14 de dez. de 2011

Confiar

O filme traz um interessante estudo sobre como os contatos via internet podem ser enganosos. Apesar da personagem principal ser uma adolescente, tem muita gente não adolescente se enganando com as pessoas que conhece pela internet, até porque provavelmente o fato de conhecer uma pessoa virtualmente pode ser completamente diferente de conhecê-la pessoalmente. Eu passei por isso algumas vezes. Acho que todo mundo conhece alguma história de engano com alguém que conheceu virtualmente, por isso o filme, com ótimas interpretações e momentos bem tensos, é interessante e relevante nos dias de hoje.

Minha Cotação: * * * *


CRÍTICA - Cineclick
CONFIAR
por Celso Sabadin

http://www.cineclick.com.br/index.php/criticas/ficha/filme/confiar/id/2807

O assunto é dos mais debatidos por pais e educadores: até onde as crianças e adolescentes devem ou não ter acesso irrestrito à internet. Existem limites a serem impostos, e se existem, como impô-los numa sociedade onde qualquer moleque de seis anos sabe mais de informática que seus pais?

Como todo tema polêmico e atual, este também não poderia deixar de ser abordado pelo cinema. Em Confiar, Will (Clive Owen) e Lynn (Catherine Keener) formam um casal de classe alta, esclarecido, supostamente bem informado e cuidadoso com os assuntos familiares. Ou seja, desde as primeiras imagens, o filme tenta criar o retrato de uma família na qual “essas coisas não aconteceriam”. Mas acontecem: Annie (Liana Liberato, ótima), filha adolescente de Will e Lynn, mantém uma amizade virtual com Charlie, sem conhecer a realidade daquele “amigo” por trás da máquina. E o pior acontece.

É nítida a intenção dos produtores em tentar criar um filme que fosse contundente, porém não a ponto de espantar o grande público do cinema. Uma tarefa nada fácil. Para isso, foi feita a acertada escolha de contratar dois atores de credibilidade - Clive Owen e Catherine Keener - geralmente associados a projetos sérios. Nota-se também uma bem-vinda elegância na direção das cenas mais polêmicas, em contraponto a algumas aborrecidas concessões comerciais, como perseguições desnecessárias e correrias sem propósito, como se fosse proibido atualmente fazer um filme comercial americano sem injetar adrenalina barata no público.

Porém, o final, extremamente bem resolvido, redime o filme de eventuais imperfeições que ele possa ter cometido, ao mesmo tempo em que se constitui num trabalho digno com potencial de servir de alerta a pais e professores.

Muitos destes méritos vão para a perspicaz direção de David Schwimmer, mais conhecido como o Ross do seriado Friends.


FICHA TÉCNICA
Diretor: David Schwimmer
Elenco: Clive Owen, Catherine Keener, Viola Davis, Liana Liberatz, Noah Emmerich, Jason Clarke, Chris Henry Coffey, Brandon Molale, Nicole Forester, Garrett Ryan, Noah Crawford
Produção: Ed Cathell III, Dana Golomb, Robert Greenhut, Tom Hodges, Avi Lerner, Heidi Jo Markel, David Schwimmer
Roteiro: Andy Bellin, Robert Festinger
Fotografia: Andrzej Sekula
Trilha Sonora: Nathan Larson
Duração: 105 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Imagem Filmes
Estúdio: Millennium Films / Nu Image Films / Dark Harbor Stories
Classificação: 14 anos

2 comentários:

  1. Olha o David dirigindo, não sabia que ele estava atrás das câmeras agora! Vou conferir! o/

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  2. Parece que ele já dirigiu outros filmes antes, mas eram comédia. É muito bom esse, bem drama.

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