Aqui reunidos alguns filmes vistos recentemente: dois filmes com tramas românticas, mas que ganhariam mais se abordasse os temas interessantes propostos (o fim do mundo e o desenvolvimento de um artista), e uma comédia romântica que conta com elenco inspirado e consegue acertar tanto na trama romântica como nas possibilidades cômicas.
"Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo" é o tipo de filme cujo tema empolga mais do que seu desenvolvimento. Quando vi o trailer, fiquei empolgado com a história de alguns personagens que devem lidar com o fim do mundo iminente. Apesar de contar o sempre ótimo Steve Carell e com a estranha mas talentosa Keira Knightley, o filme da roteirista e diretora estreante Lorene Scafaria não aproveita todas as possibilidades. A história se inicia quando Dogde (Carell) recebe a notícia do fim do mundo e é imediatamente abandonado pela esposa. A notícia começa a provocar diversas mudanças na rotina das pessoas, abordadas de forma cômica, porém comedida. A partir de certo ponto, o filme prefere se focar mais no aspecto romântico, o que enfraquece o inusitado da proposta inicial. É uma pena, teremos que aguardar outro filme que traga uma nova abordagem sobre o tema.
Cotação do Janela Indiscreta: * * *
"A Arte da Conquista" traz o ex-ator mirim Freddie Highmore (de "A Fantástica Fábrica de Chocolates") no papel de George, um adolescente em crise, que não consegue encontrar motivação para seguir sua vida. Até conhecer Sally (Emma Roberts, de "Pânico 4"), uma colega de escola que se envolve com ele. George tem talento como desenhista e pintor, mas não consegue também se focar em seu talento. No decorrer do filme, é como se acompanhássemos o amadurecimento não somente emocional de George, mas também seu amadurecimento artístico. Para manter o filme num registro mais palatável ao grande público, o filme também conduz a trama romântica entre George e Sally, criando inclusive um triângulo amoroso com o orientador artístico de George, Dustin (Michael Angarano, de "Sky High: Super Escola de Heróis"). Enfim, novamente a subtrama amorosa tira foco do que o filme tinha de mais interessante, mas mesmo assim o filme mantém o interesse.
Cotação do Janela Indiscreta: * * *
"Um Divã para Dois" é uma comédia dramática estrelada por Meryl Streep, que por si só já justifica qualquer filme. O diretor desse filme, David Frankel, é responsável também por uma das melhores interpretações da carreira de Meryl, em "O Diabo Veste Prada". Aqui ela interpreta uma dona de casa que procura ressuscitar o seu casamento, que caiu na rotina e na ausência de sexo. Por melhor que Meryl seja, quem rouba a cena mesmo é o marido rabugento dela, interpretado por Tommy Lee Jones. Durante o filme todo ficamos atentos a como ele irá reagir à terapia que os dois participam para tentar salvar o casamento. O filme ainda conta com Steve Carell, no papel do terapeuta. Além do elenco inspirado, o filme tem um roteiro esperto, que sabe aproveitar todas as possibilidades divertidas e emocionais da história, principalmente quando aborda as tentativas do casal de reanimar a vida sexual, até numa cena divertidíssima em que o casal tenta fazer sexo oral numa sala de cinema.
Cotação do Janela Indiscreta: * * * 1/2
Oi, concordo com as três críticas. O do fim do mundo, é uma pena mesmo, podia ser bem melhor... A conquista fica um ar de quero mais também, ja a Maryl é sempre maravilhosa e gosto muito quando temas tabus são abordados no cinema de forma direta e ao mesmo tempo simpática. Esse ano está meio fraco, salvo Os Vingadores e O Batman que foram muito legais, o resto... tá tudo na média...
ResponderExcluirEu também gosto desses temas tabus, achei que o filme "Um Divã para Dois" explorou bem.
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