28 de dez. de 2011

Adeus, Primeiro Amor


Fui assistir esse filme com uma expectativa, de ser um filme de viagem, já que esse é um dos gêneros cinematográficos que mais me atraem. O filme tem um pouco desse tema, já que existem várias viagens no seu decorrer, uma delas é inclusive o motivo da separação do casal do filme, é também uma viagem acaba modificando a vida da jovem protagonista. Mas o filme é mesmo sobre uma menina de 15 anos, dependente do namorado e dos homens em geral (e por conta de sua dependência, um pouco irritante),  que tem que amadurecer após ele viajar para a América do Sul. O tema é interessante, mas fiquei com a impressão que na tentativa de ser sutil e cotidiano, o filme não se aprofunda nos temas que aborda. 

Minha Cotação: * * *

27 de dez. de 2011

Margin Call, O Dia Antes do Fim




Como diz bem a crítica abaixo, "Margin Call" funciona como um contracampo ao filme "Trabalho Interno". Ambos falam sobre o crack financeiro de 2008, mas aqui a visão é menos ampla, vemos uma situação particular, que acaba representando bem o pensamento do mundo financeiro x a realidade das pessoas em geral. Colaborado por um elenco primoroso, em que se destacam Jeremy Irons e Kevin Spacey, o filme por vezes é complicado pelos termos financeiros, mas por outro consegue mostrar os meandros de uma empresa, desde a área de gestão de riscos que nunca é valorizada até os executivos que estão mais preocupados com o lucro do que com a vida da empresa.


Minha Cotação: * * * *


19 de dez. de 2011

No Night is Too Long


Adaptação de um livro pela BBC, essa história parece uma mistura de Edgar Allan Poe com Patrícia Highsmith. A trama é muito envolvente e os atores principais estão ótimos, passam uma química muito boa. A trama dá várias reviravoltas e funciona muito bem como suspense, com uma construção muito interessante de personagens. E no final das contas, vale uma experiência que acho ótima no cinema: quanto menos você saber da história do filme antes de assisti-lo, melhor a experiência.

Minha Cotação: * * * *



18 de dez. de 2011

Noite de Ano Novo


Já tinha desistido de assistir esse filme, pois tinha lido críticas muito ruins, e não tinha gostado do outro filme desse estilo e com o mesmo diretor, o "Idas e Vindas do Amor". Mas enfim, o filme tem um monte de estrelas famosas que minha mãe - e eu também - gostamos, então a levamos para assistir. E além do elenco carismático (em que se destacam Hilary Swank na trama mais interessante, Sofia Vergara - de Modern Family - hilária, Zac Effrom e minha Glee queridinha Lea Michele), o filme, que é multiplot, tem algumas (diga-se bem, duas ou três, pois a maioria das histórias é um pouco chatinha e previsível) histórias interessantes. E eu consegui me emocionar em alguns momentos. O inverno de Nova Iorque é o pano de fundo, mas realmente fico me questionando porque milhares de pessoas se juntam na Times Square, na noite de Ano Novo, pra ver uma bola brilhante caindo lá no alto.

Minha Cotação: * * *


15 de dez. de 2011

Veja as Indicações ao Globo de Ouro 2012


5/12/2011 - 11h36
"The Artist" lidera disputa pelo Globo de Ouro com seis indicações
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1021679-the-artist-lidera-disputa-pelo-globo-de-ouro-com-seis-indicacoes.shtml



O filme mudo "The Artist"

A Hollywood Foreign Press Association anunciou na manhã desta quinta-feira os indicados ao Globo de Ouro de 2012.

O filme "The Artist" lidera com seis indicações, incluindo as categorias melhor filme --comédia ou musical, diretor, roteiro e ator para Jean Dujardin.

O filme acompanha a passagem do cinema mudo para o falado em Hollywood na década de 1920 com foco no ator George Valentin (Dujardin), cuja carreira entra em decadência com as mudanças na indústria. O longa ainda não tem previsão de estreia no Brasil.

Na sequência, aparecem "Os Descendentes" e "Histórias Cruzadas", com cinco indicações cada.

Com menos indicações, dois veteranos também são destaques nas categorias principais. "Meia-Noite em Paris", de Woody Allen, recebeu quatro indicações incluindo diretor, roteiro e filme (musical ou comédia). E "A Invenção de Hugo Cabret" abocanhou indicações a melhor filme (drama) e melhor diretor para Martin Scorsese.

Ryan Gosling em "Tudo pelo Poder"
Kate Winslet é destaque com duas indicações ao prêmio de melhor atriz. Ela concorre pelo trabalho no filme "Carnage", de Roman Polanski, e pela minissérie "Mildred Pierce". Ryan Gosling também concorre como melhor ator em duas categorias: em drama por "Tudo pelo Poder" e comédia ou musical por "Amor a Toda Prova".

Entre as séries, "Boardwalk Empire" e "Homeland" lideram com três indicações cada. Elas competem pelos prêmios de série dramática e ator (Steve Buscemi e Damian Lewis, respectivamente). Claire Danes, de "Homeland", concorre como melhor atriz, e Kelly Macdonald, de "Boardwalk Empire", como atriz coadjuvante.

Os indicados foram anunciados por Sofia Vergara, Woody Harrelson, Rashida Jones e Gerard Butler no Beverly Hilton, em Los Angeles

A cerimônia de entrega dos prêmios acontece dia 15 de janeiro e será apresentada por Ricky Gervais.

Confira a lista de indicados:


CINEMA

"Hugo", de Martin Scorsese
FILME - DRAMA
"Os Descendentes"
"Histórias Cruzadas"
"A Invenção de Hugo Cabret"
"Tudo pelo Poder"
"O Homem Que Mudou o Jogo"
"Cavalo de Guerra"

FILME - COMÉDIA OU MUSICAL
"50%"
"The Artist"
"Missão Madrinha de Casamento"
"Meia-Noite em Paris"
"My Week With Marylin"

DIRETOR
Woody Allen - "Meia-Noite em Paris"
George Clooney - "Tudo pelo Poder"
Alexander Payne - "Os Descendentes"
Michel Hazanivicous - "The Artist"
Martin Scorsese - "A Invenção de Hugo Cabret"

ATOR - DRAMA
George Clooney - "Os Descendentes"
Leonardo DiCaprio - "J. Edgar"
Michael Fassbender - "Shame"
Ryan Gosling - "Tudo pelo Poder"
Brad Pitt - "O Homem Que Mudou o Jogo"

Viola Davis em "Histórias Cruzadas"
ATRIZ - DRAMA
Glenn Close - "Albert Nobbs"
Viola Davis - "Histórias Cruzadas"
Rooney Mara - "Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres"
Meryl Streep - "A Dama de Ferro"
Tilda Swinton - "Precisamos Falar Sobre o Kevin"

ATOR - COMÉDIA OU MUSICAL
Jean Dujardin - "The Artist"
Brendan Gleeson - "O Guarda"
Joseph Gordon-Levitt - "50%"
Ryan Gosling - "Amor a Toda Prova"
Owen Wilson - "Meia-Noite em Paris"

Kristen Wigg, do hilário
"Minha Madrinha de Casamento"
ATRIZ - COMÉDIA OU MUSICAL
Jodie Foster - "Carnage"
Charlize Theron - "Jovens Adultos"
Kristen Wiig - "Missão Madrinha de Casamento"
Michelle Williams - "My Week with Marilyn"
Kate Winslet - "Carnage"

ROTEIRO
"Meia-Noite em Paris
"Tudo pelo Poder"
"The Artist"
"Os Descendentes"
"O Homem Que Mudou o Jogo"

ATOR COADJUVANTE
Kenneth Branagh - "My Week with Marilyn"
Albert Brooks - "Drive"
Jonah Hill - "O Homem Que Mudou o Jogo"
Viggo Mortensen - "Um Método Perigoso"
Christopher Plummer - "Toda Forma de Amor"

ATRIZ COADJUVANTE
Bérénice Bejo - "The Artist"
Jessica Chastain - "Histórias Cruzadas"
Janet McTeer - "Albert Nobbs"
Octavia Spencer - "Histórias Cruzadas"
Shailene Woodley - "Os Descendentes"

"A Pele que Habito" concorre a melhor filme estrangeiro,
mas não ao prêmio de roteiro, infelizmente
FILME ESTRANGEIRO
"The Flowers of War"
"In The Land of Blood and Honey"
"O Garoto da Bicicleta"
"A Separação"
"A Pele que Habito"

ANIMAÇÃO
"As Aventuras de Tintim"
"Operação Presente"
"Carros 2"
"Gato de Botas"
"Rango"

TRILHA SONORA
"The Artist" - Ludovic Bource
"Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres" - Trent Reznor, Atticus Ross
"A Invenção de Hugo Cabret" - Howard Shore
"Cavalo de Guerra" - John Williams
"W.E." - Abel Korzeniowski

CANÇÃO ORIGINAL
"Albert Nobbs"
"Gnomeu e Julieta"
"Histórias Cruzadas"
"Redenção""
"W.E."

TV

SÉRIE DE TV - DRAMA
"American Horror Story"
"Boardwalk Empire"
"Boss"
"Game of Thrones"
"Homeland"

Glee, em sua terceira temporada e renovado, é novamente indicado ao Globo de Ouro

SÉRIE DE TV - COMÉDIA OU MUSICAL
"New Girl"
"Modern Family"
"Enlightened"
"Glee"
"Episodes"

ATOR EM SÉRIE DE TV - DRAMA
Steve Buscemi - "Boardwalk Empire"
Bryan Cranston - "Breaking Bad"
Kelsey Grammer - "Boss"
Jeremy Irons - "The Borgias"
Damian Lewis - "Homeland"

ATOR EM SÉRIE DE TV - COMÉDIA
Alec Baldwin - "30 Rock"
David Duchovny - "Californication"
Johnny Galecki - "The Big Bang Theory"
Thomas Jane - "Hung"
Matt LeBlanc - "Episodes"

ATRIZ EM SÉRIE DE TV - DRAMA
Claire Danes - "Homeland"
Mireille Enos - "The Killing"
Julianna Margulies - "The Good Wife"
Madeleine Stowe - "Revenge"
Callie Thorne - "Necessary Roughness"

ATRIZ EM SÉRIE DE TV - COMÉDIA
Laura Dern - "Enlightened"
Zooey Deschanel - "New Girl"
Tina Fey - "30 Rock"
Laura Linney - "The Big C"
Amy Poehler - "Parks and Recreation"

ATOR EM MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Hugh Bonneville - "Downton Abbey"
Idris Elba - "Luther"
William Hurt - Too Big to Fail
Bill Nighy - Page Eight (
Dominic West - "The Hour"

ATRIZ EM MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Romola Garai - "The Hour"
Diane Lane - "Cinema Verite"
Elizabeth McGovern - "Downton Abbey"
Emily Watson - "Appropriate Adult"
Kate Winslet - "Mildred Pierce"

ATRIZ COADJUVANTE EM SÉRIE, MINISSÉRIE OU FILME DE TV
Jessica Lange - "American Horror Story"
Kelly Macdonald - "Boardwalk Empire
Maggie Smith - "Downton Abbey"
Sofia Vergara - "Mildred Pierce"
Evan Rachel Wood - "Mildred Pierce"

ATOR COADJUVANTE DE SÉRIE, MINISSÉRIE OU FILME DE TV
Peter Dinklage - "Game of Thrones"
Paul Giamatti - "Too Big to Fail"
Guy Pearce - "Mildred Pierce"
Tim Robbins - "Cinema Verite"
Eric Stonestreet - "Modern Family"

FILME OU MINISSÉRIE DE TV
"The Hour"
"Downton Abbey"
"Cinema Verite"
"Mildred Pierce"
"Too Big to Fail"


14 de dez. de 2011

Confiar

O filme traz um interessante estudo sobre como os contatos via internet podem ser enganosos. Apesar da personagem principal ser uma adolescente, tem muita gente não adolescente se enganando com as pessoas que conhece pela internet, até porque provavelmente o fato de conhecer uma pessoa virtualmente pode ser completamente diferente de conhecê-la pessoalmente. Eu passei por isso algumas vezes. Acho que todo mundo conhece alguma história de engano com alguém que conheceu virtualmente, por isso o filme, com ótimas interpretações e momentos bem tensos, é interessante e relevante nos dias de hoje.

Minha Cotação: * * * *

12 de dez. de 2011

O Preço do Amanhã


Terceiro filme do ano que assisto e gosto com o Justin Timberlake (os outros foram "Friends with Benefits" e "Bad Teacher"). Isso sem contar o "A Rede Social", em que ele estava ótimo também. O certo é que apesar da grande quantidade de filmes para um só ano, ele soube escolher bem, e está ótimo em todos os filmes e também os filmes não chegam a ser grandes filmes, mas estão acima da média. Nesse "O Preço do Amanhã", tenho que concordar com a crítica do Sabaddin. O roteiro não faz juz ao argumento excelente. Uma ideia tão original e interessante se transformou num filme mais de aventura do que propriamente de reflexão. Mas de qualquer forma, gostei bastante.

Minha Cotação: * * * *

O Garoto da Bicicleta

Filma que prima pela aparente frieza com que retrata uma história que poderia ser cheia de emoção. Um menino abandonado pelos pais. Uma mulher que resolve cuidar dele. Personagens que buscam desesperadamente ser amados por pessoas que não se importam. Os temas são quase melodramáticos, por isso é bastante interessante como destoam da forma como os diretores belgas resolvem retratá-lo. Apesar da dureza narrativa, os dramas estão todos lá, principalmente nos personagens do pai e do filho, em interpretações cheias de nuances. No entanto, beira o insuportável (e por vezes repetitivo) o personagem da criança irritante que não entende que foi abandonada.

Minha Cotação: * * *

10 de dez. de 2011

Seis Aulas de Dança em Seis Semanas


Maravilhoso espetáculo sobre uma senhora de idade tendo aulas de dança com um professor exuberante. Como era de esperar, durante essas aulas de dança vamos conhecendo melhor esses personagens, rindo e nos emocionando com eles. O que superou minhas expectativas foi a quantidade de temas abordados (preconceito, religião, solidão, amizade, amor), como os personagens parecem com pessoas que conhecemos e como os atores conseguem entregar interpretações tão acertadas, principalmente a maravilhosa Suely Franco, que consegue alternar do humor para o drama com genialidade. Um grande espetáculo, imperdível.

Minha Cotação: * * * * *

5 de dez. de 2011

Strapped



Um ótimo filme sobre um garoto de programa que visita um cliente em um prédio. Depois de transar com ele, ele tenta sair do prédio e não consegue, conhecendo outros de seus moradores. 

Nesse prédio, e em conhecendo alguns de seus moradores, o jovem tem a oportunidade de se moldar conforme o gosto do freguês, mas também acaba descobrindo um pouco sobre si mesmo.

Minha Cotação: * * * *

Um Dia


Que lindo é ver uma história de amor bem contada no cinema, com ótimos atores e uma história que atravessa 10 anos da vida de um casal em Londres. O romance ou os personagens não são lá muito originais, no entanto o mais interessante é o modo como a história é contada, sempre abordando o dia 15 de julho da vida dos personagens. Em alguns anos, eles se encontram, em outros simplesmente nada de muito relevante acontece, mas sempre através desse dia a história deles pôde ser contada. Emocionante, envolvente, cativante, como todo filme deveria ser.

Minha Cotação: * * * *


22 de nov. de 2011

Amores Imaginários


Seguindo o mesmo estilo de "Eu Matei minha Mãe", com algumas variações (as cenas em slow motion se mantêm, em que a câmera flutua atrás dos personagens, acrescidas de algumas novas de cenas sensuais super coloridas), o filme trata da rejeição amorosa e também da figura do sedutor, que seduz mas não quer nada com suas vítimas. Os atores estão muito bem e o filme é charmoso, embora os depoimentos nem sempre funcionem muito bem para construir o sentido do filme.

Minha Cotação: * * *


Os 3


Filme moderninho sobre personagens moderninhos vivendo num lugar moderninho, mas que tem seus momentos engraçados (principalmente graças aos dois velhinhos) e interessantes no jogo de verdade  e mentira que os personagens começam a viver. No triângulo amoroso rola até beijo gay, mas fica tudo um pouco na superfície o envolvimento entre os protagonistas. A leveza dá o tom.

Minha Cotação: * * *


16 de nov. de 2011

A Imprensa como Agente Provocador


INVASÃO DA USP
A imprensa como agente provocador

Por Raphael Tsavkko Garcia em 15/11/2011 na edição 668
Observatório da Imprensa

Durante a crise recente na Universidade de São Paulo (USP) – que se iniciou não com a prisão de três estudantes que fumavam maconha nas cercanias da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências sociais (FFLCH), mas com a chegada da PM na USP em caráter de clara provocação por parte do reitor João Grandino Rodas –, a mídia teve um papel fundamental na radicalização de posições tanto do lado dos estudantes quanto de boa parte da população, que não escondeu sua vontade de ver sangue jorrar durante a desocupação ordenada pela justiça.

É fato que a imprensa age propositadamente como agente provocador.

Mix Brasil 2011 - August


Um filme intenso sobre um triângulo amoroso, que nos deixa inquietos com as situações causadas por um ex-namorado, que resolve voltar a acaba interferindo no relacionamento de um casal prestes a morar juntos. O filme trabalha muito bem as questões que envolvem a relação, como a falta de respeito de um rapazes, o sofrimento de outro e o questionamento do solteiro, sobre entrar ou não em um relacionamento estável. Uma série de comportamentos dos protagonistas, levados pelos sentimentos envolvidos , deixou-me extremamente inquieto, já que eu agiria completamente diferente, mas pude entender que esse tipo de comportamento é bastante comum e possível de acontecer.

Além da história, a forma também é interessante, através de saltos no tempo com ações simultâneas dos personagens, embora o recurso pudesse ser melhor explorado e ter ainda mais função narrativa. Além disso, a ambientação de uma quente Los Angeles colabora ainda mais para a sensualidade do filme.

Minha Cotação: * * * *

14 de nov. de 2011

As Bolhas de Filtros


Sobre os filtros na internet e o perigo das pessoas começarem a viver em uma bolha, apenas convivendo com ideias e pensamentos que as mantêm em uma zona de conforto.


http://www.hsm.com.br/blog/2011/11/bolhas-de-filtros-ou-como-fazer-todo-mundo-pensar-igual/





Narrativas Fotográficas


Comecei mais um curso de fotografia. Dessa vez o nome da oficina é "Narrativas Fotográficas" com Karina Bacci, e pretende estudar algumas formas de contar histórias através de fotografias.

A primeira aula foi para um panorama da história da fotografia, desde o século XIX, quando foi inventada a caixa escura, que era um dispositivo que conseguia refletir uma imagem de fora para dentro da caixa. A invenção da fotografia possui vários possíveis autores: Niépcia, Daguerre, Talbot, Bayard e Hércules Florence. Só em 1888 foi inventada a câmera portátil, a partir daí todos nós, reles mortais, podemos levar nossas câmeras por aí e registrar os momentos da vida.

Behind the Gare Saint-Lazare
Henri Cartier Bresson, 1932
A fotografia é marcada por vários momentos. Num primeiro, ela representava uma maior liberdade para a pintura, que não precisava mais retratar a realidade como ela era (para isso, agora existia a fotografia), mas de fato fotografia e pintura sempre exerceram uma influência mútua.

De 1889 a 1910, o pictorialismo buscou, através de intervenções na fotografia (filtros, telas, luz e sombras), procurou dar um caráter mais artístico à fotografia, já que ela não era considerada arte. Depois disso, a fotografia direta conseguiu introduzir elementos como enquadramento, exposição e luz para definir o trabalho como artístico. Um dos grandes mestres da fotografia direta é Henri Cartier Bresson, que buscou registrar o "momento decisivo", ou seja, um ato espontâneo e único que pudesse ser fotografado. Na foto ao lado, por exemplo, Karina salientou aspectos da foto como o registro único do homem sobre a água, o reflexo na água e todo um jogo de espelhos, não somente na imagem refletida na água, mas também do movimento do cartaz que se assemelha com o homem e nas formas geométricas que se repetem.

Outras formas de arte fotográfica que surgiram foram a fotografia pura (geométrica, abstrata), as vanguardas (experimentalismo, dadaísmo), as fotografias subjetivas, o construtivismo (movimento russo que defendia a arte para todos) e o surrealismo (um objeto fora de lugar, provocando estranheza). Um dos maiores expoentes é Man Ray, que gostava de provocar essa inquietação. A foto abaixo, por exemplo, mostra uma pessoa adormecida segurando uma máscara. O eu adormecido, a máscara prevalece.

"Noire et Blanche" de Man Ray, 1926

"Escada" de Alexander Rodchenco, de 1930, obra que
dialoga com o cinema de Eisenstein de "O Encouraçado Potemkin"

Outros interessantes fotógrafos abordados foram Duane Michals e Abelardo Moreli, Francesca Woodman e Robin Rohde. No caso de Michals, por exemplo, o uso das fotosequências é adotado. A foto abaixo mostra um encontro casual entre dois homens na rua.

"Chance Meeting" de Duane Michals

Outro trabalho interessante, de Abelardo Morell, é a série "Camera Obscura". Nessa série, o artista cobriu janelas de quartos de hotéis com um plástico preto, deixando apenas um pequeno orifício por onde a luz entrava. Como uma câmera escura de antigamente, a imagem de fora é refletida para o interior da caixa preta, só que invertida. O resultado é bem interessante.


"Manhattan View Looking South in Large Room", 1996 de Abelardo Morell

"View of Central Park Looking North-Fall", 2008
Camera Obscura

I made my first picture using camera obscura techniques in my darkened living room in 1991. In setting up a room to make this kind of photograph, I cover all windows with black plastic in order to achieve total darkness. Then, I cut a small hole in the material I use to cover the windows. This allows an inverted image of the view outside to flood onto the walls of the room. I would focus my large-format camera on the incoming image on the wall and expose the film. In the beginning, exposures took five to ten hours.

Over time, this project has taken me from my living room to all sorts of interiors around the world. One of the satisfactions I get from making this imagery comes from my seeing the weird and yet natural marriage of the inside and outside.

A few years ago, in order to push the visual potential of this process, I began to use color film and positioned a lens over the hole in the window plastic in order to add to the overall sharpness and brightness of the incoming image. Now, I often use a prism to make the projection come in right side up. I have also been able to shorten my exposures considerably thanks to digital technology, which in turn makes it possible to capture more momentary light. I love the increased sense of reality that the outdoor has in these new works .The marriage of the outside and the inside is now made up of more equal partners.


O Palhaço



Um filme que se nota todo o esmero no roteiro, na direção, na fotografia, na direção de arte e na escolha e direção do elenco. Os enquadramentos, as composições, os figurinos, tudo contribui para uma experiência visual fascinante mas também emocionante. A história fala das dificuldades de um artista ao escolher o destino de sua vida (deve seguir ou não sua vida de palhaço) e também das dificuldades inerentes de suas escolhas. Um filme sem o "cinismo cético" do cinema de hoje em dia, que enche os olhos e o coração.

Minha Cotação: * * * * *

13 de nov. de 2011

Homofobia e Homossexualidade



CONTARDO CALLIGARIS

Homofobia e homossexualidade

Experiência mostra que indivíduos homofóbicos sentem excitação diante a de estímulos homossexuais

Desde o fim do ano passado, em São Paulo, assistimos a uma série de ataques brutais contra homossexuais ou homens que seriam homossexuais aos olhos de seus agressores.
No fim de 2010, por decreto da Presidência da República, foi estabelecida a finalidade do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (parte da Secretaria de Direitos Humanos). 

Mais recentemente, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a união entre pessoas do mesmo sexo como unidade familiar. Não me surpreende que uma explosão de homofobia aconteça logo agora, pois, em geral, o ódio discriminatório aumenta de maneira diretamente proporcional aos avanços da tolerância.

Mix Brasil 2011 - Meu Último Round e Ausente

Denso e instigante, "Ausente" transforma uma relação entre professor e aluno num constante jogo de suspense e tensão sobre o que irá acontecer. A história é envolvente, os atores estão muito bem e o final é arrebatador.

Minha Cotação: * * * *


Crítica: «Ausente» 
por André Gonçalves


http://www.c7nema.net/index.php?option=com_content&view=article&id=6736%3Aqueer-lisboa-2011-ausente-por-andre-goncalves

Mais uma edição do Queer, mais uma pedrada no charco a cargo de Marco Berger, que tinha já incendiado paixões e ódios no ano passado com o espantoso “Plan B”.

“Ausente” felizmente não é menos arrebatador. Da vingança infantil que se transforma em amor, o cineasta explora agora uma obsessão adolescente de um aluno pelo seu professor de educação física (Javier de Pietro e Carlos Echevarría, respectivamente, ambos magníficos), levada a novos limites, também com alguns requintes de malvadez – e culpabilidades humanas – pelo meio e pelo final. Contar mais é crime. Podemos dizer que Berger tem um olho para filmar corpos humanos e as suas imperfeições como poucos actualmente, e também para congeminar retratos de pessoas reais, saídas de uma Argentina sem modelos pré-formatados. Tal como acontecia em “Plan B”, o ritmo é lento, mas sempre insinuante, convidando sempre o espectador a acompanhar o que se vai passar, para depois lhe puxar o tapete, qual mágico a tirar coelhos da cartola. No final, uma coisa é certa: cada espectador sai com um filme diferente na cabeça, tal é a habilidade em desafiar percepções e incluir imensas ambiguidades em actos cruciais das personagens.

O realizador argentino é definitivamente uma das vozes mais interessantes que saíu do “cinema queer” dos últimos anos, uma que escapou efectivamente a rótulos “queer” - e ainda bem. De tal modo que se poderia perfeitamente imaginar um dos seus filmes num qualquer outro Festival, a ser visto por pessoas de qualquer credo, orientação sexual, identidade de género e “status” social. Estando contudo num Festival Queer, onde as expectativas são ligeiramente mais obtusas, o filme contou com uma recepção morna na sua primeira sessão, com muitas expectativas do público a saírem goradas. Para mim, “Ausente” arrisca-se a ser o filme mais memorável do certame deste ano, um filme a que atribuiria - sem hesitar - um prémio do palmarés. A ver vamos como correm os restantes 7 dias.


10 de nov. de 2011

Mix Brasil 2011 - Romeus


Um filme surpreendente, sobre uma menina que deseja mudar de sexo (FTM - Female to Male), mas que tem desejos por homens. Confuso, né? Por que ela quer mudar de sexo, se tem desejo por homens? No caso, a jovem é interpretada por um ator (mas uma escolha muito bem feita, pois o tempo inteiro fiquei na dúvida se era um ator ou uma atriz, ao contrário do novo filme do Almodóvar). O filme tem ótimas interpretações e uma história muito interessante que ajuda a entender que a transexualidade pode não ser simplesmente uma questão de desejo sexual, mas de satisfação com o próprio corpo.

Minha Cotação: * * * *

7 de nov. de 2011

A Pele que Habito


Almodóvar, como sempre, consegue surpreender com uma história absolutamente original (embora seja uma adaptação), cheia de intrigantes jogos psicológicos e de construção de personagem. Tentando colocar humor através de sua excentricidade característica (como em um personagem vestido de tigre, por exemplo) e um suspense mais maduro (talvez mais próximo de Hitchcock), ele parece flutuar entre os dois gêneros, embora sem atingir a excelência em nenhum deles. De qualquer forma, é louvável que ele saia de sua zona de conforto, como bem salienta a crítica do Cineclick abaixo. Mas também, por mais que gostemos dele, não dá para fechar os olhos para o que o filme tiver de pior, conforme a Neusa Barbosa do Cineweb identifica. De qualquer forma, o saldo para mim é como sempre, bastante positivo.

Minha Cotação: * * * *


3 de nov. de 2011

Amizade Colorida


Essa comédia romântica brinca um pouco com os clichês das comédias românticas. Seria interessante se o filme de fato embarcasse nessa brincadeira, mas ele fica apenas na superfície. De qualquer forma, o filme vale pelos diálogos afiados e pelo elenco, protagonizado pela ótima Mila Kunis (Cisne Negro) e por Justin Timberlake. 

Minha Cotação: * * *

O Céu sobre os Ombros

Assistido na 35a. Mostra Internacional de São Paulo, o filme ganhou vários prêmios no festival de Brasília, inclusive melhor filme. O filme funciona muito bem como estudo de personagem, no caso três personagens da vida real interpretando a si mesmos. O trabalho é perfeito, quase como se a câmera não estivesse ali, como se afinal eles não estivessem sendo filmados. No entanto, o filme não é tão bom como história, um pouco arrastado e talvez devesse contar com uma narrativa um pouco mais estruturada. Pesou mais para o documentário e pouquíssimo para a ficção. 

Minha Cotação: * * *

1 de nov. de 2011

Contágio



O filme funciona muito bem como thriller assustador, que mostra a propagação de um vírus letal. É surpreendente que eu não tenha desenvolvido alguns tipo de transtorno obsessivo após a projeção, depois de tantas cenas mostrando pessoas tossindo em lugares públicos ou tocando em corrimões ou objetos contaminados. O filme só não funciona como reflexão a respeito de uma situação como essa, já que não tem nenhuma crítica ao governo, nem às indústrias farmacêuticas, nem à exploração da mídia em casos de tragédias. Os personagens são mal desenvolvidos e ficamos com a impressão de que os atores foram mal aproveitados. Finalmente, a única crítica é para um blogueiro interpretado por Jude Law, que vira o vilão do filme, assim como o papel da internet, vista como um canal de propagação de informações não confiáveis. Como se pudéssemos de fato confiar nos jornais e na televisão.

Minha Cotação: * * *

31 de out. de 2011

Canal no Youtube


www.youtube.com/fpastorello




Novas Cenas Possíveis


Ferramentas atuais impulsionam produção de curtas-metragens e documentários

Por: Guilherme Bryan e Jéssica de Souza
Publicado em 23/10/2011


http://www.redebrasilatual.com.br/revistas/64/cinema2/view

Novas cenas possíveisOs Famosos e os Duendes da Morte: Esmir começou fazendo curtas (foto: © divulgação)
O cinema brasileiro vive um de seus momentos mais produtivos e rentáveis. Em dezembro de 2010, Tropa de Elite 2, de José Padilha, ultrapassou a marca dos 3 milhões de espectadores e se tornou a maior bilheteria nacional de todos os tempos. A chamada “retomada”, a partir dos anos 1990 – com o retorno da política de financiamentos –, contribuiu para aquecer a produção nacional e ampliar sua diversidade. E, com o barateamento­ decorrente das novas tecnologias e ferramentas, uma nova geração de “fazedores” de cinema, sobretudo documentários e curtas-metragens, põe a mão na massa, conquista espectadores e prêmios internacionais.

25 de out. de 2011

Meu País



O filme a história de uma família desmembrada tentando se reunir, a partir da morte do pai. O drama poderia ser bem mais comovente, mas opta por um registro mais contido, que para mim não agradou. Quando o filme resolve realmente explorar o drama, já perto do seu final, encontra melhores resultados, mas aí já está perto do fim. Rodrigo Santoro e Débora Falabella estão muito bem, já Cauã Reymond tem que lidar com um personagem meio estereotipado, que poderia ser melhor desenvolvido.

Minha Cotação: * * *

20 de out. de 2011

Não Tenha Medo do Escuro

Um filme de suspense bem realizado, tenso e com cenas realmente eletrizantes, só podia ter o dedo mesmo de Guillermo del Toro (O Labirinto do Fauno), responsável pelo roteiro desse filme. Como bem lembrou o meu amigo Luguins, há pelo menos duas cenas que lembram Hitchcock, com recursos usados por ele em Psicose (cortina de box) e Janela Indiscreta (o uso do flash), embora o tipo de suspense desse filme seja totalmente diferente, voltado ao sobrenatural.

Minha Cotação: * * * *


18 de out. de 2011

Um Curso de Fotografia


Um curso de fotografia. Uma possibilidade de pensar uma prática. Algumas aulas, algumas teorias, algumas divergências de opinião.

Um exercício proposto por um professor. Fotos com diferentes focos, mexendo com a profundidade de campo. Descendo a Rua Augusta, em direção da academia. Postes descascados, árvores encravadas no concreto, pontos de ônibus, texturas diferentes, pontos de vista diferentes. Os muros, cheios de grafite e de mensagens da cidade grande. Tintas e também texturas. Letras e significados.

Fotos.

Sem flash. Sem ajustes automáticos. Sem artíficios. A câmara em seu modo manual e todo o esforço do fotográfo, toda a sua intenção. Exercícios. Ajuste de velocidade. Ajuste de abertura. Ajuste de enquadramento.

Foto.

Diferentes luzes, diferentes contrastes de uma rua cheia de significados, gentes e ideias. Ajuste. Foto. Ajuste. Foto.

Fotos. Exercícios.

Fotos impressas. Exercícios em mãos para mostrar ao professor. Uma escola de oficinas, percorrendo salas em busca de uma aula, de um professor, de outros alunos. Salas vazias, alunos desconhecidos, corredores percorridos sem destino.

O professor morreu.

Fotos de um exercício que nunca terá seu feedback. Fim de aula.


Rua Augusta

Descascados e Descolados

Textos e Texturas

Muito Rock e Costuras em Geral


O Kit e o Ícone

O Poste e o Beijo

O Símbolo e as Letras


Copyright Fabio Pastorello 2011 All rights reserved


17 de out. de 2011

Os Três Mosqueteiros


Lembro que assistia o filme antigo dos Três Mosqueteiros na sessão da tarde, quando era criança, e ficava fascinado pela história e pelos personagens. Essa refilmagem conseguiu manter, para mim, alguns personagens interessantes, como a Milady de Milla Jojovich ou o Cardeal de Christopher Waltz. No caso dos três mosqueteiros, faltou um pouco mais de desenvolvimento dos personagens, e o único destaque é mesmo Matthew Macfadyen (Orgulho e Preconceito) no papel de Athos. Além disso, merecem destaque os figuros e a belíssima direção de arte, com lugares grandiosos e cenas de ação bem integradas aos lugares históricos.

Minha Cotação: * * *


15 de out. de 2011

Book


Novo dispositivo bio-óptico organizado de conhecimento...

http://www.youtube.com/watch?v=_an5z2lxXH4



Hedwig


Os atores estão bem e as músicas são empolgantes, mas infelizmente o som da banda fica muito alto e por vezes não dá para escutar o que os cantores estão falando. Fora isso, também achei estranha a personagem interpretada por um atriz vestida de homem e que no final vira mulher, achei mal resolvida.


Bom elenco garante brilho de espetáculo sobre transexual
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/acontece/ac1509201103.htm

ALCINO LEITE NETO
EDITOR DA PUBLIFOLHA

Se Tennessee Williams (1911-1983) fosse nosso contemporâneo, decerto não fecharia os olhos ao potencial dramático contido na vida de um transexual.

Na falta do grande dramaturgo de "Um Bonde Chamado Desejo", outros bons autores de melodramas cuidaram da tarefa, como o cineasta Pedro Almodóvar (em "A Lei do Desejo").
E também John Cameron Mitchel, 48, ator e diretor americano, autor de "Hedwig and the Angry Inch", musical-rock que estreou nos EUA em 1998, virou filme em 2001 e se transformou num espetáculo cult.
"Hedwig e o Centímetro Enfurecido", como se chama a versão brasileira, é a história de um roqueiro de Berlim Oriental que decide trocar de sexo, um pouco para escapar de si próprio, um pouco para se livrar do comunismo.

8 de out. de 2011

A Hora do Espanto


Sou muito fã da versão original de 1985. Ao ver a refilmagem, é tão bom afinal ver um filme de vampiros que os vampiros são assustadores novamente. Não que os vampiros cheios de crise de consciência de "Entrevista com o Vampiro" ou "True Blood" não sejam interessantes, mas a figura do vampiro ameaçador é muito interessante. E Colin Farrell e essa refilmagem conseguem reviver essa figura muito bem. O filme tem vários acertos, mas vários outros inexplicáveis erros. Por que tirar todo o clima de sedução do original? E por que o caçador de vampiros Peter Vincent não é engraçado e frágil como no outro filme? E que casa mais clean e moderna é essa que o vampiro mora, onde está o gótico, o assustador, o mistério? Enfim, erros e acertos são comuns a todas as refilmagens, mas alguns erros soam imperdoáveis. De qualquer forma, dá para divertir ver novamente alguns vampiros maus no cinema.

Minha Cotação: * * *