Esse filme passa por diversas situações que me são comuns, através da vida de uma jovem médica. Ela mudou-se de uma cidade pequena para São Paulo, tenta ser útil através de sua ocupação, tem amigos mas às vezes se fecha em um mundo particular. O filme passa por esses e outros assuntos que são comuns a vários de nós hoje em dia. Apesar das ótimas interpretações do elenco (Leandra Leal, Cauã Reymond, Deborah Duboc, entre outros, mas por favor esqueçam o rapaz que faz o argentino, é péssimo), o filme não consegue atingir tudo o que poderia, nem consegue tramitar muito bem entre os gêneros (drama x piadinhas do personagem de Cauã) mas mesmo assim consegue ficar acima da média.
Minha Cotação: * * * *
ESTAMOS JUNTOS
Nota Cineclick
Celso Sabadin
Um dos grandes momentos de Estamos Juntos é um inspirado diálogo que compara as luzes da cidade de São Paulo a um tipo de céu que desabou sobre nossas cabeças. É um céu invertido, que tem de ser olhado de cima para baixo para poder ser visto. Esta poética e catastrófica inversão é uma das belas linhas narrativas do novo filme de Toni Venturi, o mesmo de Cabra Cega e Latitude Zero.
Tudo é visto através da personagem Carmen (Leandra Leal, também produtora executiva do filme, ótima), uma jovem médica residente, vinda do interior do Rio de Janeiro, que tenta ganhar a vida e fazer carreira na capital paulista. Uma São Paulo, aliás, que com o perdão do lugar comum, é também uma das personagens do filme, magnificamente fotografada por Lula Carvalho. Hipnóticas luzes noturnas, belos planos gráficos e enquadramentos fechados - que sufocam tanto quanto a solitária vida paulistana - dão ao filme uma dimensão quase orgânica, pulsante, ao mesmo tempo bela e triste.
Numa era de muitos amigos virtuais e poucos reais, Carmen se apoia na dureza do seu trabalho e no etéreo de uma suposta grande amizade para tentar amenizar a solidão de seu pequeno apartamento no centro da cidade. Um grande amor ou uma boa causa social também poderão ser bem-vindos, se ela se abrir para isso. De sua janela, a presença marcante da Estação da Luz, ponto de tantas chegadas e tantas partidas, como que querendo lembrá-la das saídas possíveis, dos trilhos que levam a tantos lugares reais ou imaginários. Mas às vezes a vida prega peças, nos dá chacoalhões, tentando nos dizer que o tempo é curto. Muito curto.
Introspectivo e silencioso, Estamos Juntos busca desde a primeira cena uma cumplicidade com o espectador. Aproxima a câmera de seus protagonistas como se viesse nos contar segredos ao pé do ouvido. Cria uma intimidade quase instantânea com personagens muito bem construídos (e igualmente interpretados) pelo roteiro de Hilton Lacerta, o mesmo de Amarelo Manga e Baixio das Bestas, ambos dirigidos por Cláudio Assis. Mas Toni Venturi não é Claudio Assis: Estamos Juntos é terno, afetivo, emotivo.
Merecidamente, foi o grande vencedor do Festival de Cinema de Pernambuco e desembarca agora no circuito comercial em busca de uma melhor visibilidade. Quem assistir será brindado com um dos melhores filmes brasileiros deste ano, até o momento.
Estamos Juntos (2011)
Direção: Toni Venturi
Elenco: Debora Duboc, Leandra Leal, Cauã Reymond, Sidney Santiago, Dira Paes
Sinopse: Para Carmem, uma talentosa médica, o mundo começava a se moldar conforme seus planos: uma vida independente na agitada São Paulo, ao lado do seu divertido amigo DJ, Murilo, e distante das amarras da cidade provinciana de onde veio. Um cotidiano de trabalho e estudos energizado por uma aventura amorosa com um músico argentino, Juan, ao mesmo tempo em que divide sua intimidade com um enigmático homem. Mas quando sintomas de uma grave doença surgem na rotina desta médica residente sua vida se transforma, para sempre.
Estréia: 3/6/2011 (Original) 3/6/2011 (Brasil)
Sinopse: Para Carmem, uma talentosa médica, o mundo começava a se moldar conforme seus planos: uma vida independente na agitada São Paulo, ao lado do seu divertido amigo DJ, Murilo, e distante das amarras da cidade provinciana de onde veio. Um cotidiano de trabalho e estudos energizado por uma aventura amorosa com um músico argentino, Juan, ao mesmo tempo em que divide sua intimidade com um enigmático homem. Mas quando sintomas de uma grave doença surgem na rotina desta médica residente sua vida se transforma, para sempre.
Estréia: 3/6/2011 (Original) 3/6/2011 (Brasil)
Nosfa, esse filme é muito ruim. As interpretações são artificiais, os personagens são rasos, as situações toscas e tudo bem estereotipado e sem graça. Um porre, perda de tempo. Só não é pior porque tem uma frase bonitinha que diz que o céu de Sampa não tem estrelas porque as estrelas estão aqui em baixo, no chão.
ResponderExcluirLu, acho que você estava de mau humor porque não pode ver o X-Men de novo... rs.
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