Continuando a série relacionada a viagens, que fala um pouco das coisas inusitadas que as pobres vítimas que viajam comigo têm que passar, aqui vai mais uma:
2 - Planejar ou não planejar, eis a questão
Planejar uma viagem pode ser tão bom quanto realizá-la |
A alma viaja... |
Por isso, enquanto planejo uma viagem, viajo com a alma para os lugares que irei em breve com o corpo. Fernando Pessoa ainda afirma "que as verdadeiras paisagens são as que nós mesmos criamos". Para mim, planejar uma viagem é tão prazeroso quando realizar a viagem propriamente dita. Pesquisar relatos de outros viajantes; conhecer os lugares que irei visitar através de guias, fotos, experiências de outros; verificar quais são os trajetos que irei percorrer e como irei realizá-los; escolher entre vários destinos em virtude da pouca disponibilidade de tempo; tudo isso é uma parte muito importante do viajar.
Quais lugares realmente vão tocar meu coração? |
Recentemente, em planejamento de uma viagem que começou com mais de um ano de antecedência (!), quase briguei com um amigo por conta de decisões em relação do que iríamos fazer nessa viagem. Depois controlei meus impulsos psicóticos e resolvi pedir desculpas. Afinal, se planejar uma viagem é um deleite, planejá-la em companhia de um amigo há de ser muito melhor.
E que nossas almas viajem, e que nossos corpos viajem com elas depois. E por vezes as paisagens que nossas almas traçaram são melhores que nossos olhos podem ver, será uma decepção? Outras vezes, o que nosso corpo sente não tem nada a ver com o que nossa alma desenhou, é tudo novo e muito melhor. Seja qual for o resultado alma x corpo, no mínimo as experiências de viagem serão duplicadas. Nada melhor do que fazer duas viagens pelo preço de uma.
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