30 de mar. de 2012

A Separação


Demorei um pouco para assistir esse filme, ganhador do Oscar de melhor filme estrangeiro. Pelo fato do filme ser iraniano (e como já assisti outros filmes iranianos com ritmo bem lento), tive preconceito. Que bom que eu assisti, e que bom que esse filme representa justamente a quebra desse meu preconceito.

O filme começa um pouco lento, de fato, para mostrar o cotidiano de uma família que vive uma separação conjugal e um homem que tem que lidar com o pai com Alzheimer. Tudo para mostrar como aquelas pessoas são comuns, todas com seus problemas cotidianos e de difícil resolução.

Um evento faz com que os personagens vivam, a partir dali, um grande conflito, em que nunca sabemos quem está com a razão. A partir desse conflito, o filme constrói um suspense psicológico intenso e aflitivo, com elementos que serão introduzidos gradativamente. A partir daí, o filme não tem, definitivamente, nada de entediante. O mais interessante é que são conflitos quase domésticos, como brigas entre patrão e empregada, ou uma filha que não sabe se o pai está ou não mentindo, ou uma mulher que está numa situação que vai contra os preceitos de sua religião; situações cotidianas, mas construídas com tanta veracidade, que nos deixam tensos pela trajetória dos personagens.

Justamente por esses problemas tão universais, que o filme consegue se aproximar ainda mais de nós, como se a história também pudesse acontecer conosco. Valeram os prêmios e também a indicação ao Oscar de roteiro original.

Minha Cotação: * * * *

Pina


Belo filme de Wim Wenders (dos clássicos 'Asas do Desejo' e 'Paris, Texas'), que usa muito bem o recurso 3D e as possibilidades cinematográficas, já que ao invés de vermos os espetáculos de dança sentados e imóveis na platéia, aqui temos a possibilidade de nos movimentar suavemente e discretamente por diferentes ângulos, sobre o palco e entre os bailarinos. Além de utilizar bem o recurso do 3D no palco, o filme também apresenta bonitas locações externas.

Minha Cotação: * * * *


28 de mar. de 2012

John Carter


Filme cheio de aspectos positivos e negativos, a começar pelo alto orçamento e pela bilheteria abaixo do esperado. O filme tem um ritmo em alguns momentos arrastado, excesso de clichês e certos personagens mal desenvolvidos. Por outro lado, algumas sequências de ação são muito boas, os efeitos visuais também excelentes e a história tem alguns momentos divertidos. No geral, essa foi minha impressão: divertido em alguns momentos, confuso e chato em outros; mas de qualquer forma gostei de ter assistido pelos bons momentos.

Minha Cotação: * * *

26 de mar. de 2012

Jogos Vorazes


Mais uma franquia baseada em livros de sucesso, dessa vez temos uma adaptação para o cinema bem sucedida. O filme retrata uma espécie de reality show, em que adolescentes entram em um jogo e só um deles pode sair vivo (e vitorioso). A partir desse mote, o filme explora como a imagem dos adolescentes jogados é construída e será explorada. Além disso, o filme consegue construir um clima de tensão crescente, conseguindo nos simpatizar com os jovens que estão praticamente predestinados a morrer em um jogo. Bem desenvolvido (embora eu acredite que alguns temas pudessem ser melhor explorados), com ótimas interpretações principalmente de Jennifer Lawrence (já indicada ao Oscar por "Inverno da Alma"), o filme é uma ótima diversão e também dá espaço para algumas reflexões.

Minha Cotação: * * * *

23 de mar. de 2012

Guerra é Guerra


Filme dispensável, que ainda por cima tive que assistir em péssima projeção no Espaço Itaú de Cinema. O que salva o filme é o trio de atores principais (em particular Tom Hardy, de "Guerreiro"), todos ótimos. Mas a história tem poucos momentos divertidos e sequências de ação ainda menos inspiradas.

Minha Cotação: * * 1/2