilidades novas de manifestações teatrais. Trincha e Suburra fazem parte dessa investigação. O teatro expandido também é um teatro líquido, que se molda a novas formas e possibilidades, em um mundo em que todas as fronteiras tornam-se mais e mais flexíveis.<br />
<div style="font-style: italic;">
<br /></div>
<div style="font-style: italic;">
<span style="font-size: x-small;">Satyros’ Satyricon</span></div>
<div style="font-style: italic;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div style="font-style: italic;">
<span style="font-size: x-small;">Trincha</span></div>
<div style="font-style: italic;">
<span style="font-size: x-small;">Sinopse: Uma instalação performática que reproduz a vida no submundo das grandes cidades. Um encontro de indivíduos conectados por redes e tecnologias em um sistema funcional e conectado</span></div>
<div style="font-style: italic;">
<span style="font-size: x-small;">Quando: sábados e domingo, às 20h</span></div>
<div style="font-style: italic;">
<span style="font-size: x-small;">Quanto: R$ 10,00 e R$ 5,00 (Estudantes, Classe Artística e Terceira Idade, Oficineiros dos Satyros e moradores da Praça Roosevelt)</span></div>
<div style="font-style: italic;">
<span style="font-size: x-small;">Lotação: 120 lugares</span></div>
<div style="font-style: italic;">
<span style="font-size: x-small;">Duração: 40 minutos</span></div>
<div style="font-style: italic;">
<span style="font-size: x-small;">Recomendação: maiores de 18 anos</span></div>
<div style="font-style: italic;">
<span style="font-size: x-small;">Temporada: de 11 de agosto a 25 de novembro</span></div>
<div style="font-style: italic;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div style="font-style: italic;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0haZkamKsrkqG43hZ2IJsmGD0tvlCkaEVmH46QEZcub3dPGlVoCzljkaG46Pxh3hu9aBSR8gnBWi4RX8JCGxmEjt0fh3xClyOMURvYcag2jawc2dpURpCxBALf1JtMrXFFwKixF2hq1J6/s1600/satyricon_stefano1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0haZkamKsrkqG43hZ2IJsmGD0tvlCkaEVmH46QEZcub3dPGlVoCzljkaG46Pxh3hu9aBSR8gnBWi4RX8JCGxmEjt0fh3xClyOMURvYcag2jawc2dpURpCxBALf1JtMrXFFwKixF2hq1J6/s320/satyricon_stefano1.jpg" width="320" /></a><span style="font-size: x-small;">Satyricon</span></div>
<div style="font-style: italic;">
<span style="font-size: x-small;">Sinopse: três ex-gladiadores formam um triângulo amoroso e fazem malabarismos para conseguir sobreviver. Os personagens frequentam do submundo às festas da elite romana se prostituindo e cometendo furtos, em busca da sobrevivência diária</span></div>
<div style="font-style: italic;">
<span style="font-size: x-small;">Quando: sábados e domingos, às 21h</span></div>
<div style="font-style: italic;">
<span style="font-size: x-small;">Quanto: sábados: R$ 30,00 / R$ 15,00 (Estudantes, Classe Artística e Terceira Idade); R$ 5,00 (moradores da Praça Roosevelt)</span></div>
<div style="font-style: italic;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div style="font-style: italic;">
<span style="font-size: x-small;">Domingos: R$ 20,00 / R$ 10,00 (Estudantes, Classe Artística e Terceira Idade); R$ 5,00 (moradores da Praça Roosevelt)</span></div>
<div style="font-style: italic;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div style="font-style: italic;">
<span style="font-size: x-small;">Lotação: 80 lugares</span></div>
<div style="font-style: italic;">
<span style="font-size: x-small;">Duração: 90 minutos</span></div>
<div style="font-style: italic;">
<span style="font-size: x-small;">Recomendação: maiores de 18 anos</span></div>
<div style="font-style: italic;">
<span style="font-size: x-small;">Temporada: de 11 de agosto a 25 de novembro</span></div>
<div style="font-style: italic;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div style="font-style: italic;">
<span style="font-size: x-small;">Suburra</span></div>
<div style="font-style: italic;">
<span style="font-size: x-small;">Sinopse: A festa dos escravos do Século XXI. Uma rave teatral em que o público é convidado a participar das performances dos atores. Assuntos relativos ao trabalho são proibidos.</span></div>
<div style="font-style: italic;">
<span style="font-size: x-small;">Quando: sábados, às 23 h</span></div>
<div style="font-style: italic;">
<span style="font-size: x-small;">Quanto: R$ 20,00 / R$ 10,00 (Estudantes, Classe Artística e Terceira Idade); R$ 5,00 (moradores da Praça Roosevelt)</span></div>
<div style="font-style: italic;">
<span style="font-size: x-small;">Lotação: 80 lugares</span></div>
<div style="font-style: italic;">
<span style="font-size: x-small;">Duração: 90 minutos</span></div>
<div style="font-style: italic;">
<span style="font-size: x-small;">Recomendação: maiores de 18 anos</span></div>
<div style="font-style: italic;">
<span style="font-size: x-small;">Temporada: De 11 de agosto a 25 de novembro</span></div>
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvOH__OLGWHeeuoPm_L9sJ-lcu7tiYqRI-7AnudqtGGpOqnwJbcraiwfeQoCX-3FxaxgmR0BPQGc1D-YGGZrB8XuLEGVmlRaorb28nyrcJgA7STrzhicnBkGcXWgpxScEMN3rE4cmwgk-9/s1600/doenc%CC%A7aSequence-01_2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvOH__OLGWHeeuoPm_L9sJ-lcu7tiYqRI-7AnudqtGGpOqnwJbcraiwfeQoCX-3FxaxgmR0BPQGc1D-YGGZrB8XuLEGVmlRaorb28nyrcJgA7STrzhicnBkGcXWgpxScEMN3rE4cmwgk-9/s320/doenc%CC%A7aSequence-01_2.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Paula Cohen e Eucir de Souza em cena da peça</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<span style="font-size: large;"><b>'A Doença da Morte' ganha adaptação para o teatro</b></span><br />
<span style="font-size: x-small;"><i>http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,a-doenca-da-morte-ganha-adaptacao-para-o-teatro,893448,0.htm</i></span><br />
<br />
A densidade e a poesia sobre a impossibilidade de amar, características da obra de Marguerite Duras (1914-1996), emergem sob o diálogo turbulento entre um casal na peça "A Doença da Morte", no Teatro Augusta, até 26 de agosto. Originalmente concebido como obra literária, o texto de 1982 já tinha a indicação da autora, nascida na Indochina (atual Vietnã), de pais franceses, e conhecida pelo romance autobiográfico "O Amante", para que fosse levado ao palco.<br />
<br />
Esta montagem foi concretizada graças ao esforço da produtora Lulu Librandi, que, há três anos, já havia produzido na cidade outro espetáculo da escritora, "A Música Segunda". Lulu convidou o diretor Marcio Aurelio para comandar a encenação de agora. Ele também é um apaixonado pela obra de Marguerite, desde quando, na juventude, assistiu a "Hiroshima, Meu Amor", filme de 1959, com direção do cineasta francês Alain Resnais e cujo roteiro é dela.<br />
<br />
"A Doença da Morte", traduzida por Vadim Nikitin, traz o embate amoroso entre um homem e uma mulher. Ela é contratada por ele para que lhe ensine a amar. "A personagem feminina detecta nele a doença da morte, que, para ela, é a incapacidade de amar, de conseguir se relacionar, de ver o outro, de estar com o outro, de não só se relacionar com os seus pequenos autismos pessoais", diz a atriz Paula Cohen, intérprete do papel. Paula divide o palco com o ator Eucir de Souza, em uma atuação que demonstra bastante intimidade do casal em cena.<br />
<br />
O ator diz que ficou impressionado com a identificação que o texto provocou nele e considera que todos temos, em algum grau, a "doença da morte". "Quando comecei a estudá-lo mais a fundo, percebi que trata de uma questão pertinente muito latente hoje, que é essa incapacidade de a gente ver o outro, amar e entender que ali tem uma vida e que aquela pessoa também tem suas vontades."<br />
<br />
E cabe ao espectador dar sua interpretação ao que vê neste duelo entre o masculino e o feminino. "São muitas ações na cena, absolutamente nada realista. É encantatório porque você sai daquele realismo típico dos anos 1950 e entra para um texto completamente novo, ainda absolutamente sensível à realidade de hoje", diz Marcio Aurelio. As informações são do Jornal da Tarde.<br />
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<br /><br /><br /><span style="font-size: large;"><b>Cidade Aberta</b></span><br />por Guilherme Conte<br /><br /><i><span style="font-size: x-small;">http://blogs.estadao.com.br/divirta-se/cidade-aberta/</span></i><br /><br /><br />Fotos: Patrícia Cruz<br /><br /><a href="http://blogs.estadao.com.br/divirta-se/files/2012/09/600-vertigem-1.jpg"><img src="http://blogs.estadao.com.br/divirta-se/files/2012/09/600-vertigem-1.jpg" /></a><br /><br /><br />Para que serve uma obra de arte? O homem discute isso há mais de três mil anos, e esta reportagem não pretende nem de longe responder a esta questão. Mas ela surge muito forte quando se assiste a Bom Retiro, 958 Metros, o novo espetáculo do Teatro da Vertigem, que estreou em junho, teve sessões esgotadíssimas e agora anuncia prorrogação até dezembro.<br /><br />A tarefa, afinal, é muito diferente da de ir assistir a uma peça ‘convencional’. O público tem que caminhar pelo (aparentemente) adormecido bairro até a porta de um shopping center. É lá que a ação começa. Depois, ganha-se a calçada e é feito um percurso, com cenas pelas ruas, fachadas e cantos – quando o espetáculo se confunde com a cidade. Até que se chega às ruínas de um antigo teatro abandonado, onde a peça termina.<br /><br />O mês de novembro marca os 20 anos de vida do Vertigem, companhia que sempre busca espaços aos quais a cidade virou as costas para criar: uma igreja, um hospital psiquiátrico, um presídio, o Rio Tietê. Mas, pela primeira vez, o grupo se lança a um desafio que está ligado às raízes mais primordiais do teatro – a rua.<br /><br />Acompanhamos mais de uma vez a peça, e conversamos com seus criadores para saber como nasce e é feito um espetáculo como esse; entender o trabalho de um grupo tão vivo e inquieto, filho inegável de São Paulo. E dono de um teatro que reúne excelência estética e procura intervir diretamente na cidade que o cerca e lhe dá origem.<br />
<br />
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<br /><a href="http://blogs.estadao.com.br/divirta-se/files/2012/09/600-vertigem-3.jpg"><img src="http://blogs.estadao.com.br/divirta-se/files/2012/09/600-vertigem-3.jpg" /></a><br /><br /><br /><br />No princípio, era um bairro: o Bom Retiro. Foi em 1998 que o Vertigem começou a se dedicar à criação da peça ‘Apocalipse 1,11’. O grupo passou cerca de um ano e meio ensaiando na Oficina Oswald de Andrade. “Estávamos o tempo todo no bairro. É impossível não ser atravessado por essa experiência”, explica o diretor Antônio Araújo. Assim, quando começaram a pensar no objeto da nova peça, o Bom Retiro surgiu como tema quase evidente.<br /><br />De fato, ele é um bairro com uma das histórias mais peculiares dentro da formação da cidade de São Paulo. Ao longo de décadas, o Bom Retiro recebeu ondas imigratórias de judeus de diversas nacionalidades (sobretudo do leste europeu), libaneses, árabes, coreanos, bolivianos, italianos, paraguaios, gregos e armênios, entre outros. O comércio fervilhante, notadamente de roupas e tecidos, também esteve sempre em sua base mais essencial.<br /><br />Hoje, talvez seu aspecto mais marcante seja o contraste entre o mar de gente que transita durante o dia e o deserto que impera por suas ruas à noite. Deserto, porém, só do lado de fora, porque por trás de muitas daquelas portas pessoas trabalham para confecções, em situação escrava ou perto disso. Isso faz do Bom Retiro cenário único na metrópole. E é desse complexo e multifacetado nó que a peça trata.<br /><br />O grupo mergulhou literalmente no bairro. Ensaios eram feitos nos mais diferentes horários, pelas ruas, para tentar compreender o Bom Retiro em suas diferentes faces. E, logo em sua primeira incursão, o ator Roberto Audio foi parar na cracolândia. “Isso foi o mais marcante pra mim de todo esse trabalho”, conta. Ele voltou lá diversas vezes e chegou a passar três noites entre os cracômanos. “Coisas que ouvi foram parar na fala do meu personagem.”<br /><br />E todas as figuras que aparecem na peça, oscilando entre contornos reais e uma aura espectral, nasceram ali: a consumidora obsessiva, os viciados, a manequim defeituosa que quer um emprego, as costureiras bolivianas. Todos estão na busca constante de alguma coisa. O shopping onde a peça começa aparece como lugar simbólico onde essas histórias se cruzam.<br />
<br /><br /><a href="http://blogs.estadao.com.br/divirta-se/files/2012/09/600-vertigem-dupla.jpg"><img src="http://blogs.estadao.com.br/divirta-se/files/2012/09/600-vertigem-dupla.jpg" /></a><br /><br /><br />
Mas, afinal, como fazer uma peça dessas na rua? O iluminador Guilherme Bonfanti conta que as soluções foram aparecendo durante o trabalho de campo. “Sempre pensamos na relação entre os materiais que vamos usar e o espaço em que estamos.” Foi assim que nasceu a (brilhante) ideia de fazer traquitanas para interferir nas próprias lâmpadas dos postes, ora apagando, ora criando impressionantes efeitos de cor. A caminhada rumo ao Taib vira uma experiência sensorial muito forte. Também foi assim que surgiu o carrinho utilizado para a projeção da trilha sonora, ao sair do shopping. Um híbrido entre futurismo e algo de besta de carga medieval (evocando às vezes a pintura de Hieronymus Bosch), ele reforça a atmosfera perturbadora, de pesadelo, que nos acompanha ao longo da peça.<br /><br />Só o fato de se andar por aquelas ruas à noite já faz desta peça um ato de retomada da cidade. Preste atenção nas falas da noiva. Ela fala de ruas antigas, de coisas que existiam ali. E, quando lê seu texto em cima da marquise de uma antiga sinagoga, onde hoje funciona uma sorveteria, fica evidente que suas palavras e o espetáculo como um todo dependem também do encontro entre o público e o artista, naquele local, para existir. Essa peça só existe ali, naquele lugar, naquele momento. Uma obra que só foi concebida porque a cidade virou as costas para aquele lugar. E o teatro dá a ele um novo significado.<br /><br />Alguns detalhes da encenação, visíveis ou invisíveis:<br /><br />Improvisos<br />A peça foi nascendo em improvisações dos atores pelas ruas, chamadas de ‘derivas’. Muita coisa foi criada: cenas, histórias, ideias, soluções para este ou aquele lugar. Foi a partir disso que o escritor Joca Reiners Terron, convidado pelo grupo, criou o texto do espetáculo. Ele foi ensaiado, testado e modificado pelo elenco e pelos atores durante os ensaios.<br /><br />Multiuso<br />Os atores desempenham diversos papeis ao longo do espetáculo: determinadas personagens, coros (cracômanos, um desfile de moda que acontece na rua, os consumidores que passam em diferentes momentos da peça). Há toda uma nova geração de atores no grupo, muitos deles jovens vindos de oficinas que aconteceram no Bom Retiro.<br /><br />Essenciais<br />Conforme o processo avançava, ficava clara a importância e a necessidade de contrarregras para as cenas nas ruas: para carregar caixas de som, fazer operações de luz e projeções de imagens, cumprir determinadas tarefas para que os atores pudessem se trocar e chegar a tempo em outro lugar. Preste atenção nos figurinos de Marcelo Sommer e na forma como os contrarregras foram trazidos pra dentro da cena. A presença deles remete a um manequim, mas também tem algo de fantasmagórico.<br /><br />Imprevisível<br />“A rua é tão pulsante, tão viva. Tudo parece gritar mais forte à nossa volta. E esse é o jogo”, diz a atriz Luciana Schwinden. Note como o trânsito reage ao irônico desfile de moda. Roberto Audio conta que já ganhou dinheiro de motoristas, já foi xingado e até já abriram a porta do carro para levá-lo a buscar ajuda. Esse é um dos grandes desafios para os atores, e também um dos lados mais fortes deste espetáculo – a condição de público é questionada o tempo todo. Qualquer coisa pode acontecer, a qualquer momento. É comum se perguntar: “isso faz parte da peça?”<br /><br />A Casa do Povo<br />Inaugurado em 1960, o Teatro de Arte Israelita Brasileiro, Taib, ocupa um lugar importante na memória de muitos paulistanos. A Casa do Povo abriu suas portas para inúmeras produções profissionais e amadoras. Quando o Vertigem começou a trabalhar ali, em ruínas, seus vizinhos eram ratos, morcegos e pulgas. A situação de penúria ainda é comovente, mesmo após as transformações operadas pelo grupo (os antigos ‘moradores’ foram embora com o agito). A parte final da peça é encenada nele, e entrar em seu interior é emocionante.<br /><br /><br /><a href="http://blogs.estadao.com.br/divirta-se/files/2012/09/600-vertigem.jpg"><img src="http://blogs.estadao.com.br/divirta-se/files/2012/09/600-vertigem.jpg" /></a><br /><br /><br />
Um pouco da trajetória do grupo:<br /><br />Impossível pensar na trajetória do teatro brasileiro recente – e na própria história das artes cênicas no Brasil – sem destacar o papel fundamental do Teatro da Vertigem. Criado em torno do diretorAntônio Araújo, com uma turma de artistas saída da ECA-USP, seu trabalho teve desde o início uma busca por espaços abandonados. A primeira montagem, em 1992, ‘Paraíso Perdido’, ocupou a Igreja de Santa Ifigênia, no centro de São Paulo. Essa maneira de trabalhar fez – e faz até hoje– o grupo enfrentar resistências. Nada que impeça que, ao lado dos que figuram no grupo há muito tempo – como o ator Roberto Audio, a diretora Eliana Monteiro e o iluminador Guilherme Bonfanti –, esteja nascendo uma nova geração de atores. Além disso, o Vertigem trabalhou com diferentes dramaturgos ao longo dos anos: Luís Alberto de Abreu, Fernando Bonassi e Bernardo Carvalho, por exemplo. A dimensão política de seu trabalho, para além da excelência estética, também é uma de suas marcas mais fortes. Alguns dos trabalhos mais marcantes do Vertigem:<br /><br />- Com dramaturgia de Luís Alberto de Abreu a partir do texto bíblico, O Livro de Jó (1995) era um visceral questionamento acerca das mazelas humanas por meio da peregrinação espiritual de Jó. A peça ocorria no Hospital Humberto Primo e marcou a ‘descoberta’ de Matheus Nachtergaele.<br /><br />- Obra que concluiu a Trilogia Bíblica do grupo (iniciada em 92 com ‘Paraíso Perdido’), Apocalipse, 1, 11 (2000) foi inspirada no Apocalipse de São João. Era encenada no Presídio do Hipódromo e tinha texto de Fernando Bonassi a partir de processo colaborativo com o grupo. A montagem foi ensaiada por meses no Bom Retiro, deixando ecos que voltaram agora, em ‘Bom Retiro, 958 Metros’.<br /><br />- Estreada em 2006, BR-3 marca talvez o ponto mais importante de inflexão na trajetória do grupo. Com texto de Bernardo Carvalho, a peça era realizada no Rio Tietê, e o público acompanhava a ambiciosa encenação de dentro de um barco. Com um final de temporada precoce e abrupto, o espetáculo representou um desgaste imenso para o grupo, que quase se desfez. Mas também marcou um salto em termos de reconhecimento internacional do grupo: no ano passado, ‘BR-3’ ganhou a Triga de Ouro, na 12ª Quadrienal de Praga, como melhor peça de teatro no mundo nos últimos cinco anos em termos de uso inovador da cidade como espaço cênico.<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />
</div>
Fabio Pastorellohttp://www.blogger.com/profile/05936247608686166033noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7967332023794951180.post-82982446771403268232012-09-06T12:01:00.001-03:002012-09-06T12:01:22.054-03:00Mostra celebra filmes da Retomada<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKWSPvync-bwnGHMekc0fNJN6k42dt84CY4i4_aACKsjTBbP6_C5D8C83pNwfC-hO31qlMHiRSBPzDLZikK5nTBX5cH8BPTOTrZjYwCVixUWTqxZz6vXAaSz8uRb4x3IjQPQd-B5ATnjDF/s1600/19857.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKWSPvync-bwnGHMekc0fNJN6k42dt84CY4i4_aACKsjTBbP6_C5D8C83pNwfC-hO31qlMHiRSBPzDLZikK5nTBX5cH8BPTOTrZjYwCVixUWTqxZz6vXAaSz8uRb4x3IjQPQd-B5ATnjDF/s320/19857.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"Carlota Joaquina", com Marieta Severo: marco histórico</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<b><span style="font-size: large;">Os primeiros 20 anos de uma bela história</span></b><br />
<i>O novo Espaço Itaú resgata o melhor da produção cinematográfica brasileira</i><br />
<span style="font-size: x-small;">06 de setembro de 2012 </span><br />
<br />
LUIZ CARLOS MERTEN - O Estado de S.Paulo<br />
<i><span style="font-size: x-small;">http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,mostra-celebra-filmes-da-retomada,926667,0.htm</span></i><br />
<br />
Antônio Brasileiro Jobim forneceu a trilha para a reinauguração do Espaço Unibanco, na Rua Augusta, agora rebatizado com a marca do novo patrocinador - virou Espaço Itaú. Como o filme exibido para convidados foi O Tom da Luz, segunda parte do díptico de Nelson Pereira dos Santos dedicado ao compositor - após A Música Segundo Tom Jobim -, o público só teve de sentar-se nas poltronas e relaxar. O próprio Nelson fez a apresentação e Adhemar de Oliveira disse esperar que o Espaço que agora surge esteja nascendo para 'mais 20 anos'.<br />
<br />
<br />
<a name='more'></a>Pode-se reclamar - e não é mera questão de gosto - do conceito clean que transforma o acesso às salas numa caverna escura, com predomínio do preto. No caso do Espaço, o pé-direito elevado do hall alivia um pouco a sensação de opressão que se pode ter, por exemplo, no Arteplex, no Shopping Frei Caneca. Feita a ressalva, os primeiros 20 anos dessa história que ajudou a revolucionar a exibição no País estarão sendo lembrados, a partir desta quinta-feira, 06, com uma mostra de 23 filmes brasileiros, todos pertencentes ao período que se iniciou com a chamada 'Retomada', em meados dos anos 1990. O filme símbolo dessa fase é Carlota Joaquina, Princesa do Brazil, de Carla Camurati. Como todos os demais, será exibido em película, quase como uma despedida - no momento em que Totalmente Inocentes se oferece como marco da nova etapa de projeção exclusivamente digital.<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPTvlpU-43qj4ouAzAJbrXT-pYWNbkxQFCbWrN4A40ch-NC3WuR1EHdqVbuaxx4uTxOGTp7noS_C3bJbwI8BNRKRCCS1Fp543gv2InSc0sadQAAQkbfDma1G6Suhr7CdfiipUTcnQyBn-y/s1600/terra-estrangeira.bmp" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="208" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPTvlpU-43qj4ouAzAJbrXT-pYWNbkxQFCbWrN4A40ch-NC3WuR1EHdqVbuaxx4uTxOGTp7noS_C3bJbwI8BNRKRCCS1Fp543gv2InSc0sadQAAQkbfDma1G6Suhr7CdfiipUTcnQyBn-y/s320/terra-estrangeira.bmp" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"Terra Estrangeira", um dos filmes da mostra</td></tr>
</tbody></table>
Vale reportar-se ao passado. A insanidade das medidas econômicas adotadas pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello praticamente varreram o cinema brasileiro do mapa. A produção brasileira resumiu-se aos curtas, feitos na cara e na coragem. Foi quando a atriz e diretora Carla Camurati fez seu (anti)épico sobre Carlota Joaquina, a história recontada como chanchada. Não havia sistema de distribuição e os exibidores se haviam esquecido de projetar filmes brasileiros. Carla pegou seu filme debaixo do braço e, num trabalho de formiguinha, como disse, foi de praça em praça, usando seu prestígio de atriz para vender a diretora (e o filme). O resultado é que fez história - Carlota ultrapassou 1 milhão de espectadores e provou que o cinema brasileiro era (é) viável.<br />
<br />
Carlota Joaquina abre hoje a programação e virão a seguir 21 filmes. A soma dá 22 e o 23.º será a cópia restaurada de Cabra Marcado para Morrer, de Eduardo Coutinho (o único que não pertence à Retomada). Cabra é o maior documentário do cinema brasileiro? Ou será Santiago, de João Moreira Salles, que integra a lista? Carlos Reichenbach, que morreu há pouco, será lembrado por Alma Corsária e há também Madame Satã, Baile Perfumado, Cidade de Deus (claro), Central do Brasil, Terra Estrangeira, Cronicamente Inviável, Sábado (de Ugo Giorgetti), Carandiru, Amarelo Manga, Bicho de Sete Cabeças, etc. Bela lista, mas Adhemar e o novo Espaço ficam devendo o maior filme da Retomada - Cinema, Aspirinas e Urubus, de Marcelo Gomes. Faltou película?<br />
<br />
MOSTRA ESPAÇO ANO 20<br />
Espaço Itaú de Cinema. Rua Augusta, 1.470, tel. 3288-6780.<br />
R$ 14/ R$ 22. Até 13/9.<br />
</div>
Fabio Pastorellohttp://www.blogger.com/profile/05936247608686166033noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7967332023794951180.post-53222354892665037672012-09-06T00:17:00.004-03:002012-09-06T00:18:14.956-03:00Embarque nas Narrativas de Viagem<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<b>Embarque nas narrativas de viagem</b><br />
Por Andréia Silva<br />
<i><span style="font-size: x-small;">http://www.saraivaconteudo.com.br/Materias/Post/47201</span></i><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV_0WVXQXNvBGPFN_7Ekn96HmklL8uozx8GXCI_sl4AeemLi04LqLIp7avbT-hcSSoHFJDur02JgVOgoSvapJ6QG4j0VSvRXuyRB25xK93sGU6LX9LzUonpKrveqU8qFeob5jS5Bs9samJ/s1600/Caravane_Marco_Polo.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="152" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV_0WVXQXNvBGPFN_7Ekn96HmklL8uozx8GXCI_sl4AeemLi04LqLIp7avbT-hcSSoHFJDur02JgVOgoSvapJ6QG4j0VSvRXuyRB25xK93sGU6LX9LzUonpKrveqU8qFeob5jS5Bs9samJ/s200/Caravane_Marco_Polo.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"As Viagens de Marco Polo", <br />
o pioneiro dos livros de viagem</td></tr>
</tbody></table>
"Grande é a diferença entre o turista e o viajante", já dizia a escritora Cecília Meirelles. "O primeiro é uma criatura feliz, que parte por este mundo com a sua máquina fotográfica a tiracolo, o guia no bolso, um sucinto vocabulário entre os dentes: seu destino é caminhar pela superfície das coisas”, disse ela. Para o segundo, guardou mais poesia. “O viajante é criatura menos feliz, de movimentos mais vagarosos, todo enredado em afetos, querendo morar em cada coisa, descer à origem de tudo, amar loucamente cada aspecto do caminho (...)”.<br />
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<a name='more'></a><br /><br />
Desde os tempos de Marco Polo – talvez o pioneiro da literatura de viagem em As Viagens de Marco Polo, onde revelou suas andanças por China e Índia, fato até hoje questionado por alguns historiadores – aos de George Orwell, Byron, Henry James e Charles Dickens, podemos também dividir os escritores entre turistas e viajantes. Os primeiros guardaram para si as memórias dos lugares por onde passaram ou usaram-nas de inspiração para outras histórias. Os segundos colocaram a jornada no papel nas chamadas narrativas de viagens.<br />
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Esses textos são em sua grande maioria de não ficção, com relatos autobiográficos e imersão do autor ou personagem nesse universo. Além disso, reúnem muita aventura e fantasia.<br />
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"É um texto que tem a descoberta do mundo, de personagens, de situações sociais, contextos históricos e, eventualmente, paisagens como o eixo central, a partir do deslocamento do autor ou protagonista para territórios diferentes do seu habitat normal", diz o professor da USP e cofundador da ABJL (Academia Brasileira de Jornalismo Literário), Edvaldo Pereira Lima, ao descrever uma das marcas do gênero: a descoberta.<br />
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Mas o que torna uma viagem tão rica? Na verdade, quase tudo. "A viagem está muito associada à descoberta de mundos inexplorados, desconhecidos; ao mesmo tempo, a viagem tem a ver com essa necessidade profunda de nos renovarmos. Intuitivamente, os bons autores de narrativas de viagens sabem dessas características. Por isso, oferecem textos que, muito mais do que um relato, entregam ao leitor vivências simbólicas, sensuais, sensórias de imersão na aventura da descoberta do que nos é estranho, diferente, distante", diz Edvaldo, que experimentou essa narrativa em seu livro Colômbia Espelho América, contando sobre a passagem pelo país sul-americano.<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8nCiYvkGDjE-l7Dek6-imnv93eMGY_TVJ1a6VaW6hpBVSFQC4vav7xMslh87N1BlAgQ2ggEG5KFfOyUFfL436fLpg-Cn0R_KPHuIQOi-m7Ly3OlF4UrKV4FNRy0y6HPpnhj_X4MtttgNf/s1600/jack_kerouac.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8nCiYvkGDjE-l7Dek6-imnv93eMGY_TVJ1a6VaW6hpBVSFQC4vav7xMslh87N1BlAgQ2ggEG5KFfOyUFfL436fLpg-Cn0R_KPHuIQOi-m7Ly3OlF4UrKV4FNRy0y6HPpnhj_X4MtttgNf/s320/jack_kerouac.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jack Kerouac</td></tr>
</tbody></table>
Para o leitor, o grande barato é se imaginar em tais aventuras e até, quem sabe, refazer os passos dos escritores-viajantes. Essa foi a ideia do autor carioca Dodô Azevedo, que, entre julho e setembro de 2003, atravessou os Estados Unidos com a fotógrafa Luiza Leite, refazendo a rota de Pé Na Estrada, de Jack Kerouac.<br />
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Já para os escritores, Edvaldo conta que o gênero oferece uma liberdade para que o autor utilize os mais diversos recursos do arsenal literário, e também na vivência, pois na maioria dos livros o escritor assume o papel de protagonista. “Escritores americanos jovens do século 19 já faziam de tudo para poder sair pelo mundo em busca de inspiração em países e regiões distantes, intuitivamente sabendo de como as viagens trazem temas, experiências, personagens e vivências”.<br />
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O resultado de algumas dessas experiências você vê abaixo. Embarque.<br />
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Um Adivinho Me Disse: Viagem Pelo Misticismo do Oriente, de Tziano Terzani<br />
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O best-seller do escritor italiano é um bom exemplo de que trocar o avião pelas viagens em estrada e no mar pode render muito mais histórias e descobertas. Foi o que o próprio Terzani fez neste livro, após ser aconselhado por um adivinho chinês a evitar percursos aéreos. “É um ótimo exemplo de que a viagem – e, portanto, a narrativa de viagem – pode ser uma aventura de grande transformação pessoal e de decisiva expansão de consciência e da autoidentidade”, diz Edvaldo.<br />
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Na Patagônia, de Bruce Chatwin<br />
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Em qualquer lugar que você procure, vai encontrar a seguinte definição para este autor: o escritor que mudou a história dos livros de viagem em língua inglesa. Jornalista de profissão, certo dia cansou-se da rotina e entregou uma carta de demissão com uma única frase: “Fui para a Patagônia”. Dessa viagem, Chatwin produziu um dos livros mais famosos do gênero, Na Patagônia, onde ele narra sua peregrinação do Rio Negro até Ushuaia, seu contato com os povos locais e lugares desconhecidos na região que, para muitos, não é nada mais do que “o fim do mundo”. Chatwin também escreveu ficções, mas, antes de morrer, em 1989, deixou outro livro de viagem: As Linhas da Canção, sobre sua peregrinação com os povos aborígenes da Austrália.<br />
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O Grande Bazar Ferroviário: De Trem Pela Ásia, de Paul Theroux<br />
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A Ásia descrita pelo escritor americano Paul Theroux pode não ser a mesma de hoje, 37 anos depois, claro. No entanto, os passos e os caminhos trilhados pelo autor a bordo de trens mostra como conhecer bons personagens e histórias. A obra conta a viagem de Theroux por 50 mil quilômetros de estradas de ferro, de Londres a Tóquio, passando por estações de trem luxuosas e precárias, e conhecendo personagens diversos, desde um traficante de ópio até um jovem que vivia perdendo suas conexões. Escreveu ainda outros livros de viagem, o suficiente para começar uma biblioteca do gênero só com os trabalhos do autor.<br />
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Pé na Estrada e Viajante Solitário, de Jack Kerouac<br />
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Kerouac talvez seja o autor mais pop de livros de viagem pelo seu Pé Na Estrada. Agora com uma adaptação no cinema, a obra do autor tornou-se um clássico beatnik. O livro, lançado em 1957, conta a jornada autobiográfica dos amigos Sal Paradise (o próprio Kerouac) e Dean Moriarty (o também escritor Neal Cassady) ao cruzarem os Estados Unidos. Seguindo a mesma ideia, contou suas aventuras pela Europa em Viajante Solitário.<br />
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Crônica Japonesa, de Nicolas Bouvier<br />
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Depois de passar por diversos lugares, como o Afeganistão, o Paquistão e a Índia, o escritor-viajante suíço de língua francesa parte para o Japão, país onde já havia estado. Volta nos anos 1955 e 1956 e escreve crônicas sobre suas experiências pessoais, recontando um pouco da história do país. Bouvier não registra suas viagens apenas em texto, mas também em fotos. Em 2007, a Pinacoteca de São Paulo recebeu uma mostra com as fotografias dele. As imagens foram feitas entre 1953 e 1955, durante uma viagem de Genebra ao Ceilão dirigindo um pequeno Fiat Topolino. O trajeto também foi retratado no livro L’Usage du Monde, em 1960.<br />
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Os Autonautas da Cosmopista, Julio Cortázar e Carol Dunlop<br />
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Em maio de 1982, Julio Cortázar e a mulher Carol Dunlop partiram de Paris para Marselha em um furgão. O plano era viajar durante um mês, fazendo paradas em todos os hotéis e restaurantes da estrada. A motivação da aventura? Queriam enxergar e perceber o que não vemos quando partimos para uma viagem na estrada. A regra, durante toda essa odisseia, era não sair nunca da autopista.<br />
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Cem Dias Entre o Céu e a Terra, de Amyr Klink<br />
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No Brasil, Klink é sem dúvida um dos grandes nomes de narrativas de viagem. No caso, aventuras marítimas. Já escreveu cinco livros. O mais conhecido é Cem Dias Entre o Céu e a Terra, o relato de sua primeira travessia do Atlântico Sul em barco a remo, apelidado por ele de 'lâmpada flutuante', realizada em 1984.<br />
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A Última Casa de Ópio, Nick Tosches<br />
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Publicada primeiro como reportagem na revista Vanity Fair, em 2000, a obra retrata uma viagem de Tosches, que sai de Nova York – já que o objeto desejado era impossível de ser encontrado lá – em uma busca inusitada pelo Oriente: quer encontrar uma tradicional casa de ópio.<br />
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Fabio Pastorellohttp://www.blogger.com/profile/05936247608686166033noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7967332023794951180.post-70724266468174951582012-09-04T15:02:00.003-03:002012-09-04T15:02:59.886-03:00Um Divã, A Arte e o Fim do Mundo<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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Aqui reunidos alguns filmes vistos recentemente: dois filmes com tramas românticas, mas que ganhariam mais se abordasse os temas interessantes propostos (o fim do mundo e o desenvolvimento de um artista), e uma comédia romântica que conta com elenco inspirado e consegue acertar tanto na trama romântica como nas possibilidades cômicas.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCTwJahSSIPikK_Mt99YJKdKvuYFfI00gS5jMe5JeQZMyDovEHDvKeiBOx3hBVVpvBkiedVtr4uPZ-eY5QEvATk0pp3StnCYnX9g6tCod4-zR-bQICQXozKGqyS2_GNy0mh3vLadnBZCia/s1600/procura-se-amigo-fim-do-mundo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCTwJahSSIPikK_Mt99YJKdKvuYFfI00gS5jMe5JeQZMyDovEHDvKeiBOx3hBVVpvBkiedVtr4uPZ-eY5QEvATk0pp3StnCYnX9g6tCod4-zR-bQICQXozKGqyS2_GNy0mh3vLadnBZCia/s320/procura-se-amigo-fim-do-mundo.jpg" width="216" /></a></div>
<b><span style="font-size: large;">"Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo"</span> </b>é o tipo de filme cujo tema empolga mais do que seu desenvolvimento. Quando vi o trailer, fiquei empolgado com a história de alguns personagens que devem lidar com o fim do mundo iminente. Apesar de contar o sempre ótimo Steve Carell e com a estranha mas talentosa Keira Knightley, o filme da roteirista e diretora estreante Lorene Scafaria não aproveita todas as possibilidades. A história se inicia quando Dogde (Carell) recebe a notícia do fim do mundo e é imediatamente abandonado pela esposa. A notícia começa a provocar diversas mudanças na rotina das pessoas, abordadas de forma cômica, porém comedida. A partir de certo ponto, o filme prefere se focar mais no aspecto romântico, o que enfraquece o inusitado da proposta inicial. É uma pena, teremos que aguardar outro filme que traga uma nova abordagem sobre o tema.<br />
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Cotação do Janela Indiscreta: * * *<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_QMyLs2JkoORty2yDKPaVDJ4O-qnraccDMMKh2-4RJrkim6Wea6kzARYZ6_m-hXPZX9kBce9NxsZc3Crstl5_Dw8Uz2CwuCyXwAnwtQrpWNSBZgBJML23ZCVX4va2TbtOjuMI7kXupGk4/s1600/A-Arte-da-Conquista-550x800.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_QMyLs2JkoORty2yDKPaVDJ4O-qnraccDMMKh2-4RJrkim6Wea6kzARYZ6_m-hXPZX9kBce9NxsZc3Crstl5_Dw8Uz2CwuCyXwAnwtQrpWNSBZgBJML23ZCVX4va2TbtOjuMI7kXupGk4/s320/A-Arte-da-Conquista-550x800.jpg" width="220" /></a></div>
<b><span style="font-size: large;">"A Arte da Conquista"</span> </b>traz o ex-ator mirim Freddie Highmore (de "A Fantástica Fábrica de Chocolates") no papel de George, um adolescente em crise, que não consegue encontrar motivação para seguir sua vida. Até conhecer Sally (Emma Roberts, de "Pânico 4"), uma colega de escola que se envolve com ele. George tem talento como desenhista e pintor, mas não consegue também se focar em seu talento. No decorrer do filme, é como se acompanhássemos o amadurecimento não somente emocional de George, mas também seu amadurecimento artístico. Para manter o filme num registro mais palatável ao grande público, o filme também conduz a trama romântica entre George e Sally, criando inclusive um triângulo amoroso com o orientador artístico de George, Dustin (Michael Angarano, de "Sky High: Super Escola de Heróis"). Enfim, novamente a subtrama amorosa tira foco do que o filme tinha de mais interessante, mas mesmo assim o filme mantém o interesse.<br />
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Cotação do Janela Indiscreta: * * *<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNDLIeHNYM99fXmm_KnhVTqESpPQOZm_ObUwJNxo_5MnyXri2Fv44wzFyCOo-Ocfc_UgJNFYHJw77Dj9VIJc7cikoFXAg9jofIamJVTeKUOlbPMo8JF8mH2hBnlnPtpsS4rJdWdRkzlljP/s1600/um-diva-para-dois-poster.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNDLIeHNYM99fXmm_KnhVTqESpPQOZm_ObUwJNxo_5MnyXri2Fv44wzFyCOo-Ocfc_UgJNFYHJw77Dj9VIJc7cikoFXAg9jofIamJVTeKUOlbPMo8JF8mH2hBnlnPtpsS4rJdWdRkzlljP/s320/um-diva-para-dois-poster.jpg" width="217" /></a></div>
<b><span style="font-size: large;">"Um Divã para Dois"</span> </b>é uma comédia dramática estrelada por Meryl Streep, que por si só já justifica qualquer filme. O diretor desse filme, David Frankel, é responsável também por uma das melhores interpretações da carreira de Meryl, em "O Diabo Veste Prada". Aqui ela interpreta uma dona de casa que procura ressuscitar o seu casamento, que caiu na rotina e na ausência de sexo. Por melhor que Meryl seja, quem rouba a cena mesmo é o marido rabugento dela, interpretado por Tommy Lee Jones. Durante o filme todo ficamos atentos a como ele irá reagir à terapia que os dois participam para tentar salvar o casamento. O filme ainda conta com Steve Carell, no papel do terapeuta. Além do elenco inspirado, o filme tem um roteiro esperto, que sabe aproveitar todas as possibilidades divertidas e emocionais da história, principalmente quando aborda as tentativas do casal de reanimar a vida sexual, até numa cena divertidíssima em que o casal tenta fazer sexo oral numa sala de cinema.<br />
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Cotação do Janela Indiscreta: * * * 1/2<br />
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Fabio Pastorellohttp://www.blogger.com/profile/05936247608686166033noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7967332023794951180.post-79491019793857863702012-09-02T21:49:00.002-03:002012-09-02T21:49:29.181-03:00Diferentes Modos de Pensar<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXuk436vIQMq1gwcFjSMU2U0f3QAlLMPv8IazfIwoOPhwGh-4aU-tLtL4AgM4AGOFCjAiDeY-MEJb73TjBgqA6dR2YdUXu_C90LLgDSglmlxXyYjnFWYi0d4sqMfZ50ZovpM61cN8Ixo_f/s1600/saletan-articleLarge.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="198" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXuk436vIQMq1gwcFjSMU2U0f3QAlLMPv8IazfIwoOPhwGh-4aU-tLtL4AgM4AGOFCjAiDeY-MEJb73TjBgqA6dR2YdUXu_C90LLgDSglmlxXyYjnFWYi0d4sqMfZ50ZovpM61cN8Ixo_f/s320/saletan-articleLarge.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Diferentes modos de pensar</td></tr>
</tbody></table>
O artigo não é recente (embora o tema seja), mas estava vendo TV e vi algo sobre esse livro "The Righteous Mind: Why Good People Are Divided by Politics and Religion" e resolvi pesquisar. A questão é: porque certas diferenças de opinião podem ser tão inconciliáveis? Vide questão do aborto, ou diferenças entre democratas e republicanos. Na verdade, o que o autor defende é que não somos tão racionais como pensamos ser. Na verdade até, defende o autor, muitas vezes temos convicções (criadas sem muito embasamento) e passamos a procurar informações para confirmá-las, ao invés de através de informações construir nossas convicções. Isso também é definido por 6 sentimentos básicos que possuímos ou não. <br /><br /><a name='more'></a><br /><b><span style="font-size: large;">Problemas morais</span></b><br /><span style="font-size: x-small;"><i>http://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/1077872-problemas-morais.shtml</i></span><br /><br /><b><span style="color: #e69138;">por Hélio Schwartsman 19/04/2012</span></b><br /><br />Por 8 votos a 2, o Supremo Tribunal Federal decidiu na semana passada que fetos anencefálicos podem ser abortados sem que essa ação configure crime. O acórdão vem com algumas décadas de atraso e nem resvala na questão realmente importante, que é a de determinar se a interrupção voluntária da gravidez, por qualquer motivo, deve ou não ser considerada um ilícito.<br /><br />
Venho já há vários anos defendendo que sobre seu corpo a mulher deve ser soberana. Organizei de forma quase sistemática meus argumentos numa trilogia de artigos publicados em 2010.<br />
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Hoje, gostaria de tratar da questão sob uma outra perspectiva. Por que a discussão sobre o aborto nos divide tanto? Por que alguns conservadores se sentem autorizados até a assassinar médicos que trabalham em clínicas de aborto, enquanto liberais não vemos nada moralmente errado no procedimento?<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNSgRFQNseUoK6syaEuUiwFxeIAknshxL8585l10YX6IC4FJVBbrbZShNH_yTMVoxA6cHcEKicj57Vqa4g9Dgjat9Q35CBNG8c9v3Vp3_phCmwcXMEAU1pLmUwexleKIzqVU24V2lUYCK3/s1600/Righteous-Mind.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNSgRFQNseUoK6syaEuUiwFxeIAknshxL8585l10YX6IC4FJVBbrbZShNH_yTMVoxA6cHcEKicj57Vqa4g9Dgjat9Q35CBNG8c9v3Vp3_phCmwcXMEAU1pLmUwexleKIzqVU24V2lUYCK3/s320/Righteous-Mind.jpg" width="201" /></a></div>
Quem lança luzes valiosas sobre esse e outros problemas é o psicólogo Jonathan Haidt, da Universidade de Virgínia, no recém-lançado "The Righteous Mind: Why Good People Are Divided by Politics and Religion" (a mente do justo: por que pessoas boas não se entendem em política e religião).<br />
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A primeira parte da resposta é quase tautológica. Essas questões nos dividem porque elas são morais, ou seja, são processadas num modo de pensamento que é diferente dos demais. Decidir sobre a licitude do aborto não está no mesmo plano de decidir qual prato do cardápio eu vou pedir esta noite.<br />
<br />
Haidt mostra de forma divertidíssima e didática o que há por trás da moral. Antes de prosseguirmos, leia as três historietas abaixo e monitore seus sentimentos:<br />
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1) O cachorro de uma família foi atropelado e morreu. Seus donos tinham ouvido dizer que carne de cachorro era deliciosa, então cortaram o ex-melhor amigo em pedacinhos, cozinharam e se fartaram no jantar. Ninguém os viu se banqueteando. Eles fizeram algo de errado?<br />
<br />
2) Toda semana, o sujeito vai ao supermercado e compra um frango inteiro. Só que, antes de levá-lo à panela, aproveita o orifício do bicho para fazer um pouco de sexo. Em seguida, o cozinha e come. Há mal nisso?<br />
<br />
3) Julie e Mark são irmãos. Eles estão em férias da universidade, fazendo uma viagem pela França. Uma noite, sozinhos num bangalô à beira da praia, decidem que seria legal e divertido se fizessem amor. Julie já estava tomando pílulas anticoncepcionais, e Mark resolveu que usaria também uma camisinha, só para garantir... Os dois fazem sexo e gostam da experiência. Combinam de mantê-la em segredo e jamais repeti-la. O que você acha disso? O que eles fizeram é correto?<br />
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A maioria das pessoas não consegue evitar pelo menos algum desconforto ao ler as historinhas, mesmo que elas não tenham produzido vítimas nem danos objetivos. Haidt as chama de violações inofensivas a tabus. Parte da pesquisa que as produziu foi realizada no Brasil, nos anos 90.<br />
<br />
Mas recuemos alguns anos, mais especificamente para a Idade da Pedra, quando nossos cérebros foram forjados. Ali, cada membro do bando era, ao mesmo tempo, um aliado indispensável e um concorrente impiedoso. Para navegar em meio a essa e outras ambiguidades sociais, acabamos desenvolvendo nosso senso moral.<br />
<br />
Segundo Haidt, ele pode ser decomposto em seis sentimentos básicos: proteção, justiça, liberdade, lealdade, autoridade e santidade (pureza), que constituiriam uma espécie de tabela periódica do instinto moral. O mapa ético de cada indivíduo seria uma combinação de diferentes proporções desses "ingredientes".<br />
<br />
Com base em milhares de questionários respondidos online no site yourmorals.org , o autor sugere que as visões de mundo de liberais e conservadores vêm em diferentes "blends". Enquanto os primeiros se focam nas noções de proteção, justiça e liberdade, os segundos operam com essas três categorias mais as de lealdade, autoridade e santidade (ou pureza).<br />
<br />
Na questão específica do aborto, bem como a da maioria dos problemas bioéticos, é a noção de santidade/pureza que faz toda a diferença e determina as guerras culturais. Como os liberais praticamente ignoramos essa categoria, decidir sobre o aborto nada mais é do que definir a partir de quando o feto conta um sistema nervoso desenvolvido o suficiente para sentir dor e deve, portanto, ter seus interesses protegidos pelo Estado. Antes disso, ele é uma maçaroca de células sem nada de excepcional.<br />
<br />
Para os conservadores, entretanto, que obtêm pontuações altas no quesito santidade, toda vida carrega, "ab ovo", algo de especial. As intuições morais do conservador são tais que ele não consegue deixar de sentir o aborto como nós liberais nos sentimos em relação ao assassinato de um inocente qualquer.<br />
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Nas sociedades ocidentais industrializadas em que vivemos, eu creio que o único caminho é dar o máximo possível de autonomia ao indivíduo. Os valores, religiões e experiências das pessoas não são os mesmos. Como é praticamente impossível chegar a um denominador comum, o melhor (a única regra universalizável) é deixar que cada um fixe o seu. O limite é o do dano concreto a terceiros e, para efeitos de definir o que é um terceiro, nos termos do direito civil, a personalidade jurídica só surge no nascimento com vida.<br />
<br />
Sei que é arbitrário, mas quase tudo o é. Vale lembrar que nossos códigos de normas já isentam de pena alguns tipos de homicídio, como aqueles cometidos em legítima defesa ou no estrito cumprimento do dever. O aborto seria mais um desses casos.<br />
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É claro que essa não é uma decisão sem custos. Voltando a Haidt e "The Righteous Mind", o autor considera que os conservadores estão em vantagem. Eles podem não ser tão bons como os liberais para detectar injustiças e defender os oprimidos, mas são seus valores "exclusivos" que promovem a coesão de grupos e azeitam os vínculos comunitários. Um mundo totalmente liberal seria um lugar bem mais solitário e egoísta, ainda que mais funcional e justo.<br />
<br />
Outro ponto a favor dos conservadores é que, como se utilizam de todas as seis fundações morais enquanto nós liberais só mobilizamos de verdade três delas, eles têm muito mais facilidade para entender o que vai nas nossas cabeças do que nós nas deles.<br />
<br />
Segundo Haidt, o mundo precisa de ambas as visões. Enquanto a moral conservadora dá a cola que une a sociedade, mesmo que à custa da exclusão de minorias, a ética liberal a mantém aberta a inovações e busca reparar as piores injustiças.<br />
<br />
Como cada grupo fala idiomas diferentes (embora os conservadores arranhem um liberalês, muito a contragosto), estamos fadados a não nos entender. Pensamos e sentimos sob parâmetros diferentes. Isso significa que o debate raramente será produtivo. Apenas em casos excepcionais os argumentos de um lado levarão um legítimo representante do outro a mudar de ideia. No fundo, as discussões servem mais para que bons debatedores possam exibir suas virtudes lógico-oratórias a membros de seu próprio grupo. "Vanitas vanitatum omnia vanitas."<br />
<br />
Para tornar as coisas ainda um pouquinho mais difíceis, cada indivíduo tem o "mix" de intuições que tem (e que faz dele conservador, liberal ou centrista) menos por causa de interesses escusos e opções ideológicas e mais por causa da genética. Estudos com gêmeos e adotados mostram que algo entre 33% e 50% das atitudes políticas de um indivíduo são determinadas por genes.<br />
<br />
Apesar disso tudo, Haidt defende que é possível tornar o diálogo liberais-conservadores mais civilizado. Seres humanos, mesmo os ultraliberais, foram feitos para ligar-se uns aos outros e viver em grupos. Se há um campo em que suas ideias parecem inconciliáveis, é só voltar-se para outra esfera e nela procurar valores comuns.<br />
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Se eu não me entendo com um padre sobre o aborto, podemos conversar sobre futebol. Há uma boa chance de ele ser corintiano, hipótese em que a redenção estará assegurada.<br />
<br />
Brincadeiras à parte, Haidt sugere que a acrimônia entre democratas e republicanos nos EUA se deve ao fato de que, de alguns anos para cá, os congressistas deixaram de mudar-se para Washington, preferindo manter suas famílias nos Estados e voltar para lá nos fins de semana. Com isso, pararam de frequentar as mesmas festas que seus adversários e ver seus filhos brincarem juntos. As interações sociais desapareceram e só ficaram as diferenças ideológicas. E isso é um problema.<br />
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-----------<br />
Hélio Schwartsman é bacharel em filosofia, publicou "Aquilae Titicans - O Segredo de Avicena - Uma Aventura no Afeganistão" em 2001. Escreve na versão impressa da Página A2 às terças, quartas, sextas, sábados e domingos e às quintas no site.<br />
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Fabio Pastorellohttp://www.blogger.com/profile/05936247608686166033noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7967332023794951180.post-1100346479516315302012-09-02T17:56:00.000-03:002012-09-02T17:56:16.703-03:00E Aí... Comeu? e À Beira do Caminho<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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O tempo passa e acabo esquecendo ou ficando sem tempo de comentar alguns filmes que assisti, então vou comentar esses dois filmes brasileiros nesse mesmo post.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbpjIa-63plwnxIac2yzNmqUWMffGyh-TAaRb3CH4PN1U4Qo9HUa_KlkU_BwYXBXLBzrX-TLG9MapX8qXjsDGSqNNRChkuI1PfE8IIPJKTY8kG-vB70S_-_C5AM7DM5huZ_7wFTVPVtZFw/s1600/Eaicomeu-poster.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbpjIa-63plwnxIac2yzNmqUWMffGyh-TAaRb3CH4PN1U4Qo9HUa_KlkU_BwYXBXLBzrX-TLG9MapX8qXjsDGSqNNRChkuI1PfE8IIPJKTY8kG-vB70S_-_C5AM7DM5huZ_7wFTVPVtZFw/s320/Eaicomeu-poster.jpg" width="215" /></a></div>
<b><span style="font-size: large;">"E Aí... Comeu?"</span></b> é uma comédia divertida, baseada em peça de teatro de Marcelo Rubens Paiva. O filme tem bons diálogos e algumas cenas divertidas, principalmente aquelas em que o trio principal de atores: Marcos Palmeira, Emílio Orciollo Neto e Bruno Mazzeo, conversam num bar sobre suas vidas amorosas e sexuais. As conversas divertidas e que parecem não levar a lugar nenhum são o melhor ponto do filme. Na tentativa de adaptar a peça de teatro para o cinema, o roteiro procurou criar histórias românticas para os seus personagens, que soam caretas comparadas às conversas de bar. A pior história é com certeza a que envolve uma suposta traição de Dira Paes com o marido Palmeira. De qualquer forma, o filme vale pelas cenas divertidas que apresenta que, ao contrário de algumas comédias brasileiras recentes, não são apelativas. Aliás, falar de sexo sem ser apelativo é realmente algo a se valorizar.<br />
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Cotação do Janela Indiscreta: * * *<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUVNuZuWlRIz2gPYATPLrBMIGFsWPO83YABlrGuIOczLKzMeTSvwPHg08oIP4_bWp2VeLlVI1RDWOCwxzgsaO2AvwbbLvdUmZUE4rr_sOwl9kKlQdTWWag27CpdNOAif7PBDFcIdRRKgu7/s1600/a%CC%80+beira+do+caminho.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUVNuZuWlRIz2gPYATPLrBMIGFsWPO83YABlrGuIOczLKzMeTSvwPHg08oIP4_bWp2VeLlVI1RDWOCwxzgsaO2AvwbbLvdUmZUE4rr_sOwl9kKlQdTWWag27CpdNOAif7PBDFcIdRRKgu7/s320/a%CC%80+beira+do+caminho.jpg" width="216" /></a></div>
<b><span style="font-size: large;">"À Beira do Caminho"</span></b> é um filme de Breno Silveira (responsável pelo sucesso "2 Filhos de Francisco") que lembra muito o inesquecível "Central do Brasil", de Walter Salles. No filme de Silveira, um caminhoneiro amargurado (João Miguel, ótimo como sempre) tem que conviver com um menino, que irá transformar sua vida e amolecer seu coração. O filme consegue emocionar em alguns momentos, conta com um ótimo elenco (em que se destaca também Dira Paes) e a trilha sonora é pontuada por músicas de Roberto Carlos (não sei dizer exatamente se aqui isso é um ponto positivo ou negativo, pois as músicas não acrescentam muito aos momentos emotivos do filme). É um filme competente, um road movie com boas locações pelo Brasil (incluindo até minha querida Chapada Diamantina) mas nada imperdível.<br />
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Cotação do Janela Indiscreta: * * *<br />
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Fabio Pastorellohttp://www.blogger.com/profile/05936247608686166033noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-7967332023794951180.post-88660292368009021802012-09-02T17:29:00.000-03:002012-09-02T17:32:51.296-03:00Nós Precisamos mais do que só o Glee<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXPpmxQVkEmmK6VXJZ5Fr2Ygya88kpWdhtVPHoylKa54TPOyCJu-t4COn7EfY83UilAf6hmV1h4np8HP5gw7rMahaEMV_J5yTEnSG-zXrwlnA5cc6eiPCPjLYgOFVYoN1itHwGsk-QImH7/s1600/glee10.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXPpmxQVkEmmK6VXJZ5Fr2Ygya88kpWdhtVPHoylKa54TPOyCJu-t4COn7EfY83UilAf6hmV1h4np8HP5gw7rMahaEMV_J5yTEnSG-zXrwlnA5cc6eiPCPjLYgOFVYoN1itHwGsk-QImH7/s320/glee10.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Blaine and Kurt, personagens gays do seriado Glee</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-size: large;">We Need More Than Glee</span><br />
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<span style="font-size: x-small;"><i>http://www.huffingtonpost.com/Amelia/we-need-more-than-glee_b_1836158.html</i></span><br />
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<i>Nos últimos anos, mais e mais programas têm incluído personagens gays, o que é uma boa coisa. Nós temos Glee, Modern Family, Smash, Pretty Little Liars, American Horror Story e muitos outros. Mas de todos esses programas de TV, o único que meu filho pode assistir (por causa do aviso parental) é Glee. Quando meu filho de 7 anos de idade me disse que ele é gay, a última coisa que eu pensei foi sobre televisão. </i><br />
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<a name='more'></a>In the past few years more and more shows have included gay characters, which is a very good thing. We have Glee, Modern Family, Smash, Pretty Little Liars, American Horror Story, and many others. But of all those shows, the only one my kid is allowed to watch (and that's with some parental prescreening) is Glee.<br />
<br />
When my 7-year-old son announced to us that he is gay, the last thing I thought about was television. I thought about school, bullies, and making sure he was kept away from the truly awful things said about LGBT people. But as he has continued to hold firm to this identity, I have become aware of the lack of gay characters in the television shows and movies he likes to watch.<br />
<br />
All the Disney princesses marry princes. Pixar movies have married people, moms and dads, all over the place. Even the robots are matched up in obviously opposite-gender pairs. All the preteen sitcoms have girls chasing after boys and vice versa. If there is a character who has stereotypically "gay" mannerisms, that character is used for a laugh and not a lot else.<br />
<br />
Those cartoons that actually should have gay characters have been effectively "straight-washed." The popular comic X-Men has had gay characters for quite a while, but when it's adapted to television, none of the characters is anything but heterosexual. When Mystique and Destiny are included, they are no longer long-term lovers but "best friends." Northstar isn't portrayed as gay, even though he was one of the first out LGBT characters in American comics.<br />
<br />
Even the cartoons brought over from Japan and marketed to children have been "straight-washed" for Western audiences. In Dragon Ball any mention of the orientation of the gay character, General Blue, is censored. And Sailor Moon, which has no less than seven LGBT characters in the original version, has none in Western version. Some characters' genders have actually been changed, and the lesbian couples are now "cousins," and old classic. The only LGBT character I could find that made it through was a minor character in Dragon Ball Z.<br />
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As a mother, this concerns me. I have heard many gay and lesbian adults talk about what it was like to grow up with no media representation. It created feelings of isolation. It reinforced the notion that they were "other." And many thought that because they weren't mentioned, they must have been something secret, something bad. While my own child might be an extreme example, children are coming out younger and younger. It's increasingly common for children to come out at 12 or 13 years old. And what does TV present them? Only Glee.<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvQkaKuGhx5O319_0YtE096tRA5-bV7gBFwKb23EcDluvtXaoqJaZ_QnKCFBOMA8wEqPp18emMF4-hZf4Tfwta7-bigFXl5GwzME4TPK3vIFtnwZ8R9-BuV34AsDlf0wqOKOAxKoOnR-q9/s1600/paraNorm.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvQkaKuGhx5O319_0YtE096tRA5-bV7gBFwKb23EcDluvtXaoqJaZ_QnKCFBOMA8wEqPp18emMF4-hZf4Tfwta7-bigFXl5GwzME4TPK3vIFtnwZ8R9-BuV34AsDlf0wqOKOAxKoOnR-q9/s320/paraNorm.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Personagem da animação ParaNorman</td></tr>
</tbody></table>
But last weekend my two older sons and I went to the theater to see ParaNorman. It is a stop-action movie with witches and zombies -- all things my kids love. The movie is about how no one is totally what they appear to be. (SPOILER ALERT!) The chubby, silly kid is the bravest and most courageous of the bunch; the zombies aren't bad guys; and the big, muscled jock, Mitch, is gay. That character's orientation is only mentioned at the end of the movie, almost in passing. One of the female characters asks Mitch if he'd like to go to the movies with her, and Mitch says, "Sure." He then adds that he thinks she'd love his boyfriend. The girl looks disappointed, and the movie moves on to other things.<br />
<br />
To some people this may not seem like a big deal, but to me it was huge. Here's this character, who is basically the stereotypical jock, but in this movie, this kid's movie, he's also gay. It isn't presented with a "very special episode" vibe. It isn't something hidden. It isn't something Mitch is in turmoil about. It just is.<br />
<br />
While stories of coming out and dealing with bullying are important for kids to see, they are not the only stories for LGBT characters. ParaNorman is a movie about a group of kids, and one of those kids just happens to be gay. I would love to see youth-oriented television and movies follow this example and expand upon it. Imagine what it would have meant to gay adults (who were all once gay kids) to have had a gay character on Saved by the Bell, Facts of Life, or He-Man, a gay character who was just one of the gang and a regular part of the story. Why can't iCarly or Drake & Josh have a gay kid in the mix? I think they should, because visibility matters.<br />
<br />
Thank you, Universal Studios, the company responsible for ParaNorman. This is a good start. Now is the time for those television and movie makers who care about equality to show equality, to put their money, time, and effort into making it better for LGBT kids. Help me teach my son that he is perfect just the way he is, because a mother's voice alone just isn't enough.<br />
<br />
In the car on the way home from the theater, I asked my kids about their favorite parts of the movie. They both loved the creepy and spooky scenes and agreed Norman was their favorite character. There was no mention of Mitch. Then, about 10 minutes later, my older son piped up from the back seat.<br />
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"Mom? Can I get that Kurt shirt?" he asked.<br />
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"What shirt?" I replied, hoping I wouldn't have to figure out how to find designer knock-offs in kids' sizes.<br />
<br />
"The T-shirt, mom. The one that says 'Likes Boys.'"<br />
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"Oh." I paused for a second. "Sure, sweetie. We'll look online when we get home."<br />
<br />
Now, I don't know if seeing ParaNorman really had anything to do with that request. Maybe it did, maybe it didn't. But either way, my kid is getting a new shirt.<br />
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Fabio Pastorellohttp://www.blogger.com/profile/05936247608686166033noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7967332023794951180.post-19139793932827115352012-09-01T00:54:00.000-03:002012-09-01T00:54:45.480-03:00A restauração desastrosa que virou "arte"<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVo7GXYoL8Oizc7dDUNBed_aw59tvftC-c-VIG8jarsRXp4NkMCix4F2PyJqyGBIwd1NJHVCDrEKnyD2gdUdurYEXpFfo020cd1FDqI3hJL1TP88Tdud06SkQxyU89gecOjDLyuJZNRs02/s1600/jesus-painting.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="189" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVo7GXYoL8Oizc7dDUNBed_aw59tvftC-c-VIG8jarsRXp4NkMCix4F2PyJqyGBIwd1NJHVCDrEKnyD2gdUdurYEXpFfo020cd1FDqI3hJL1TP88Tdud06SkQxyU89gecOjDLyuJZNRs02/s320/jesus-painting.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"Ecce Homo" restaurado</td></tr>
</tbody></table>
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<b><span style="font-size: large;">Cópia infiel</span></b><br />
<i>Pai, perdoai a Cecilia. Ela não sabe como se faz...</i><br />
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26 de agosto de 2012<br />
<i><span style="font-size: x-small;">http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,copia-infiel,921837,0.htm</span></i><br />
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JULIANA SAYURI - O Estado de S.Paulo<br />
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Ops! Essa é a primeira impressão ao contemplar o afresco Ecce Homo, do pintor espanhol Elías García Martínez (1858-1934), "restaurado" amadoramente por Cecilia Giménez, uma senhorinha octogenária que conquistou fama internacional instantânea nessa semana. Talvez ela esperasse reações elogiosas como um belo voilà! ou um pomposo bravo! Predominaram, porém, feições boquiabertas: de um lado, artistas e carolas escandalizadas com o rosto de Jesus Cristo desfigurado a ponto de se assemelhar a um simpático macaquinho; de outro, trendsetters fanfarrões e leigos animados com os chistes espirituosos espalhados nas redes sociais mundo afora.<br />
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<a name='more'></a><br /><br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUag97_JbLCxEqxoBT8QagWVB662Tj4ojIwIGTxwdU5d6NFpbNC6FjAszY2Q4Hy9DXa4wP7aMOuMt1mSKnbNfhAXi9Tj2U84093Uxg2DPWxAPe9oYqswaueSsGOkm0xMZL-spjwoRl5_S8/s1600/images.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUag97_JbLCxEqxoBT8QagWVB662Tj4ojIwIGTxwdU5d6NFpbNC6FjAszY2Q4Hy9DXa4wP7aMOuMt1mSKnbNfhAXi9Tj2U84093Uxg2DPWxAPe9oYqswaueSsGOkm0xMZL-spjwoRl5_S8/s1600/images.jpeg" /></a></div>
Cecilia Giménez nem imaginava o furor que Ecce Homo iria causar. Ela viu o afresco do século 19 esquecido no Santuário de Misericórdia de Borja, cidadezinha de uns 5 mil habitantes na Província de Zaragoza, nordeste da Espanha. Queria dar mais cor à catedral. A pintura mural de 50 x 40 centímetros estava ali, a poucos metros de sua casa, deteriorado entre fendas e salitres. Na melhor das intenções, decidiu restaurá-lo, sem pedir autorização. Ora, Borja, por que não?<br />
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Mas Cecilia errou a mão. Ela começou timidamente pela túnica vinho, mas depois passou para o pescoço e transformou a barba e a coroa de espinhos de Jesus em uma carapuça felpuda, quase um sfumato de Da Vinci sobre um retrato dos monstrinhos Ewoks, de Guerra nas Estrelas. À primeira vista, os conterrâneos pensaram que um vândalo tivesse tripudiado sobre o mural, quiçá em protesto contra a arte sacra. Mas a trama foi revelada pelo Centro de Estudios Borjanos: um emissário visitou a igreja e descobriu o painel, digamos, neovanguardista.<br />
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Juan María Ojeda preferiu outra expressão: "Destrozado", disse o conselheiro de cultura da cidade, sem dó nem piedade. Nessa semana, a historieta borjana invadiu imprensa internacional, Facebook e Twitter. E o Ecce Homo se tornou um fenômeno pop, pitoresco símbolo de uma street art da terceira idade. Anônimos fizeram versões do quadro com personagens como Chewbacca, Homer Simpson, Monalisa, Pussy Riots e Shrek, entre outros. Imprimiram o semblante bizarro nas crateras de Marte fotografadas pelo Curiosity e nos apóstolos do clássico A Última Ceia, de Da Vinci. Deram ilustre e divertidíssima fama ao afresco zaragozeño.<br />
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Nessas brincadeiras, majoritariamente inocentes, Cecilia arrebatou milhares de fãs. O madrilenho Javier Domingo fez até uma petição para manter o Ecce Homo tal qual reinterpretara a amadora, aliás, a "artista espontânea". "O trabalho ousado representa um reflexo da situação política do nosso tempo. A intervenção combina inteligentemente o expressionismo primitivo de Goya com Ensor, Munch, Modigliani e Die Brücke", garante a petição, com mais de 10 mil assinaturas.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9l_6wpSlgrodaXOPVGMlLK9w0NxRFPsGXrex_j4dvrlvcpN-YrzdtT-4e0MsDYP3ShdH70UV5n3Nlprv5r8WbUc6q981xqvgK8vIov7EWRspfxJHfLQyaxAByAeiTSVNXGt-8zPH_NfUY/s1600/ecce-homo-dont-want.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="264" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9l_6wpSlgrodaXOPVGMlLK9w0NxRFPsGXrex_j4dvrlvcpN-YrzdtT-4e0MsDYP3ShdH70UV5n3Nlprv5r8WbUc6q981xqvgK8vIov7EWRspfxJHfLQyaxAByAeiTSVNXGt-8zPH_NfUY/s320/ecce-homo-dont-want.jpeg" width="320" /></a></div>
"As brincadeiras foram engraçadas e muito engenhosas. Mas sempre há quem passe dos limites. A igreja é um templo - e deve permanecer assim", ponderou a restauradora María Luisa López Ávila, da Asociación de Conservadores y Restauradores de España, em entrevista ao Aliás. Segundo María Luisa, as autoridades nem consideram a permanência da "malograda intervenção" nos muros do santuário. Eles pretendem fazer o possível para resgatar a antiga versão.<br />
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Na verdade, o artista original não era muito conhecido além dos rincões espanhóis. Elías García Martínez estudou em Barcelona e na Real Academia de Bellas Artes de Valencia. Foi professor da Escuela de Bellas Artes de Zaragoza até 1929. Tereza García Blanc, uma de suas netas, até sabia que a senhorinha vinha dando umas pinceladas na túnica, mas não no rosto. "Quando vi a pintura final, tive um ataque de riso", Tereza contou ao El País. Já Cecilia teve um ataque de ansiedade: "¡El cura lo sabía!", disse, desesperada, tentando dividir o pecado com o padre. "Nem tive tempo de terminar o trabalho...", lamentou.<br />
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"Essa história é um mix perfeito para ter eco popular, pois une o sensacionalismo da imprensa, o sarcasmo das redes sociais e o estado da preservação artística no país", criticou o historiador espanhol Miguel Cabañas Bravo.<br />
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Nesta segunda-feira, uma equipe de especialistas visitará a cidade para ver se o afresco tem salvação. Até baterem o martelo, será que algum marchand visionário arremataria o Chewbacca sagrado?<br />
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Fabio Pastorellohttp://www.blogger.com/profile/05936247608686166033noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7967332023794951180.post-22215944498799236402012-08-29T01:39:00.002-03:002012-09-02T17:30:01.459-03:00Rock of Ages<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiT4JG-CpB-M60_s0oNcPUMhXfPIYWGzrwb4YtgKZnQ6XJ4L_nLpKKmmL02YeQXjdtzUyVWLxSHgZCtz3ojByVeKuDrDs-bLWVfal5Rcu7Ss_rew1RAHWNJMO3P1Yx06DdnpfxN_ODmnCyh/s1600/Rock+of+Ages02.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiT4JG-CpB-M60_s0oNcPUMhXfPIYWGzrwb4YtgKZnQ6XJ4L_nLpKKmmL02YeQXjdtzUyVWLxSHgZCtz3ojByVeKuDrDs-bLWVfal5Rcu7Ss_rew1RAHWNJMO3P1Yx06DdnpfxN_ODmnCyh/s320/Rock+of+Ages02.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tom Cruise arrasa em "Rock of Ages"</td></tr>
</tbody></table>
<b><span style="font-size: large;">Filme retrata rock dos anos 80 e diverte mais quando não se leva a sério </span></b><br />
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"Rock of Ages" é um musical que retoma vários "clássicos" dos anos 80, músicas chicletes que estão tatuadas em nossa memória. Só para citar alguns exemplos, "More than Words" (Extreme), "I Wanna Rock" e "We're not Gonna Take it" (Twisted Sister), "Here I go Again" (Whitesnake), "We Built this City" (Starship) e "Wanted Dead or Alive" (Bon Jovi). Mas o grande destaque do musical é a música "Don't Stop Believin' " (Journey), que é uma das músicas mais conhecidas cantadas pelo pessoal do seriado Glee.<br />
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<a name='more'></a><br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhA6_3XzxLH4OVks7nPgeXwsOP8WRw5_vWDsz46OmTswgKpTSyjtvqEVcYleEQVS1DDs0_BvlKPF-nFGWtOwI0t6BNkFDAswLDvJS5PDIzdfnrvleGvNBpLVezl5rJTCzw34IrngotbjUJg/s1600/Rock-of-Ages-fotos-30-5_2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="242" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhA6_3XzxLH4OVks7nPgeXwsOP8WRw5_vWDsz46OmTswgKpTSyjtvqEVcYleEQVS1DDs0_BvlKPF-nFGWtOwI0t6BNkFDAswLDvJS5PDIzdfnrvleGvNBpLVezl5rJTCzw34IrngotbjUJg/s320/Rock-of-Ages-fotos-30-5_2.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O casal protagonista de "Rock of Ages"</td></tr>
</tbody></table>
A história não poderia ser menos rock'n'roll. Uma jovem do interior ingênua, loira e santinha, viaja para Hollywood para tentar ser cantora. No ônibus de viagem, ela olha com ternura para um retrato e uma dedicatória de sua avó. Ao chegar, conhece um jovem boa pinta que também sonha em se tornar cantor, mas tem medo de palco. Os dois se apaixonam, lógico, mas são interpretados por dois atores bonitinhos demais, Julianne Hough (do musical "Footloose"- não vi, que tem uma voz meio irritante como cantora) e Diego Boneta (da novela "Rebelde"). Preconceitos a parte, tanto a construção dos personagens como seus intérpretes tornam o filme muito convencional, que agrada mais os fãs de musicais da Broadway do que propriamente os fãs de rock'n'roll.<br />
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Felizmente, o filme tem ótimos momentos, quase todos quando Tom Cruise aparece, em sua estréia em musicais. Cruise interpreta Stacee Jaxx, um astro de rock cheio de manias e de diálogos desconcertantes. Alguns dos números musicais que ele participa são hilários, graças a algumas boas tiradas do roteiro e a sua interpretação magnética e inspirada. É bem verdade que ele não faz nada muito diferente da interpretação de "Magnólia", mas tudo funciona muito bem aqui. Além de Cruise, outros famosos também integram o elenco, tais como Alec Baldwin (que tem uma das cenas mais engraçadas do filme), Catherine Zeta-Jones e Mary J. Blige, que também elevam a qualidade da produção.<br />
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O filme é dirigido de forma por vezes desleixada por Adam Shankman (do excelente musical "Hairspray") e o roteiro preguiçoso também não aproveita várias deixas que poderiam render melhores piadas. Mas o grande trunfo do filme é realmente não se levar a sério, mesmo porque também não dá pra levar a sério aquele pessoal do rock dos anos 80, que estava mais para o divertido e kitsch. Dessa forma, resta aproveitar as músicas deliciosas dos anos 80 e o elenco secundário, em um filme que quanto menos se levar a sério, melhor.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJsO0GiWeA_q_0fh0IGtQKjXanFQoVNsUqzb8f3NksnStsoHtC9Ru4okQazAClZiXzVIbNJFrXC2ojrszDSQ9EM_l3CpiNORBzVN9IAZnQkKlq8ZVZRc8vA8avYPx8SwY2MxNxwewbzZeh/s1600/Rock-of-Ages-Poster.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJsO0GiWeA_q_0fh0IGtQKjXanFQoVNsUqzb8f3NksnStsoHtC9Ru4okQazAClZiXzVIbNJFrXC2ojrszDSQ9EM_l3CpiNORBzVN9IAZnQkKlq8ZVZRc8vA8avYPx8SwY2MxNxwewbzZeh/s400/Rock-of-Ages-Poster.jpg" width="271" /></a></div>
Cotação do Janela Indiscreta: * * * 1/2<br />
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<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span>
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<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>FICHA TÉCNICA</b></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">Diretor: Adam Shankman</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">Elenco: Tom Cruise, Malin Akerman, Bryan Cranston, Catherine Zeta-Jones, Alec Baldwin, Paul Giamatti, Russell Brand, Julianne Hough, Will Forte, Diego Boneta</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">Produção: Jennifer Gibgot, Garret Grant, Tobey Maguire, Scott Prisand, Adam Shankman, Matt Weaver</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">Roteiro: Chris D'Arienzo, Allan Loeb, Justin Theroux</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">Fotografia: Bojan Bazelli</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">Trilha Sonora: Adam Anders</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">Duração: 122 min.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">Ano: 2012</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">País: EUA</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">Gênero: Musical</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">Cor: Colorido</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">Distribuidora: Warner Bros.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">Estúdio: Offspring Entertainment / Corner Store Entertainment / New Line Cinema / Maguire Entertainment</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">Classificação: 14 anos</span><br />
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Fabio Pastorellohttp://www.blogger.com/profile/05936247608686166033noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7967332023794951180.post-39627419181310514032012-08-24T01:00:00.002-03:002012-08-24T01:00:51.845-03:00O Vingador do Futuro<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi469SK_rbN2VwBMIADyOAQhnGLT4ikidm06V-ELJdjIxIqyVQLhDt98cWYM5pWVoCrkIOAKjWHH8C7lc5r8XFfzKwpUlwcBTMPbgZceFLGvCE5yL4HjyCM_HDj0pd1wi8SroQ5RByeri_w/s1600/total-recall.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi469SK_rbN2VwBMIADyOAQhnGLT4ikidm06V-ELJdjIxIqyVQLhDt98cWYM5pWVoCrkIOAKjWHH8C7lc5r8XFfzKwpUlwcBTMPbgZceFLGvCE5yL4HjyCM_HDj0pd1wi8SroQ5RByeri_w/s400/total-recall.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Colin Farrell em papel que foi de Arnold Schwarzenegger</td></tr>
</tbody></table>
<b><span style="font-size: large;">Refilmagem de clássico da ficção científica dos anos 90, "O Vingador do Futuro" desperta desejo de rever o original, mas também tem seus méritos</span></b><br />
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"O Vingador do Futuro" é uma refilmagem do clássico de ficção científica homônimo (Total Recall, 1990) dirigido por Paul Verhoeven e estrelado por Arnold Schwarzenegger no papel de Douglas Quaid. Os estúdios de cinema estão fazendo diversos remakes, nem sempre conseguem um objetivo satisfatório, mas despertam o interesse dos fãs das versões originais. Quando vi o trailer dessa refilmagem, fiquei ansioso para ver o filme, já que "O Vingador do Futuro" é um dos meus filmes de ficção científica preferidos e a direção de arte dessa nova versão parecia ser impressionante.<br />
<a name='more'></a><br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTN4xAnEbSGlz7P1tZMTgVIyu769fpLe3BLIodNfLtrfK8_3UTLLts4g-q2-LqewtgBw54AxG2G8WRAgFxKEqbI8Y8aVN_0ndphbNG3Aa6wft4Z8Z5rIr6wgp-xKlHGf-ujrJbGNnPM_a6/s1600/total-recall-kate.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTN4xAnEbSGlz7P1tZMTgVIyu769fpLe3BLIodNfLtrfK8_3UTLLts4g-q2-LqewtgBw54AxG2G8WRAgFxKEqbI8Y8aVN_0ndphbNG3Aa6wft4Z8Z5rIr6wgp-xKlHGf-ujrJbGNnPM_a6/s320/total-recall-kate.jpg" width="214" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Kate Beckinsale é um dos pontos<br />fortes dessa refilmagem</td></tr>
</tbody></table>
De fato, todo o desenho de produção, a construção dos cenários, dos ambientes e da concepção do futuro, agora dirigidos por Len Wiseman ("Anjos da Noite"), é muito bem realizada e crível, ao contrário da primeira versão, em que muito era fake ou kitch. Tome, por exemplo, a concepção de Marte criada pelo primeiro filme, em contraponto com a visão da Colônia nesse. Algumas cenas impressionam, como a cena em que Quaid (agora interpretado por Colin Farrell, que funciona bem no filme) enfrenta diversos homens ao mesmo tempo, e as câmeras parecem estar em todos os lugares, pegando os movimentos de Quaid sob diversos ângulos. A cena teve 22 takes até que o resultado esperado fosse atingido.<br />
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No entanto, todo o esforço de Colin Farrell é eclipsado pela presença de Kate Beckinsale (a Selene de "Anjos da Noite" e esposa do diretor, em papel que foi de Sharon Stone), que está magnética e eletrizante no papel da esposa do protagonista. E olha que a comparação com Sharon Stone é difícil, mas Kate segura muito bom o papel.<br />
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Assistir refilmagens pode ser bom para identificar porque um filme pode virar um clássico enquanto outro pode cair no esquecimento logo depois de alguns meses de sua exibição. Enquanto a primeira versão de "O Vingador do Futuro" era dotada de cenas antológicas (o esqueleto de Schwarzennegger ao passar pelo raio-X, o rosto de uma mulher gorda que ele usa como disfarce sendo desmontado em camadas, o ser Kuato que surge da barriga de um personagem, etc.), essa versão tem poucos momentos memoráveis, se é que tem realmente algum.<br />
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCd1GiN3znNriqoccAqtyf_5gaiOC7C4GVmzUnOat0vGrscccPpNNBB_uYtg9O5NLuR7v8Qt5J8XtxIP8XzA42H12VGBI3-zC9JHOhRMHzV177RoMzudQwvyW-OjZFUP3zdtVknuPfbJny/s1600/total-recall-1990.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="216" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCd1GiN3znNriqoccAqtyf_5gaiOC7C4GVmzUnOat0vGrscccPpNNBB_uYtg9O5NLuR7v8Qt5J8XtxIP8XzA42H12VGBI3-zC9JHOhRMHzV177RoMzudQwvyW-OjZFUP3zdtVknuPfbJny/s400/total-recall-1990.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Um dos momentos antológicos da versão original de Total Recall</td></tr>
</tbody></table>
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O filme também carece de humor, que primeiro filme era mais presente. Os melhores momentos de humor são quando o filme brinca com cenas da primeira versão, para criar expectativa no público e depois transformar as cenas. Um exemplo é quando Quaid usa um colar que cria um rosto falso como disfarce. Na versão original, o disfarce era de uma mulher gorda, que aparece novamente na refilmagem. Só que aqui, Quaid está disfarçado como um oriental. Em outra cena, por exemplo, uma gota de suor era responsável por uma revelação, nesse ela é substituída por uma lágrima.<br />
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Eficiente como filme de ação, e com excelentes efeitos visuais e realização, a tão aguardada refilmagem não inova muito no roteiro, sem conseguir criar sequências de ação empolgantes e/ou originais. Isso só aumenta o desejo de ver novamente a primeira versão, mas o remake não deixa de ter diversos méritos, ficando acima da média das refilmagens recentes.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMyZvlAJ9ENk7Bf0VXqKlz1GyI-ut8TzbEZFqtsA9_yvrSWglhaEC0IriqRtoIUtJT9Ey0TT482ByLNyIrc-NPRsSF5biFWQMhSb2oK7Era1rtXl3yfHIV7OouMd3XDSwh0JAQ4b_Emw-I/s1600/totalrecall_cartaz.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMyZvlAJ9ENk7Bf0VXqKlz1GyI-ut8TzbEZFqtsA9_yvrSWglhaEC0IriqRtoIUtJT9Ey0TT482ByLNyIrc-NPRsSF5biFWQMhSb2oK7Era1rtXl3yfHIV7OouMd3XDSwh0JAQ4b_Emw-I/s400/totalrecall_cartaz.jpg" width="272" /></a></div>
Cotação do Janela Indiscreta: * * * 1/2<br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /><br /><b>FICHA TÉCNICA</b><br /><span style="font-size: x-small;">Diretor: Len Wiseman</span><br /><span style="font-size: x-small;">Elenco: Kate Beckinsale, Bryan Cranston, Jessica Biel, Colin Farrell, Bill Nighy, Ethan Hawke, John Cho, Bokeem Woodbine, Steve Byers, Will Yun Lee, Currie Graham, Brooks Darnell, Jesse Bond</span><br /><span style="font-size: x-small;">Roteiro: Mark Bomback, James Vanderbilt, Kurt Wimmer</span><br /><span style="font-size: x-small;">Fotografia: Paul Cameron</span><br /><span style="font-size: x-small;">Trilha Sonora: Harry Gregson-Williams</span><br /><span style="font-size: x-small;">Duração: 121 min.</span><br /><span style="font-size: x-small;">Ano: 2012</span><br /><span style="font-size: x-small;">País: EUA/ Canadá</span><br /><span style="font-size: x-small;">Gênero: Ação</span><br /><span style="font-size: x-small;">Cor: Colorido</span><br /><span style="font-size: x-small;">Distribuidora: Sony Pictures</span><br /><span style="font-size: x-small;">Estúdio: Original Film / Total Recall / Rekall Productions</span><br /><span style="font-size: x-small;">Classificação: 14 anos</span><br /><br /></span></div>
Fabio Pastorellohttp://www.blogger.com/profile/05936247608686166033noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-7967332023794951180.post-6210742420387714302012-08-23T00:49:00.001-03:002012-08-23T01:01:31.759-03:00360<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2_yM0t_LhxoLnFEXvGcwlMpd43Km4u0voriGSeFzG4m3ftiDwEp0dgZFPAceQZy1ENB9r9JiSU2NgnFf-jyfSeI_gMMshV2ry7IRsZPgKGkXqLPoagZv2sLlgjKYskw15aDhrlns36C0D/s1600/360-7.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2_yM0t_LhxoLnFEXvGcwlMpd43Km4u0voriGSeFzG4m3ftiDwEp0dgZFPAceQZy1ENB9r9JiSU2NgnFf-jyfSeI_gMMshV2ry7IRsZPgKGkXqLPoagZv2sLlgjKYskw15aDhrlns36C0D/s320/360-7.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Maria Flor e Anthony Hopkins em cena de "360"</td></tr>
</tbody></table>
<b><span style="font-size: large;">Novo longa de Fernando Meirelles pretende mostrar como a vida de desconhecidos pode estar entrelaçada</span></b><br />
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O novo longa de Fernando Meirelles ("Cidade de Deus"), "360" é uma história com diversos personagens, cujas histórias se entrelaçam. Para tanto, a história atravessa diversos países, como Áustria, Inglaterra, França e Estados Unidos e reune elenco de diversas nacionalidades, entre elas os brasileiros Maria Flor ("Xingu") e Juliano Cazarré ("Febre do Rato"). Em entrevista, Meirelles lembra que os personagens brasileiros não são inserção sua, mas já estavam presentes no roteiro de Peter Morgan ("A Rainha").<br />
<a name='more'></a><br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrCgYcTdGy47nWDmPfnFcAnxRjsY3JVxcppSpitbfdHqucEmV1OOzKB2Xe_7tOuj0l6gg8S7yB6YV_xiHJy97q8j-eBv5ced-kos322u2Ufxcgyvop-xFQ_Ne3sllI2a3stx21ys3N5xYW/s1600/360_movie_i6.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrCgYcTdGy47nWDmPfnFcAnxRjsY3JVxcppSpitbfdHqucEmV1OOzKB2Xe_7tOuj0l6gg8S7yB6YV_xiHJy97q8j-eBv5ced-kos322u2Ufxcgyvop-xFQ_Ne3sllI2a3stx21ys3N5xYW/s200/360_movie_i6.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ben Foster vive um maníaco sexual</td></tr>
</tbody></table>
Como é comum em filmes com diversas tramas paralelas, algumas funcionam melhor do que outras. A história do casal inglês que lida com a infidelidade (Jude Law e Rachel Weisz) é a parte mais fraca do filme, enquanto toda a trama envolvendo os conhecidos de vôo Anthony Hopkins ("O Silêncio dos Inocentes"), Maria Flor e um maníaco sexual vivido por Ben Foster (ele era o mutante com asas de "X-Men: O Confronto Final") é muito interessante, envolvente e original. Aliás, o comportamento da personagem de Maria Flor, uma jovem ousada que resolve dar em cima de um homem que conhece no aeroporto, e o possível "castigo" que ela pode receber por esse comportamento, também podem levar o público a questionar seus preconceitos em relação a uma mulher mais atirada. Uma vez que no cinema (como bem ironiza a franquia "Pânico" de filmes de terror) a mocinha que faz sexo tende a ser castigada pelos roteiristas, o desenlace dessa trama é particularmente interessante. Mas o filme atinge o seu auge mesmo com a sequência envolvendo o motorista russo (o carismático ator russo Vladimir Vdovichenkov), já próximo do final do filme.<br />
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O conceito de "360" é mostrar como a vida daquelas pessoas está entrelaçada, e como a ação de uma pessoa pode interferir na vida de outra. O resultado não é tão impactante quando poderia, justamente pela maior parte dessas relações ser baseada em casualidades e não ser forte ou modificadora o suficiente. A proposta não conseguiu ser plenamente executada. De qualquer forma, o filme possui um ótimo elenco, a direção sempre inspirada de Fernando Meirelles e uma bela fotografia de Adriano Goldman, que consegue captar com singularidade os lugares pelos quais a história passa.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz0dhBEqxDnASYyYaSsv0-sTXy42ts1L1OjPZoa-SCkJ7p5s0f2wa9k4Rs3yI7mOct_VY-lWfqImK15Sv0De6y9d0S3OkIruViqRjPq5xQJiZSJv8DFl5xsFTaiCKkeox9M4oqEj_xbEYR/s1600/360-cartaz.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz0dhBEqxDnASYyYaSsv0-sTXy42ts1L1OjPZoa-SCkJ7p5s0f2wa9k4Rs3yI7mOct_VY-lWfqImK15Sv0De6y9d0S3OkIruViqRjPq5xQJiZSJv8DFl5xsFTaiCKkeox9M4oqEj_xbEYR/s400/360-cartaz.jpg" width="268" /></a></div>
Cotação do Janela Indiscreta: * * * 1/2<br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;"><br /><br /><br />FICHA TÉCNICA<br />Diretor: Fernando Meirelles<br />Elenco: Rachel Weisz, Anthony Hopkins, Jude Law, Ben Foster, Mark Ivanir, Moritz Bleibtreu, Jamel Debbouze, Peter Morgan, Tereza Srbova, Katrina Vasilieva<br />Produção: Andrew Eaton, Chris Hanley, Danny Krausz, David Linde, Emanuel Michael, Andy Stebbing<br />Roteiro: Peter Morgan<br />Fotografia: Adriano Goldman<br />Duração: 115 min.<br />Ano: 2011<br />País: Reino Unido, Áustria, França, Brasil<br />Gênero: Drama<br />Cor: Colorido<br />Distribuidora: Paris Filmes<br />Estúdio: Revolution Films / BBC Films / Dor Film Produktionsgesellschaft / Muse Productions / O2 Filmes / Gravity Entertainment / Unifilme<br />Classificação: 16 anos<br /></span></div>
Fabio Pastorellohttp://www.blogger.com/profile/05936247608686166033noreply@blogger.com2