Confesso que não estava com muita vontade de assistir esse filme, já que nunca fui muito fã dos anteriores. Mas o filme me surpreendeu positivamente. A história, apesar de cheia daqueles clichés de filmes de experiências científicas, é bastante envolvente. O principal mérito é para o personagem principal, o chimpanzé Cesar. Fiquei o tempo inteiro curioso para saber o desenrolar de sua trajetória, colaborado também pela interpretação de Andy Serkis (O Senhor dos Anéis, King Kong), que a exemplo dos outros filmes em que trabalha com interpretação de seres digitais, conforme muita verossimilhança ao personagem criado digitalmente. Os efeitos visuais são eficientes, mas vez por outra têm um ou outro defeitinho, então o que acaba valendo mais é a interpretação. E o filme tem um clímax empolgante, na Golden Gate.
Minha Cotação: * * * *
CRÍTICA FICÇÃO CIENTÍFICA
Novo filme atualiza não apenas o visual da franquia como também seu foco
O FILME TROCA A METÁFORA POLÍTICA PELO RECADO AMBIENTAL, DENUNCIANDO OS ABUSOS DO HOMEM
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq2608201112.htm
RICARDO CALIL
CRÍTICO DA FOLHA
Há sentido em ressuscitar uma franquia de sete filmes como "O Planeta dos Macacos", se considerarmos que o episódio original, de 1968, foi o único relevante e que o último, de 2001, foi um fiasco?
A julgar por "Planeta dos Macacos: a Origem", sim. O filme conseguiu se sintonizar com o espírito de seu tempo ao atualizar não só o visual da série mas seu foco.
No episódio original, um astronauta (Charlton Heston) chegava a um planeta do futuro em que os macacos eram a espécie dominante, e os humanos, escravos.
Em tempos de Guerra Fria, o filme foi encarado como metáfora política que podia simbolizar tanto os conflitos entre americanos e russos quanto tensões raciais.
A nova versão tenta explicar o que aconteceu antes da ação do primeiro filme, mostrar como se chegou àquele cenário futurista. Ao fazer experimentos com macacos, o cientista Will Rodman (James Franco) acaba conferindo uma espécie de superinteligência ao chimpanzé Cesar (Andy Serkis).
Criado como um filho pelo cientista, Cesar irá voltar as costas ao "pai" e liderar uma rebelião de macacos superdotados contra humanos.
Ao mesmo tempo em que extrai humor do cotidiano dessa família disfuncional, o filme troca a metáfora política pelo recado ambiental, denunciando os abusos cometidos pelos homens.
Quem lê a frase acima pode pensar que se trata de um filme panfletário. Nada mais longe da verdade: apesar de blockbuster, "Planeta dos Macacos: a Origem" tem consciência de que descende de linhagem de filmes B, com a obrigação de entreter.
O filme cumpre com louvor essa tarefa, sobretudo no longo confronto entre homens e macacos da sequência final. Mas há um senão: os personagens humanos são infinitamente menos interessantes, profundos e carismáticos que os macacos do filme.
FICHA TÉCNICA
Diretor: Rupert Wyatt
Elenco: James Franco , Tom Felton, Freida Pinto, Andy Serkis, Brian Cox, John Lithgow, Tyler Labine, David Hewlett, Sonja Bennett , Jamie Harris, Leah Gibson,David Oyelowo.
Produção: Peter Chernin, Dylan Clark, Rick Jaffa, Amanda Silver
Roteiro: Rick Jaffa, Amanda Silver
Fotografia: Andrew Lesnie
Trilha Sonora: Patrick Doyle
Duração: 106 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Ficção Científica
Cor: Colorido
Distribuidora: Fox Film
Estúdio: Twentieth Century-Fox Film Corporation / Chernin Entertainment
Classificação: 12 anos
Gostei muito do filme. Achei muito bem feito e contou a história de um jeito bem gostoso de assistir. Deu medo dos macacos! Mas mais ainda, dos humanos!
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