O filme é mais para fãs da série, pois retoma vários dos melhores números da série musical. E mostra ainda o elenco cantando ao vivo, de frente para uma platéia muito entusiasmada. Alguns cantam melhores do que outros, mas nenhum deles faz muito feio e conseguem manter o mesmo carisma da série. O problema mesmo são os depoimentos que eles colocaram no meio, sobre pessoas que tiveram suas vidas mudadas pelo seriado, ainda por cima dublados ficaram terríveis. Por outro lado, o que eles podiam ter feito mais era ter explorado os bastidores do show, os atores (no filme, eles só falam como se fossem os personagens do seriado) e toda a produção, que é grandiosa. De qualquer forma, vale pelos números musicais e por ser um ótimo show de música pop. Ah, os efeitos em 3D são muito mais interessantes que muito filme de ficção por aí.
Minha Cotação de Fã: * * * *
Crítica Cineweb
14/09/2011
http://www.cineweb.com.br/filmes/filme.php?id_filme=3474
Embora tivesse assinatura do produtor Ryan Murphy, o cérebro por trás do bem-sucedido Nip/Tuck, poucos poderiam prever o sucesso que a série de TV Glee teria em sua primeira temporada (2009). Antes mesmo dela acabar, em junho de 2010, seus personagens eram os mais imitados, sua trilha sonora a mais procurada na web e outros programas passaram a apresentar o chamado “efeito glee”, em que personagens soltavam a voz, como ocorreu em House e Grey’s Anatomy.
Mas como uma série sobre um grupo de coral formado pelos “losers” (perdedores) de uma escola em Ohio (EUA) se transformou em fenômeno mundial? Murphy expõe a resposta de forma transparente em Glee 3D – O Filme.
Embora se apresente como documentário sobre os bastidores do show do grupo de coral Novas Direções, o conteúdo mostra outra coisa. O que o produtor nos traz é, na verdade, uma mistura de músicas e histórias de pessoas que melhoraram de vida inspiradas pelo programa.
Um caso emblemático é o do adolescente gay que enfrentou o preconceito sofrido em sua escola graças ao personagem Kurt (Chris Colfer), que passa por um tormento similar na série. Pode parecer exagero, mas a história faz sentido. Pelo papel, o ator recebeu o Globo de Ouro em 2009 e foi incluído na lista dos 100 rostos mais influentes do mundo de 2011 da revista Time. E Murphy sabe muito bem como explorar isso.
Mas o ponto forte mesmo são as músicas cantadas pelo grupo, que incluem dos hits atuais, como “Born This Way” (Lady Gaga), aos clássicos como “Somebody to Love” (Queen), que na voz deles tornam-se atemporais. Basta ver milhares de crianças, adolescentes e adultos cantando com Rachel (Lea Michele), “Don't Rain On My Parade”, do musical “Funny Girl”, de 1964.
E apesar de algumas pessoas torcerem o nariz para grupos de coral, o elenco de Glee faz seu papel muito bem. Tanto é que bateu o recorde de Elvis Presley com o número de singles na lista das 100 músicas mais populares da Billboard. A série musical emplacou 113 faixas e bateu a marca estabelecida pelo rei do rock, que registrou 108 sucessos no ranking.
No fim, há pouco espaço para os atores falarem algo para os fãs e, quando isso acontece, eles estão na pele de seus personagens. Portanto, quem quer um pouco de verdade, aqui, pode esquecer. Eles só contam algumas piadas, algumas um tanto discutíveis sobre como os peitos da estonteante Brittany (Heather Morris) aparecerão em 3D. Aliás, ela é a protagonista da mais sensual de todas as apresentações ao cantar “I'm A Slave 4 U”, de Britney Spears.
Embora o filme traga uma benvinda participação especial da atriz Gwyneth Paltrow, cantando “Forget You” (de Cee Lo Green), deixou de fora dois de seus principais atores: Matthew Morrison (o professor Will Schuester) e Jane Lynch (a temida treinadora Sue Sylvester), que teve suas cenas deletadas na ilha de edição. Outra falha é a incômoda versão dublada, em que as vozes não combinam em nada com os personagens.
Com a terceira temporada da série prestes a estrear (nos EUA, 20 de setembro), Glee 3D – O Filme prova o seu vigor, que produziu até um reality show, o Glee Project, cujo prêmio era justamente fazer parte do elenco. Fica claro que o produtor quer extrair todo o suco do limão antes que ele amargue, tal como aconteceu emNip/Tuck.
Mesmo com a impressão de que se trata apenas de jogo de cena, Murphy acerta em seu programa em mostrar que a intolerância é intolerável não só para as vítimas. Esse é o grande valor ao qual os fãs em todo o mundo se apegam.
FICHA TÉCNICA
Diretor: Kevin Tancharoen
Elenco: Lea Michele, Cory Monteith, Amber Riley, Chris Colfer, Kevin McHale, Jenna Ushkowitz, Mark Salling, Dianna Agron, Naya Rivera, Heather Morris, Harry Shum, Chord Overstreet, Darren Criss, Ashley Fink
Produção: Dante Di Loreto, Ryan Murphy
Fotografia: Glen MacPherson
Duração: 84 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Musical
Cor: Colorido
Distribuidora: Fox Film
Estúdio: Ryan Murphy Productions
Classificação: Livre
Verei amanhã e te falo. :p
ResponderExcluirAchei bem engraçado e divertido. Os glees cantam muito bem ao vivo e os participantes do documentário, os Glees reais, também são ótimos. Valeu
ResponderExcluirOi, André. Depois me conta o que vc achou. Luguins, pelo menos o filme conseguiu manter o espírito da série, up-lifting. Também adorei, mas como sou fã, achei melhor avisar que minha opinião é tendenciosa. rs.
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