20 de mai. de 2011

Padre


Histórias de vampiros já têm público cativo (eu, por exemplo), mas nesse filme os vampiros não são lá muito clássicos. São monstros asquerosos, vivem em 'colméias' (cavernas) e têm até uma rainha mãe. Enfim, misture um pouco de Alien, com um pouco de "Abismo do Medo", com um pouco de "40 Dias de Noite" e ainda um pouco de "Mad Max" com "Blade Runner" (o mundo desértico e as cidades escuras são o pano de fundo) e não acrescente nada de "Crepúsculo", e está aí o filme "Padre". Lógico, tudo em menores pretensões ou qualidade na realização, mas o filme tem um bom clima de suspense, usando melhor essa ambientação do que os efeitos visuais.

Minha Cotação: * * *


17 maio 2011 às 06:00

O Padre: melhor do que diziam

Acho que a Sony fez besteira ao cancelar as cabines de pré-estreia do filme O Padre para a imprensa, certamente porque as perspectivas pareciam negativas. Pois no final das contas, o filme é curto, direto, despretensioso e perfeitamente assistível. Nenhuma maravilha, mas raramente eles são, não é?
De qualquer forma, eu fui no domingo no Cinemark do meu bairro, GranjaViana, em 3D e lugares numerados (gostei que tinha um funcionário que te indicava a poltrona), com um público bastante fraco e impassível. Sem reações. Nos EUA não rendeu mais do que US$ 14 milhões, o que não é tão ruim para o que é basicamente um filme B de recursos relativamente modestos.
Fica visível a parcimônia de efeitos digitais (isso fica muito claro na sequência em que os vampiros atacam a cidade e tudo é resolvido em três ou quatro cenas. Mesmo a sequência clímax do trem é normalzinha, com a luta basicamente num deserto, com motoqueiros, sem multidões.
É curiosa a semelhança deste filme com o trabalho anterior do mesmo diretor Scott Stewart, Legião, onde o mesmo ator Paul Bettany fazia um anjo vingador com asas e tudo. Aqui ele é um guerreiro (com tatuagem de cruz no meio da testa e descendo pelo nariz) que foi treinado para defender sua cidade naquele mundo mítico em que humanos disputam com vampiros o domínio do lugar.
Os vampiros são mostrados como monstrinhos quase fetais, sem aparência humana ou qualquer toque romântica a la Crepúsculo. Desde a primeira cena fica claro que se trata da adaptação de uma graphic novel e que a cenografia vai seguir aquela linha retrô muito utilizada desde os filmes de Jeunet/Caro, tipo Delicatessen, ou seja, sombria e esparsa.
Depois de terem ganho a guerra, os humanos liderados por religiosos (não se fala abertamente que se trata de católicos, mas dá a entender usando nomes como Monsenhor e rituais parecidos) se fecharam em grandes cidades decadentes e os antigos guerreiros foram destinados ao esquecimento. Impossível também esquecer que Bettany fez aquele padre flagelado, Silas, de Código da Vinci.
Mas existem ainda algumas pessoas que vivem em regiões desérticas como um irmão do padre, feito pelo inglês Stephen Moyer, que tem sua filha adolescente (Lily Collins de Um Sonho Possível) sequestrada pelos vampiros, que se pensava estivessem extintos. Na verdade, estavam se procriando sob o comando de um mutante (o neo zelandês Karl Urban) que parece ser fã de Clint Eastwood, porque se veste como ele e está disposto a vingança.
Aliás, todo o filme ganha um aspecto de faroeste, no vestuário e na ambientação, também no comportamento dos personagens (que inclui Brad Dourif como um vendedor de falsos remédios e Christopher Plummer, como o religioso que recusa ver o óbvio). Gosto também da aparição de Maggie Q como uma guerreira que fornece um interesse romântico. O ponto fraco é Cam Gigandet (Burlesque) que faz o namorado da moça sequestrada, xerife do local, e o único americano e que mal sabe dizer um dialogo decentemente.
FICHA TÉCNICA
Diretor: Scott Charles Stewart
Elenco: Cam Gigandet, Christopher Plummer, Paul Bettany, Karl Urban (Black Hat), Mädchen Amick, Maggie Q, Brad Dourif, Stephen Moyer, Lily Collins
Produção: Michael De Luca, Joshua Donen, Mitchell Peck, Sam Raimi
Roteiro: Cory Goodman
Fotografia: Don Burgess
Duração: 88 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Terror
Cor: Colorido
Distribuidora: Sony Pictures
Estúdio: Screen Gems / Michael De Luca Productions
Classificação: 14 anos

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