O grande destaque desse filme é a personagem Lisbeth, que tanto na versão sueca como nessa versão, ganhou atriz e interpretações marcantes. Aqui, Rooney Mara até foi indicada ao Oscar. Ela é praticamente uma super heroína, uma personagem muito rica em suas nuances e em sua história, e com certeza a melhor coisa do filme. Ficou interessante o contraste do personagem dela com o de Daniel Craig, em ótimos alívios cômicos. O filme desenvolve bem a difícil história, embora dê uma estendida no final, no qual parece que o filme vira Missão Impossível. Mas tá valendo, já que é com a Lisbeth.
Minha Cotação: * * * *
CRÍTICA | CINECLICK
MILLENNIUM - OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES
Edu Fernandes
FICHA TÉCNICA
Diretor: David Fincher
Elenco: Daniel Craig, Rooney Mara, Christopher Plummer, Stellan Skarsgård, Robin Wright, Goran Visnjic, Embeth Davidtz, Joely Richardson, Joel Kinnaman, Elodie Yung, Julian Sands
Produção: Ceán Chaffin, Scott Rudin, Søren Stærmose, Ole Søndberg
Roteiro: Steven Zaillian, baseado na obra de Stieg Larsson
Fotografia: Jeff Cronenweth
Trilha Sonora: Trent Reznor, Atticus Ross
Duração: 158 min.
Ano: 2011
País: EUA/ Suécia/ Reino Unido/ Alemanha
Gênero: Suspense
Cor: Colorido
Distribuidora: Sony Pictures
Estúdio: Film Rites / Metro-Goldwyn-Mayer (MGM) / Scott Rudin Productions / Columbia Pictures / Yellow Bird Films
Classificação: 16 anos
CRÍTICA | CINECLICK
MILLENNIUM - OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES
Edu Fernandes
http://www.cineclick.com.br/criticas/ficha/filme/millennium-os-homens-que-nao-amavam-as-mulheres/id/2890
A trilogia de livros Millennium formam uma obra fechada em si, como se fossem uma coisa só. O caso apresentado no primeiro volume é apenas um pretexto para apresentar os personagens cujos conflitos só serão explicados mais a fundo nas próximas histórias. O filme Millenium – Os Homens que não Amavam as Mulheresnão segue o mesmo raciocínio e tenta não deixar muitas pontas soltas logo nesse primeiro episódio. Nas adaptações cinematográficas já realizadas na Suécia houve mais fidelidade nesse sentido. No Brasil só foi lançado o primeiro dos três nórdicos.
O didatismo excessivo foi adotado em Hollywood porque, ao contrário do caso sueco, enquanto essa nova adaptação estava em produção, não havia garantias de que os próximos livros também seriam transformados em filmes. Portanto, para evitar o fiasco de criar uma franquia de um filme só, optou-se por sacrificar um pouco das explicações que só deveriam ser dadas mais adiante.
Tudo começa quando o empresário Henrik Vanger (Christopher Plummer, de Padre) resolve contratar a ajuda do jornalista Mikael Blomkvist para desvendar o assassinato de sua sobrinha, acontecido há 40 anos. Quem interpreta o protagonista é Daniel Craig, que curiosamente já estrelou uma franquia cinematográfica que fracassou: A Bússola de Ouro. Antes de entrar em contato com o investigador, o ricaço decide conhecê-lo melhor. Para isso, conta com os serviços de uma excêntrica hacker.
Para viver esse forte papel foi escalada Rooney Mara, que trabalhou anteriormente com o diretor David Fincher em A Rede Social. Ela dá uma leitura diferente de Lisbeth Salander do que a entregue pela sueca Noomi Rapace (Sherlock Holmes 2). A Lisbeth de Rooney parece um animal acuado, numa intrigante mistura de vulnerabilidade e agressividade.
Depois de confirmada a índole de Mikael, Henrik o contata para explicar o caso. Sua sobrinha desapareceu depois de uma reunião de família que aconteceu na ilha onde ficam as casas de seus parentes. Por causa desse cenário digno dos livros de Agatha Christie, Henrik está certo de que algum membro do clã Vanger está relacionado ao crime.
O jornalista só aceita o trabalho porque sua vida profissional está de pernas para o ar. Ele acusou um homem poderoso em um de seus artigos e foi processado por não apresentar provas para sustentar suas palavras. No meio das investigações, Mikael percebe que não dará conta sozinho. Ele pede para contratar ajuda e é assim que entra em contato com Lisbeth.
Personagens fortes, mistérios e segredos de família compõem a trama articulada. Apesar dessa complexidade, há um tema que une todos os elementos. Como o título anuncia, a violência contra as mulheres está sempre presente no enredo. Para manter-se fiel ao tema central, o filme traz cenas fortes, que ficarão na mente do espectador por um bom tempo depois de terminada a sessão. Por isso, preparo psicológico é aconselhável.
Apesar dos méritos da fita, os fãs dos livros e dos filmes suecos terão motivos para reclamar das mudanças realizadas na história. No entanto, mesmo quem não teve contato anterior com o material perceberá que os quinze minutos finais de Os Homens que não Amavam as Mulheres são um excesso desnecessário e destoante.
A trilogia de livros Millennium formam uma obra fechada em si, como se fossem uma coisa só. O caso apresentado no primeiro volume é apenas um pretexto para apresentar os personagens cujos conflitos só serão explicados mais a fundo nas próximas histórias. O filme Millenium – Os Homens que não Amavam as Mulheresnão segue o mesmo raciocínio e tenta não deixar muitas pontas soltas logo nesse primeiro episódio. Nas adaptações cinematográficas já realizadas na Suécia houve mais fidelidade nesse sentido. No Brasil só foi lançado o primeiro dos três nórdicos.
O didatismo excessivo foi adotado em Hollywood porque, ao contrário do caso sueco, enquanto essa nova adaptação estava em produção, não havia garantias de que os próximos livros também seriam transformados em filmes. Portanto, para evitar o fiasco de criar uma franquia de um filme só, optou-se por sacrificar um pouco das explicações que só deveriam ser dadas mais adiante.
Tudo começa quando o empresário Henrik Vanger (Christopher Plummer, de Padre) resolve contratar a ajuda do jornalista Mikael Blomkvist para desvendar o assassinato de sua sobrinha, acontecido há 40 anos. Quem interpreta o protagonista é Daniel Craig, que curiosamente já estrelou uma franquia cinematográfica que fracassou: A Bússola de Ouro. Antes de entrar em contato com o investigador, o ricaço decide conhecê-lo melhor. Para isso, conta com os serviços de uma excêntrica hacker.
Para viver esse forte papel foi escalada Rooney Mara, que trabalhou anteriormente com o diretor David Fincher em A Rede Social. Ela dá uma leitura diferente de Lisbeth Salander do que a entregue pela sueca Noomi Rapace (Sherlock Holmes 2). A Lisbeth de Rooney parece um animal acuado, numa intrigante mistura de vulnerabilidade e agressividade.
Depois de confirmada a índole de Mikael, Henrik o contata para explicar o caso. Sua sobrinha desapareceu depois de uma reunião de família que aconteceu na ilha onde ficam as casas de seus parentes. Por causa desse cenário digno dos livros de Agatha Christie, Henrik está certo de que algum membro do clã Vanger está relacionado ao crime.
O jornalista só aceita o trabalho porque sua vida profissional está de pernas para o ar. Ele acusou um homem poderoso em um de seus artigos e foi processado por não apresentar provas para sustentar suas palavras. No meio das investigações, Mikael percebe que não dará conta sozinho. Ele pede para contratar ajuda e é assim que entra em contato com Lisbeth.
Personagens fortes, mistérios e segredos de família compõem a trama articulada. Apesar dessa complexidade, há um tema que une todos os elementos. Como o título anuncia, a violência contra as mulheres está sempre presente no enredo. Para manter-se fiel ao tema central, o filme traz cenas fortes, que ficarão na mente do espectador por um bom tempo depois de terminada a sessão. Por isso, preparo psicológico é aconselhável.
Apesar dos méritos da fita, os fãs dos livros e dos filmes suecos terão motivos para reclamar das mudanças realizadas na história. No entanto, mesmo quem não teve contato anterior com o material perceberá que os quinze minutos finais de Os Homens que não Amavam as Mulheres são um excesso desnecessário e destoante.
FICHA TÉCNICA
Diretor: David Fincher
Elenco: Daniel Craig, Rooney Mara, Christopher Plummer, Stellan Skarsgård, Robin Wright, Goran Visnjic, Embeth Davidtz, Joely Richardson, Joel Kinnaman, Elodie Yung, Julian Sands
Produção: Ceán Chaffin, Scott Rudin, Søren Stærmose, Ole Søndberg
Roteiro: Steven Zaillian, baseado na obra de Stieg Larsson
Fotografia: Jeff Cronenweth
Trilha Sonora: Trent Reznor, Atticus Ross
Duração: 158 min.
Ano: 2011
País: EUA/ Suécia/ Reino Unido/ Alemanha
Gênero: Suspense
Cor: Colorido
Distribuidora: Sony Pictures
Estúdio: Film Rites / Metro-Goldwyn-Mayer (MGM) / Scott Rudin Productions / Columbia Pictures / Yellow Bird Films
Classificação: 16 anos
eu gostei desse filme..concordo com a sua avaliação...mas eu sou suspeita e curto a versão sueca...=)
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