13 de abr. de 2012

Espelho, Espelho Meu


Essa adaptação do conto de fadas da Branca de Neve até consegue divertir e encantar. A começar pela interpretação de Julia Roberts, que está ótima no papel de vilã. Ela tem as melhores cenas do filme. Mas o restante do elenco não deixa a desejar, todos em interpretações ora encantadoras ora divertidas. Lógico, melhor não esperar nada brilhante ou inteligente, é apenas um Shrek em live-action, com direção de arte e figurinos extravagantes e engraçados. Pelo menos não é esquisito como o Alice de Tim Burton. O diretor é indiano (o mesmo de "Imortais") e tratou de colocar uma cena de dança a la Bollywood no final do filme, isso foi um pouco difícil de aturar. Nada contra Bollywood ou as cenas de dança em filmes (que aliás eu adoro), mas essa pareceu fora de contexto. Se fosse um diretor brasileiro, talvez fosse um sambinha no final?

Minha Cotação: * * *


CRÍTICA | BLOG DO RUBENS EWALD FILHO
5 abril 2012
Estreia – Espelho, Espelho Meu
http://noticias.r7.com/blogs/rubens-ewald-filho/2012/04/05/estreia-espelho-espelho-meu/



O sucesso espetacular de Alice no País das Maravilhas, de Tim Burton provocou as imitações e as várias e diferentes adaptações de outros contos de fadas para o cinema e mesmo televisão (série Once Upon a Time). Já tivemos a fracassada Chapéuzinho Vermelho, de A Garota da Capa Vermelho e agora este novo Branca de Neve foi pisoteado fim de semana passado nos EUA pelo fenômeno Jogos Vorazes (chegando por volta de 20 milhões de dólares que não é um desastre). Mas a verdade é que é um filme relativamente modesto feito em alguns sets de estúdio onde o diretor indiano Tarsem (de quem vimos faz pouco o fraco Os Imortais) usa toda sua criatividade – e visual esquisito, por vezes mesmo bizarro – para compensar - para compensar a ausência de mais recursos e efeitos especiais.

A principal atração é a interpretação de Julia Roberts. Pena que sua carreira esteja neste momento em declínio porque está em um de seus melhores momentos, nunca exagerada. Faz tudo com ironia, tempo certo de comédia e muitas vezes só ela e Nathan Lane (que tem um ingrato personagem de Primeiro Ministro) tem texto engraçado. Os outros fazem tudo a sério, mas o único que faz humor visual, ou seja, pastelão, é justamente o príncipe encantado que se revela um desastrado pretensioso. Armie Hammer, tão ruim em J.R., não se compromete.




O que estou querendo dizer é que o filme é propositalmente estilizado, fantasioso, aliás, como deveria ser. Julia como a rainha/madrasta e bruxa serve como narradora para relatar como despreza a enteada Branca (feita por Lily Collins, a charmosa filha de Phil Collins) que vive prisioneira no castelo. Eventualmente consegue fugir e ser socorrida pelos sete anões. Uma boa surpresa: é muito difícil encontrar “gente pequena” tão competente e bons interpretes como neste caso. Não fazem chanchada nem circo, são tratados com todo respeito e acabam funcionando.

Na verdade, eu me diverti bastante com o filme e isso pode acontecer com você desde que não o leve a sério. O problema talvez seja que ele não é propriamente para criança (embora elas possam assistir e mesmo gostar), nem para adulto. Talvez seja esse seu problema comercial. Mas dá para assistí-lo com facilidade.

PS – Adorei o título de Portugal, que tem um subtítulo: Há alguém mais Gira do que eu!



FICHA TÉCNICA
Diretor: Tarsem Singh
Elenco: Julia Roberts, Lily Collins, Armie Hammer, Sean Bean, Nathan Lane, Mare Winningham, Michael Lerner, Robert Emms, Martin Klebba
Produção: Bernie Goldmann, Ryan Kavanaugh, Brett Ratner
Roteiro: Melissa Wallack, Jason Keller, baseado na história dos irmãos Grimm
Fotografia: Brendan Galvin
Trilha Sonora: Alan Menken
Duração: 106 min.
Ano: 2012
País: EUA
Gênero: Aventura
Cor: Colorido
Distribuidora: Imagem Filmes
Estúdio: Relativity Media / Rat Entertainment / Citizen Snow Film Productions
Classificação: Livre






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