O melhor filme da franquia e considerado o melhor filme de ação do ano, com seqüências muito bem elaboradas. A maioria dos filmes de ação de hoje em dia, apenas apela para brigas intermináveis, cheias de socos, pontapés ou sangue jorrando, sem nenhuma criatividade. Ou então, dá-lhe slow motion. Aqui, na melhor tradição Steven Spielberg, há sempre algum nível de suspense adicional, como a sequência num estacionamento em que os carros estacionados se movem pelos andares, ou a fantástica cena no prédio em Dubai, em que a tempestade de areia se aproxima, acrescentando um formidável elemento de tensão adicional. Ação e suspense da melhor qualidade, graças ao diretor de "Os Incríveis" e "Ratatouille" e ao roteiro criativo que sabe explorar e criar os elementos ao máximo.
http://www.cinemaemcena.com.br/plus/modulos/filme/ver.php?cdfilme=7315
Dirigido por Brad Bird. Com: Tom Cruise, Simon Pegg, Paula Patton, Jeremy Renner, Michael Nyqvist, Anil Kapoor, Josh Holloway, Léa Seydoux.
Dono de uma carreira impecável construída na animação (O Gigante de Ferro, Os Incríveis e Ratatouille), o diretor Brad Bird escolheu, em Missão: Impossível 4, o projeto ideal para seu salto rumo às produções live action: calcado em sequências de ação que beiram (de forma positiva) o cartunesco e que são protagonizadas por personagens aparentemente invulneráveis que escapam sem maiores consequências de capotagens, explosões e quedas, o novo filme da série se revela também seu melhor, superando o eficiente exemplar anterior, que havia sido comandado por J.J. Abrams (que aqui assume o papel de produtor) e comprovando que as aventuras dos agentes da IMF ainda podem render muitas alegrias (e fortunas) a Tom Cruise e à Paramount.
Escrito por Josh Appelbaum e André Nemec, que trabalharam com Abrams na série Alias, o roteiro desta continuação mantém o padrão da franquia ao não importar de fato, limitando-se a criar uma ameaça genérica que permita que o herói Ethan Hunt (Cruise) e sua equipe, mais uma vez renegados pela agência (será que não aprendem nunca?), possam se dedicar a invadir prédios, fortalezas e mansões cujas plantas são concebidas com a única função de oferecer desafios interessantes aos mocinhos. Seguindo uma estrutura de videogame que obriga o protagonista a enfrentar obstáculos cada vez maiores até chegar à fase final e ao Chefão, a trama tola serve apenas de atalho entre as elaboradas sequências de ação – e mesmo os personagens nada mais são do que avatares unidimensionais que ali estão para saltar de um lado a outro enquanto nos divertimos com o absurdo da coisa.
Tornando-se uma figura cada vez menos complexa à medida que a franquia avança, Ethan Hunt é vivido por Tom Cruise como um homem com imenso vigor físico e agilidade assustadora – e também sem qualquer indício de personalidade, já que continuamos sem ter ideia, mesmo após quatro filmes, de quem é aquele sujeito e o que o move além das ordens de seus superiores. Não que isto faça diferença: exibindo uma fluidez admirável nos gestos, desde os saltos que dá de um andar a outro na cena inicial até o instante em que agarra celular, bota e jaqueta na rua sem sequer interromper o caminhar, Cruise jamais deixa de convencer como um agente capaz de executar proezas inimagináveis – e basta vê-lo pegar um clipe de papel para sabermos que tudo ficará bem. Além disso, o ator mal parece estar à beira dos 50 anos de idade, mantendo a mesma corrida intensa e desesperada que se tornou sua marca registrada em tantos longas.
Com um elenco secundário eficiente composto pela bela Paula Patton e por um Simon Pegg cada vez melhor em ser Simon Pegg, Missão: Impossível 4 também introduz Jeremy Renner como um possível (e eficaz) substituto de Cruise no futuro – e não é à toa que seu personagem chega a repetir algumas das ações de Ethan Hunt no longa original, como ao ficar suspenso a centímetros do solo enquanto executa uma ação delicada que leva o suor a escorrer por seu rosto. Por outro lado, o sueco Michael Nyqvist (o protagonista da versão original da trilogia Millenium) cria o vilão mais desinteressante da série, o que transforma seu destino mais em um anticlímax do que em uma vitória a ser celebrada pelo espectador.
Divertida na concepção das engenhocas usadas pelos heróis em suas missões (a tela que reproduz o ambiente atrás de si é particularmente inventiva), esta continuação mantém um ritmo admirável do início ao fim, o que, considerando sua longa duração (133 minutos), é um feito considerável. Além disso, Bird mostra-se seguro na condução da ação, evitando vícios irritantes como o excesso de movimentação de câmera e cortes frenéticos, permitindo, assim, que acompanhemos a mise en scènecom facilidade mesmo que até a entrada dos personagens em um vagão de trem se revele uma pequena aventura. Para completar, o ótimo compositor Michael Giacchino volta a trabalhar o tema clássico de Lalo Schifrin com inteligência, introduzindo-o pontualmente com sutileza e evitando o desgaste pela repetição excessiva.
Pecando aqui e ali pela exposição excessiva e por diálogos absolutamente redundantes (depois de quase atingirem uma cáfila, Hunt parece supor que há algum deficiente visual no carro e assume o papel de audiodescritor, comentando: “Camelos.”), Missão: Impossível 4 compensa estes tropeços através de pequenos momentos mais sutis que quase permitem que os personagens se tornem mais verossímeis – como a hesitação do protagonista diante de um salto especialmente perigoso durante uma fuga.
Não é o bastante para que aqueles indivíduos se tornem mais reais do que o sr. Incrível ou o rato Remy, mas Brad Bird nunca precisou lidar com criaturas de carne e osso para envolver o espectador – e não é aqui que isto fará falta.
20 de Dezembro de 2011
Dono de uma carreira impecável construída na animação (O Gigante de Ferro, Os Incríveis e Ratatouille), o diretor Brad Bird escolheu, em Missão: Impossível 4, o projeto ideal para seu salto rumo às produções live action: calcado em sequências de ação que beiram (de forma positiva) o cartunesco e que são protagonizadas por personagens aparentemente invulneráveis que escapam sem maiores consequências de capotagens, explosões e quedas, o novo filme da série se revela também seu melhor, superando o eficiente exemplar anterior, que havia sido comandado por J.J. Abrams (que aqui assume o papel de produtor) e comprovando que as aventuras dos agentes da IMF ainda podem render muitas alegrias (e fortunas) a Tom Cruise e à Paramount.
Escrito por Josh Appelbaum e André Nemec, que trabalharam com Abrams na série Alias, o roteiro desta continuação mantém o padrão da franquia ao não importar de fato, limitando-se a criar uma ameaça genérica que permita que o herói Ethan Hunt (Cruise) e sua equipe, mais uma vez renegados pela agência (será que não aprendem nunca?), possam se dedicar a invadir prédios, fortalezas e mansões cujas plantas são concebidas com a única função de oferecer desafios interessantes aos mocinhos. Seguindo uma estrutura de videogame que obriga o protagonista a enfrentar obstáculos cada vez maiores até chegar à fase final e ao Chefão, a trama tola serve apenas de atalho entre as elaboradas sequências de ação – e mesmo os personagens nada mais são do que avatares unidimensionais que ali estão para saltar de um lado a outro enquanto nos divertimos com o absurdo da coisa.
Tornando-se uma figura cada vez menos complexa à medida que a franquia avança, Ethan Hunt é vivido por Tom Cruise como um homem com imenso vigor físico e agilidade assustadora – e também sem qualquer indício de personalidade, já que continuamos sem ter ideia, mesmo após quatro filmes, de quem é aquele sujeito e o que o move além das ordens de seus superiores. Não que isto faça diferença: exibindo uma fluidez admirável nos gestos, desde os saltos que dá de um andar a outro na cena inicial até o instante em que agarra celular, bota e jaqueta na rua sem sequer interromper o caminhar, Cruise jamais deixa de convencer como um agente capaz de executar proezas inimagináveis – e basta vê-lo pegar um clipe de papel para sabermos que tudo ficará bem. Além disso, o ator mal parece estar à beira dos 50 anos de idade, mantendo a mesma corrida intensa e desesperada que se tornou sua marca registrada em tantos longas.
Com um elenco secundário eficiente composto pela bela Paula Patton e por um Simon Pegg cada vez melhor em ser Simon Pegg, Missão: Impossível 4 também introduz Jeremy Renner como um possível (e eficaz) substituto de Cruise no futuro – e não é à toa que seu personagem chega a repetir algumas das ações de Ethan Hunt no longa original, como ao ficar suspenso a centímetros do solo enquanto executa uma ação delicada que leva o suor a escorrer por seu rosto. Por outro lado, o sueco Michael Nyqvist (o protagonista da versão original da trilogia Millenium) cria o vilão mais desinteressante da série, o que transforma seu destino mais em um anticlímax do que em uma vitória a ser celebrada pelo espectador.
Divertida na concepção das engenhocas usadas pelos heróis em suas missões (a tela que reproduz o ambiente atrás de si é particularmente inventiva), esta continuação mantém um ritmo admirável do início ao fim, o que, considerando sua longa duração (133 minutos), é um feito considerável. Além disso, Bird mostra-se seguro na condução da ação, evitando vícios irritantes como o excesso de movimentação de câmera e cortes frenéticos, permitindo, assim, que acompanhemos a mise en scènecom facilidade mesmo que até a entrada dos personagens em um vagão de trem se revele uma pequena aventura. Para completar, o ótimo compositor Michael Giacchino volta a trabalhar o tema clássico de Lalo Schifrin com inteligência, introduzindo-o pontualmente com sutileza e evitando o desgaste pela repetição excessiva.
Pecando aqui e ali pela exposição excessiva e por diálogos absolutamente redundantes (depois de quase atingirem uma cáfila, Hunt parece supor que há algum deficiente visual no carro e assume o papel de audiodescritor, comentando: “Camelos.”), Missão: Impossível 4 compensa estes tropeços através de pequenos momentos mais sutis que quase permitem que os personagens se tornem mais verossímeis – como a hesitação do protagonista diante de um salto especialmente perigoso durante uma fuga.
Não é o bastante para que aqueles indivíduos se tornem mais reais do que o sr. Incrível ou o rato Remy, mas Brad Bird nunca precisou lidar com criaturas de carne e osso para envolver o espectador – e não é aqui que isto fará falta.
20 de Dezembro de 2011
FICHA TÉCNICA
Diretor: Brad Bird
Elenco: Tom Cruise, Jeremy Renner, Simon Pegg, Paula Patton, Michael Nyqvist, Vladimir Mashkov, Josh Holloway, Anil Kapoor, Léa Seydoux
Produção: J.J. Abrams, Tom Cruise, Paula Wagner
Roteiro: André Nemec, Josh Appelbaum
Fotografia: Robert Elswit
Trilha Sonora: Michael Giacchino
Duração: 132 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Ação
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: Bad Robot / Paramount Pictures
Classificação: 14 anos
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