Filme bem interessante, com excelentes composições dos atores principais (Brad Pitt e Jonah Hill, ambos indicados ao Oscar). A história mostra os bastidores do beisebol americano, não dos jogos em si, mas de como os times são formados, os salários milionários, o jogo de interesses, a participação da mídia, e como uma mudança pode mexer com tudo isso. Por outro lado, há também um homem, cheio de traumas, tentando superá-los através de uma nova oportunidade. Achei que ia ser difícil de entender por não conhecer o esporte, mas realmente não é. Seria ótimo ver um filme sobre os bastidores do futebol brasileiro.
Minha Cotação: * * * *
CRÍTICA | CINECLICK
O HOMEM QUE MUDOU O JOGO
Roberto Guerra
http://www.cineclick.com.br/criticas/ficha/filme/o-homem-que-mudou-o-jogo/id/2904
Não estar familiarizado com as regras do beisebol não é impeditivo para os brasileiros que quiserem assistir a O Homem que Mudou o Jogo. A produção estrelada por Brad Pitt tem roteiro acessível e inteligente o suficiente para agradar mesmo quem não faz a menor ideia de como funciona o esporte.
Baseado no livro Moneyball: The Art of Winning an Unfair Game, de Michael Lewis, conta a história real de Billy Beane, gerente geral do time de beisebol do Oakland Athletics. Ele tenta criar um time competitivo para a temporada de 2002 de Oakland, apesar da situação financeira desfavorável da equipe. Para isso, usa um sofisticado método estatístico criado por um jovem economista interpretado por Jonah Hill.
Ao longo do filme o espectador vai acompanhando Beane tentar criar um time de basebol competitivo a baixo custo e descobrindo que o beisebol é um negócio, os atletas são commodities e, ao final de uma temporada, alguém toma champanhe e outros perdem o emprego. De tabela, a produção passa a mensagem edificante de que é preciso ser firme quando se está nadando contra a corrente.
O grande problema de filmes sobre esportes é que eles recaem, invariavelmente, num oceano de clichês. Geralmente, a história é sempre a igual. Somos apresentados a uma equipe ou atleta com sérias dificuldades, mas que com um discurso inspirador ou um acontecimento simbólico qualquer conseguem surpreender vencendo uma prova ou campeonato. Felizmente, isso não acontece em O Homem que Mudou o Jogo, pelo menos não inteiramente, o que o transforma numa iguaria no gênero.
O diretor Bennett Miller (Capote) acerta a mão na condução do filme equilibrando imagens de arquivo do time retratado com a narrativa cinematográfica da produção. E o redondo roteiro de Steven Zaillian e Aaron Sorkin consegue manter o interesse do espectador até o final. Bom roteiro e direção resultam na valorização do trabalho dos atores. Brad Pitt (A Árvore da Vida) e Jonah Hill (O Pior Trabalho do Mundo) estão muito bem, principalmente quando contracenam. Quem tem menos destaque é Philip Seymour Hoffman (Capote), mas mesmo com uma participação limitada, ele se garante.
O Homem que Mudou o Jogo é um dos melhores filmes de esporte dos últimos anos. Uma produção que vai agradar os poucos brasileiros que gostam de beisebol e todos os outros cujos conhecimentos são de primeira base.
FICHA TÉCNICA
Diretor: Bennet Miller
Elenco: Brad Pitt, Philip Seymour Hoffman, Robin Wright, Jonah Hill, Chris Pratt, Kathryn Morris
Produção: Michael De Luca, Rachael Horovitz e Scott Rudin
Roteiro: Steven Zaillian e Aaron Sorkin
Fotografia: Wally Pfister
Trilha Sonora: Mychael Danna
Duração: 133 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Sony Pictures
Estúdio: Columbia Pictures / Scott Rudin Productions / Michael De Luca Productions
Classificação: 10 anos
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