30 de abr. de 2011

Thor


Kenneth Branagh fez alguns filmes que adoro, principalmente os inspirados em Shakespeare, como "Hamlet" e "Muito Barulho por Nada". Não sobra muito desse diretor aqui em "Thor", que segue a linha de outros filmes inspirados em HQ. Apesar dessa mudança, o produto final é satisfatório, resultando em um bom filme de ação, principalmente nas cenas passadas em Asgard, que são pura fantasia, apesar dos efeitos visuais não serem dos melhores (assistir no IMAX parece ajudar a enxergar os defeitos ainda melhor). Ver o Thor voando com o martelo lembra um pouco as meninas super poderosas atacando um inimigo, mas o filme consegue entreter como uma boa história em quadrinhos. 


Minha Cotação: * * *


THOR
Celso Sabadin
http://cinema.cineclick.uol.com.br/criticas/ficha/filme/thor/id/2707


Sim, funciona! Thor não é o melhor nem o pior filme de super-herói já realizado, mas funciona. O grande medo dos fãs era saber se os produtores conseguiriam transpor para as telas de cinema, sem cair no ridículo, a fascinante história do deus nórdico de cabelos loiros esvoaçantes e seu poderoso martelo, que tanto sucesso faz desde 1962, ano em que surgiu, nos quadrinhos, pelas mãos de seus criadores Stan Lee, Larry Lieber e Jack Kirby.

Bom, criadores do personagem no universo HQ, que fique bem claro, pois a figura de Thor é milenária dentro da mitologia. Tanto que no idioma inglês, que batiza cada dia da semana em homenagem a um deus ou a um astro, a quinta-feira recebeu o nome de Thursday, corruptela deThor´s Day, ou o dia de Thor.

Mas vamos ao filme. Thor começa mostrando a luta pelo poder no reino planetário de Asgard, onde o soberano Odin (Anthony Hopkins) prepara a sucessão entre seus dois filhos: Thor (o australiano Chris Hemsworth) e Loki (o inglês Tom Hiddleston). Não confundir com Lóki, o belo documentário sobre Arnaldo Baptista.

Thor é mais destrambelhado e impulsivo, enquanto Loki parece mais equilibrado. Anthony Hopkins, que já foi pai do Zorro e pai do Lobisomem, agora na pele de pai de Thor, dá a ele a preferência do trono. Mas como um bom drama shakespeariano, uma briga de vida e morte pelo poder real culminará com o banimento de Thor, que cai na Terra sem os poderes do martelo.

O filme se desenvolverá em dois planos: o de Asgard, permeado por uma direção de arte de gosto duvidoso, misto de art-déco com National Kid; e o da Terra, mais divertido, onde um Thor malhado e sem poderes provoca suspiro nas meninas. Principalmente da jovem cientista Jane (Natalie Portman, de Cisne Negro).

Esta divisão da ação em dois universos distintos e complementares mostra-se uma boa solução de roteiro. As cenas em Asgard caem como uma luva na preferência dos fãs de grandes batalhas, momentos épicos, ação e aventura mítica. Enquanto a Terra serve de cenário para pitadas de romance e bom humor, fechando assim uma estratégia que claramente visa agradar a todos os públicos e – claro – todos os bolsos. Afinal, não dá para brincar muito quando se tem nas mãos um orçamento estimado em US$ 150 milhões.

Sobra ainda um verniz, como dissemos, shakesperiano, que fornece uma espécie de aval para quem não quiser ver o filme com olhos única exclusivamente de entretenimento. Talvez por isso tenham convidado Keneth Brannagh, de longa experiência no quesito Shakespeare, para a direção.

Falta, certamente, o charme que um Robert Downey Jr. conferiu aos dois divertidos episódios de Homem de Ferro, já que Chris Hemsworth não proporciona exatamente um show de carisma. Mas mesmo assim tem bom ritmo e funciona. Não é o filme inesquecível de HQ do ano, mas também não faz feio.

Ah, como quase sempre, o 3D é bastante dispensável.




FICHA TÉCNICA
Diretor: Kenneth Branagh
Elenco: Natalie Portman, Chris Hemsworth, Anthony Hopkins, Samuel L. Jackson, Kat Dennings, Stellan Skarsgård, Idris Elba, Stuart Townsend, Ray Stevenson, Tom Hiddleston, Rene Russo,Jaimie Alexander.
Produção: Kevin Feige
Roteiro: Ashley Miller, Mark Protosevich e Zack Stentz.
Fotografia: Haris Zambarloukos
Trilha Sonora: Patrick Doyle
Duração: 114 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Aventura
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: Paramount Pictures
Classificação: 10 anos









28 de abr. de 2011

Que Eu sou Eu? Parte 1


Eu era uma criança muito introvertida. Dentro de Eu, portanto, tinha muito mais coisas do que por fora. Mas lógico, Eu precisava de coisas de fora para alimentar o que ele vivia internamente.

Por exemplo, Eu gostava muito de cinema. Os filmes que Eu assistia logo se transformavam em histórias dentro da cabeça dele. Eu importava as informações que via nos filmes, transformava essas coisas dentro dele mesmo para depois colocar para fora, seja através de brincadeiras, escritos ou quadrinhos. Eu gostava muito de criar. Os pais de Eu, no entanto, não gostavam que Eu criasse. Achavam besteira, e chegavam até mesmo a rasgar as criações de Eu para que o menino não se sentisse estimulado.

Com o tempo e conforme se aproxima a adolescência, Eu começou a pensar que esse desejo de criar poderia, na verdade, ser uma vocação. Eu fez muitos testes vocacionais. Será que, se Eu gostava tanto de cinema, não seria para criar filmes que Eu estava destinado?

Essa crença começou a crescer dentro de Eu, que praticamente virou uma certeza, um sonho. Mas Eu não sabia se tinha talento, os pais de Eu rasgavam suas criações, o mundo destinou a Eu uma série de outros caminhos. Eu até demonstrou talento em vários deles. Será que aquela certeza de outrora era uma premissa errada?

Após muito tempo, as coisas do mundo continuaram a ser absorvidas por Eu, transformadas e registradas. Eu continuava gostando de criar, pois sentia um prazer enorme nisso. Mas embora os pais de Eu não rasgassem mais suas criações, por que será que elas ainda não se jogavam no mundo?


As novas séries da TV Globo


A TV Globo lançou recentemente algumas novas séries de humor distribuídas em sua grade. Na terça-feira, por exemplo, são exibidos "Tapas e Beijos" e "Divã", na sexta-feira "Macho Man" e no domingo "Batendo Ponto".

"Tapas e Beijos" prometia. Fernanda Torres e Andréa Beltrão são duas das melhores atrizes e comediantes da atualidade. Tá certo que o resto do elenco também não é lá essas coisas, como Vladimir Britcha (que já estava insuportável no "Separação?") ou Otávio Muller, entre outros. Mas o texto de Claudio Paiva ("A Grande Família") simplesmente não ajuda. É raro ver um momento que realmente faça juz a essas duas grandes atrizes.

O resto se repete nas demais séries. Bons atores, séries com bom potencial, mas com textos fracos, sem graça. "Divã", por exemplo, com a excelente Lília Cabral, no episódio dessa terça-feira, ia muito bem falando sobre o contato da protagonista com uma celebridade e uma interessante discussão sobre o fascínio que essas pessoas exercem. De repente, a história abandou essa abordagem interessante para discutir uma trama banal: o filho da protagonista se envolve com uma mulher mais velha e a mãe reprova o relacionamento. A trama foi para o chão.



"Macho Man", com texto de Fernanda Young e Alexandre Machado, já responsáveis pelo excelente "Os Normais" mas pelo irritante "Separação?", dessa vez até parecem contar com um texto razoável, com algumas boas piadas e elenco interessante. Nesse caso, quem peca mais é Jorge Fernando. O ator está aquém do texto e de sua companheira de elenco: Marisa Orth. Mas quem sabe ainda pode melhorar com o tempo.

Finalmente, "Batendo Ponto" tem premissa interessante: falar sobre o mundo corporativo, situações que acontecem em um ambiente de trabalho. Parece uma fonte inesgotável de piadas e situações interessantes. Não para os roteiristas. A série ainda não engatou, apesar do ótimo elenco: Ingrid Guimarães, Pedro Paulo Rangel, Luiz Miranda, Alexandre Nero fazem o que pode. Mas o texto não ajuda muito.


É uma pena, portanto, que os seriados de humor ainda não atingiram um patamar de qualidade interessante. Em relação às produções, direção e elenco, parece que está tudo preparado. Só faltam os textos atingirem esse patamar. Eu acho muito difícil fazer humor, realmente, mas parece um desperdício lamentável que tantos profissionais bons juntos não estejam conseguindo atingir melhores resultados. Vamos aguardar, quem sabe melhora.

26 de abr. de 2011

Contracorrente


Não deu pra ver no cinema, então acabei assistindo em casa esse filme que é uma co-produção de vários países mas se passa em uma vila de pescadores no Peru. O filme é extremamente emocionante, chorei bastante. Segue uma crítica do site Cineclick que fala um pouco do filme. 

http://cinema.cineclick.uol.com.br/criticas/ficha/filme/contracorrente/id/2692


CONTRACORRENTE

Celso Sabadin

Uma improvável, porém feliz, associação de produtores cinematográficos do Peru, Colômbia, França e da Alemanha deu origem ao competente Contracorrente, drama romântico premiado nos festivais de Miami, Sundance (ambos nos EUA) e San Sebastian (Espanha). Vale dizer: em todos os três eventos, os prêmios foram concedidos pelo público.

A informação já sinaliza que Contracorrente é um filme que consegue, sim, o tão esperado diálogo com a plateia. Mais que isso: com qualidade.

Toda a história se passa numa pequena e conservadora vila de pescadores, no Peru. É ali que Miguel (Cristian Mercado) vive uma vida dupla: ao mesmo tempo em que mantém um casamento estável com a esposa Mariela (Tatian Astengo), encontra-se às escondidas com o pintor e fotógrafo Santiago (Manolo Cardona). Egoísta, Miguel procura se manter na cômoda posição de desfrutar do melhor que ambos os relacionamentos possam oferecer. Mas Santiago está disposto a romper com este comodismo do amante. Entre trágicos e místicos, os acontecimentos que se seguem vão obrigar Miguel a enfrentar não somente o preconceito e a intolerância de seus vizinhos de vilarejo, como - principalmente – os seus próprios.

De narrativa direta e simples, mas muito eficiente, Contracorrente aborda os dilemas amorosos e sexuais do protagonista de forma humana e afetiva, sem julgamentos. Constrói bem seus personagens dando-lhes força real e profunda dimensão humana, sem cair na tentação fácil de eleger heróis ou bandidos. Por isso mesmo, cria empatia e confere ao filme muita dignidade e realismo, em deixar a poesia de lado. 


FICHA TÉCNICA
Diretor: Javier Fuentes-León
Elenco: Tatiana Astengo, Manolo Cardona, Cristian Mercado
Produção: Javier Fuentes-León, Rodrigo Guerrero
Roteiro: Javier Fuentes-León
Fotografia: Mauricio Vidal
Trilha Sonora: Selma Mutal Vermeulen
Duração: 100 min.
Ano: 2009
País: Peru / Colômbia / França / Alemanha
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Alberto Bitelli International Films
Estúdio: Elcalvo Films / Dynamo Producciones / La Cinéfacture / Neue Cameo Film
Classificação: 14 anos


Minha Cotação: * * * * 



25 de abr. de 2011

Pterodátilos



Fim de semana também foi para uma peça de teatro. A escolhida, por iniciativa de meus amigos Marcello e Luiz que foram comprar o ingresso, foi Pterodátilos, com Marco Nanini e direção de Felipe Hirsch. Não sou muito especialista em teatro, então não vou escrever muito, mas só dizer que achei o texto maravilhoso. A peça fala de uma família em processo de desintegração, os seus membros têm diversos problemas e parecem ter extrema dificuldade de enxergar uns aos outros e até mesmo de encarar suas características.

O cenário desconstruído e móvel da peça

Bróder e Eu sou o Número Quatro



Continuando os filmes da Páscoa, eu também conferi o filme "Bróder". É um filme nacional, sempre que eu posso procuro prestigiar os filmes brasileiros no cinema. Sinto que é uma obrigação para que a cultura brasileira seja valorizada, mas além disso gosto muito de assistir filmes brasileiros porque é uma realidade mais próxima de mim e também gosto de perceber as coisas que dão certo e dão errado em um roteiro ou em uma direção. 


Além de tudo, assistir no cinema um filme nacional significa prestigiar um trabalho de anos. No início da projeção, fiquei surpreso ao ver que o filme ganhou um prêmio de incentivo em 2003 da Petrobrás (ano em que o roteiro foi selecionado para o Laboratório de Roteiros de Sundance). O filme só conseguiu ser realizado em 2007 e exibido agora, em 2011. Da concepção ao público, foram oito anos. Haja paixão e dedicação, né? Aparece até o logotipo da Nossa Caixa, empresa que patrocinou o filme mas já não existe mais desde o ano passado. Vejam artigo da Folha que fala um pouco desse processo. 


http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/904999-broder-estreia-oito-anos-depois-de-ser-selecionado-por-sundance.shtml


BRÓDER

Diretor: Jeferson De
Elenco: Caio Blat, Jonathan Haagensen, Silvio Guindane, Gustavo Machado, Du Bronx, Cássia Kiss, Ailton Graça, Zezé Motta, João Acaiabe
Produção: Paulo Boccato
Roteiro: Jefferson De, Newton Cannito
Fotografia: Gustavo Hadba
Trilha Sonora: João Marcelo Bôscoli, Jeferson De
Duração: 92 min.
Ano: 2009
País: Brasil
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Columbia Pictures
Estúdio: Glaz
Classificação: 14 anos

Minha Cotação: * * *

Em relação ao filme, mostra com bastante realismo e interpretações excelentes o cotidiano de três amigos no Capão Redondo, bairro de periferia de São Paulo. Os atores principais estão ótimos, mas o linguajar utilizado me pareceu excessivo e por vezes forçado. Mas enfim, além do trio principal também se destacam Cássia Kiss e Aílton Graça em interpretações brilhantes. No que mostra o cotidiano dessas pessoas em seu bairro, o filme é muito bom, no que aborda a violência, parece filme repetido. Vejam uma crítica do site "Cinema em Cena" que achei interessante.






EU SOU O NÚMERO QUATRO
Diretor: D.J. Caruso
Elenco: Dianna Agron, Timothy Olyphant, Teresa Palmer, Kevin Durand, Alex Pettyfer, Callan McAuliffe, Jake Abel
Produção: Michael Bay
Roteiro: Alfred Gough, Miles Millar, Marti Noxon
Fotografia: Guillermo Navarro
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Ficção Científica
Cor: Colorido
Distribuidora: Disney
Estúdio: DreamWorks SKG / Road Rebel

Minha Cotação: * * * *

O último filme do fim de semana (ufa...) foi o "Eu sou o Número Quatro". É daqueles filmes que os críticos de cinema odeiam, cheio de efeitos especiais mas com roteiro sem grande originalidade. Tem até uma longa e preguiçosa narração em off que explica um monte de coisas que o filme poderia mostrar através de imagens. Se a história não é lá muito original ou inteligente, pelo menos o filme cumpre bem sua função nas sequências de ação, nos efeitos e nos alienígenas de plantão. Uma ótima diversão.






24 de abr. de 2011

Rio, Sobrenatural e A Garota da Capa Vermelha



Semana passada fui viajar para Fortaleza e estava um pouco atrasado com os filmes. Ainda não tinha visto "Rio", por exemplo, a animação de Carlos Saldanha ("A Era do Gelo") que se passa no Rio de Janeiro. 



RIO

Diretor: Carlos Saldanha
Elenco: Vozes de Anne Hathaway, Rodrigo Santoro, Jammie Fox, Jesse Eisenberg, George Lopez, Jake T. Austin, Carlos Ponce, Kate del Castillo, Bernardo de Paula
Produção: Christopher Jenkins
Roteiro: Don Rhymer, Joshua Sternin, Jeffrey Ventimilia, Sam Harper
Fotografia: Renato Falcão
Trilha Sonora: John Powell
Duração: 105 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Animação
Cor: Colorido
Distribuidora: Fox Film
Estúdio: Blue Sky Studios / Twentieth Century Fox Animation
Classificação: Livre

Minha Cotação: * * * *

A animação é muito bem realizada, as cenas que se passam no Rio são incrivelmente fiéis e emocionantes. O filme consegue passar com eficiência toda a beleza e as emoções de quem está nessa cidade maravilhosa. Apesar de algumas situações um pouco forçadas no roteiro (como toda a sequência no desfile de carnaval), o desenho inspira simpatia e graça. Talvez os estereótipos do Rio podem incomodar, mas não podia se esperar coisa muito diferente de uma produção internacional.




SOBRENATURAL
Diretor: James Wan
Elenco: Patrick Wilson, Rose Byrne, Barbara Hershey, Angus Sampson, Ty Simpkins, Andrew Astor, J. LaRose
Produção: Oren Peli, Steven Schneider
Roteiro: Leigh Whannell
Fotografia: David M. Brewer, John R. Leonetti
Trilha Sonora: Joseph Bishara
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Terror
Cor: Colorido
Distribuidora: PlayArte
Estúdio: Blumhouse Productions
Classificação: 14 anos

Minha Cotação: * * * *

Outro filme que assisti durante a Páscoa foi "Sobrenatural", do mesmo diretor de "Jogos Mortais". O filme é um daqueles de terror à moda antiga, com menos sangue e mais suspense. A trilha (os sons estridentes lembram "Psicose") e alguns movimentos de câmera são exagerados, mas os melhores filmes de terror são aqueles que ousam mais, não? Do meio para o fim, o clima vai ficando cada vez mais tenso e desesperador. 




A GAROTA DA CAPA VERMELHA
Diretor: Catherine Hardwicke
Elenco: Amanda Seyfried, Michael Hogan, Shiloh Fernandez, Max Irons, Gary Oldman, Michael Shanks, Lukas Haas, Billy Burke
Produção: Leonardo DiCaprio, Michael Ireland, Jennifer Davisson Killoran, Alex Mace,Julie Yorn
Roteiro: David Johnson
Fotografia: Mandy Walker
Trilha Sonora: Brian Reitzell
Duração: 100 min.
Ano: 2011
País: EUA/ Reino Unido
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Warner Bros.
Estúdio: Warner Bros. / Appian Way
Classificação: 14 anos

Minha Cotação: * * *

"A Garota da Capa Vermelha" segue um pouco a linha de "Crepúsculo", a começar pela mesma diretora. Para mim, isso não é propriamente uma virtude, já que achei o filme do vampiro Edward muito fraco. No entanto, "A Garota da Capa Vermelha" é melhor do que os filmes da saga "Crepúsculo", apesar de ter também uma jovem dividida entre dois amores. Colaboram o visual muito mais sofisticado, o clima de suspense e até o whodunit para saber quem é o lobisomem. As semelhanças com a história da "Chapeuzinho Vermelho" também são interessantes e colaboram para diferenciar positivamente o filme. 



22 de abr. de 2011

Como se fosse a primeira vez


Há muito tempo atrás, eu tinha ido a Fortaleza com minha amiga Alexandra, numa viagem que sempre nos traz muitas lembranças boas. Além de Fortaleza, visitamos São Luiz, o Delta do Parnaíba, Camocim, Bitupitá (e o superestimado Pontal das Almas) e Jericoacara. Mas isso já faz mais de uma dezena de anos. Portanto, foi engraçado voltar a Fortaleza e não lembrar de quase nada, como se eu estivesse lá pela primeira vez.

Pôr do sol em Jeri

Uma de minhas grandes aflições em vida é justamente a dificuldade de registrar, de guardar as experiências vividas, principalmente aquelas de viagem que parecem tão especiais. Fotografias, filmes, diários de viagem, tudo é válido, mas não parece exaustivo. Dessa forma, podem acontecer coisas como visitarmos um lugar que já conhecemos, como se fosse a primeira vez.

Enfim, se isso tem um aspecto negativo, que é o das experiências que ficam perdidas em algum lugar dentro de nossas mentes, por outro lado nada como viver uma experiência como se fosse pela primeira vez.

As dunas de Cumbuco, praia próxima de Fortaleza

Veja o vídeo aqui no blog que serviu para eu tentar guardar um pouco das experiências no Ceará. Aliás, o vídeo foi meu primeiro trabalho no Vegas, um software de efição de vídeos, mas ainda estou buscando conhecer melhor essa ou outras ferramentas de edição para ver com qual eu me adapto melhor e qual se adapta melhor às tristes e lentas condições de meu computador.

Viagem que fiz com o Cleber, que é sempre uma ótima companhia para viajar.






Blog Uma Janela Indiscreta


A ideia de fazer um blog/site veio da necessidade de organizar uma série de informações que gosto de compartilhar com os amigos.

Em um passado distante, quando surgiu o Orkut, eu me cadastrei em um site que se chamava Fotolog. Nesse site, a gente colocava fotos e ouvia os comentários de amigos, conhecidos ou desconhecidos. Como eu sempre adorei tirar fotos, aquele parecia o espaço ideal, e durante muito tempo esse site me deu grande prazer. Cheguei até a viajar e postar fotos durante a viagem, pois não podia deixar nenhum dia o fotolog sem atualizações.

Depois veio o Multiply, um site de relacionamentos assim como o Orkut e o Facebook, mas com um espaço interessante para postar "reviews" de filmes. Também achei ótimo, passei a postar, logo após assistir cada filme, um comentário sobre os filmes que tinha assistido. Muitas vezes, os comentários ecoavam no vazio, sem réplicas, sem manifestações de ninguém. Mas acabei usando aquele espaço para registrar todos os filmes que assistia, e o Multiply virou um local para armazenar as informações dos filmes que eu assistia.

Finalmente veio o Facebook, meu vício atual. Tenho colocado muitas fotos, vídeos, notícias e comentários no Facebook, com a vantagem da interação da minha rede de amigos virtuais ou não. O problema é que o Facebook não é uma plataforma de fácil visualização de posts antigos, dessa forma notícias antigas parecem desaparecer no meu perfil de usuário, ou ficam perdidas em algum lugar que não consigo encontrar.

Portanto, agora minha nova "moda" é esse blog, que resolvi concentrar um pouco de tudo o que aconteceu antes. As fotos do Fotolog, reviews do Multiply e as notícias do Facebook. Além disso, há a possibilidade de escrever pequenos textos cotidianos (com mais espaço do que no Twitter, por exemplo). A cada texto que escrevo, parece que me conheço melhor. Espero que as pessoas também me conheçam melhor através deles.

Dessa forma, além de um espaço para que eu organize pensamentos, imagens e informações, ele também não existe em sua plenitude sem a participação de um público, de alguém que o leia. Seu comentário é muito importante para mim. Deixe sua opinião (mesmo que discordante, lógico), crítica, sugestão, qualquer sinal de fumaça que mostre que você está acessando esse espaço. Saber que alguém está lendo o blog é saber que meu Eu virtual está se comunicando com outros, e isso é muito legal.