4 de jan. de 2013

Filmes de Dezembro


Os últimos filmes assistidos em dezembro. Novembro não rolou cinema porque eu estava viajando.


Uma das grandes surpresas desse ano, "Ted" é um filme irreverente e divertido, cujo principal diferencial é um urso de pelúcia, mas termina por ser mais pervertido do que infantil. A história começa quando um menino sem amigos faz um pedido e ganha um ursinho falante, que vira seu melhor amigo para vida toda. Ao contrário do que um filme clichê poderia adotar, o ursinho não fala apenas com seu dono, mas ganha até notoriedade. O filme, dirigido por Seth McFarlane, vai além de simplesmente de explorar o contraste da imagem infantil do ursinho com seu comportamento adulto. McFarlane também explora ideia parecida no seriado de animação "Family Guy", onde um bebê age e tem voz de adulto. A história também envolve um casal principal carismático, interpretado por Mark Wahlberg ("Boogie Nights") e Mila Kunis ("Cisne Negro"). Ele, apesar de adulto, ainda precisa crescer. Além de roteirista, McFarlane também faz a voz do ursinho Ted.

Cotação: * * * *


Vez por outra, o gênero da comédia romântica, que tem por principal característica se repetir, acaba se renovando ou modificando alguns de aspectos fundamentais. "Celeste e Jesse para Sempre" é um filme que se difere de outros em alguns desses aspectos. A história é de um casal que tem grande afinidade (Rashida Jones, de "Eu te Amo, Cara", também roteirista do filme e Andy Samberg, de "Saturday Night Live") mas que enfrentam um impasse. Ele não tem trabalho e não se esforça para isso, enquanto ela tem uma carreira bem sucedida. Eles resolvem se separar, mas os sentimentos (e a proximidade) continuam. O filme passa a explorar essa dificuldade que por vezes é conciliar o lado romântico e o lado prático de uma vida em casal. Um filme sensível, ainda comédia e ainda romântico, mas que propõe um algo mais ao gênero.

Cotação: * * * 1/2



O maior trunfo de "O Hobbit", de Peter Jackson e prequel da trilogia "O Senhor dos Anéis", é a nova tecnologia adotada por Jackson dos 48 quadros, que apresenta uma qualidade de imagem bem superior a dos filmes tradicionais, que são 24 quadros por segundo. Infelizmente ainda não assisti com essa tecnologia, então somente o que me resta aqui é avaliar o filme e a história em si, que no caso não trazem nenhuma novidade em relação à trilogia anterior. Até a estrutura dramática é a mesma, alguns personagens se unem para uma grande missão, aqui no caso tentar recuperar a terra dos anões de um terrível dragão. A sensação de déjà vu é reforçada pela aparição de vários personagens da outra trilogia, todos em clima saudoso (apesar dessa história cronologicamente acontecer antes). Mas Peter Jackson é Peter Jackson, e ele consegue realizar tudo com maestria, em particular os efeitos visuais, e toda a sequência com o Gollum é bem divertida.

Cotação: * * * 1/2


"Entre o Amor e a Paixão" é um drama intenso sobre uma mulher (Michelle Williams, de "7 Dias com Marilyn"), bem casada (com Seth Rogen, de "O Besouro Verde"), que começa a sentir uma atração pelo vizinho. A partir dessa atração, ela vive um dilema entre ceder ao vizinho (Luke Kirby) ou manter o casamento. Dirigido por Sarah Polley (de "Longe Dela" e atriz principal do belíssimo "Minha Vida sem Mim"), o filme traz uma delicada reflexão sobre as tentações e a dificuldade de se manter um casamento. A película, porém, não teria a mesma força sem a interpretação inspirada de Michelle Williams, que faz uma mulher cheia de nuances, entre o papel de boa esposa e de uma mulher que quer, e se deixa seduzir. Destaque para uma cena excelente em que em um único plano e ao som de uma valsa, a câmera gira através de uma sala e mostra todo o andamento da relação entre dois personagens. Também adorei uma frase dita por uma das personagens: "Life has a gap in it... It just does. You don't go crazy trying to fill it."

Cotação: * * * *

3 comentários:

  1. Desses quatro, só não assisti Celeste e Jesse, que afirmam ser bastante interessante. Quanto aos outros, quase concordo com as avaliações, com ressalvas para o Hobbit, que ao meu ver, seria um 4/5. Grande Abraço!

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  2. Nao não não não não não não não. 3 e 1/2 estrelas pro Hobbit não. Me recuso a acreditar que vc preferiu Entre o amor e a paixão. Não não e não.

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